ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

19 fevereiro, 2006

ACIDENTE OCORRIDO EM CASCAIS - PORTUGAL

Explicação de um operário português sinistrado à Companhia Seguradora, que estranhou a forma como o acidente ocorreu. Este é um caso verídico, cuja transcrição abaixo, foi obtida através de cópia de arquivo na Companhia Seguradora. O caso foi julgado no Tribunal de Justiça da Comarca de Cascais.

TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE CASCAIS
Exmos.Senhores,

Em respeito ao pedido de informação adicional informo:

No quesito nº. 3, da participação de sinistro, mencionei “Tentando fazer o trabalho sozinho”, como causa de meu acidente. Disseram na vossa carta que deveria dar uma explicação mais pormenorizada, pelo que espero que os detalhes abaixo, sejam suficientes.

Sou assentador de tijolos. No dia do acidente, estava a trabalhar sozinho no telhado de um edifício novo de 6 (seis) andares. Quando acabei o meu trabalho, verifiquei que tinham sobrado 350 quilos de tijolos. Em vez de os levar a mão para baixo, decidi coloca-los dentro de um barril, e com a ajuda de uma roldana, a qual felizmente estava fixada num dos lados do edifício, no 6º andar.

Desci e atei o barril com uma corda, fui para o telhado, puxei o barril para cima e coloquei os tijolos dentro. Voltei para baixo, desatei a corda e segurei-a com força, de modo que os 350 quilos de tijolos descessem devagar (de notar que no quesito nº. 11, indiquei que o meu peso era de 80 quilos).

Devido a minha surpresa, por ter saltado repentinamente do chão, perdi a minha presença de espírito e esqueci-me de largar a corda. É desnecessário dizer, que fui içado do chão a grande velocidade. Na proximidade do 3º andar, eu bati no barril que vinha a descer. Isto explica a fratura do crânio e da clavícula.

Continuei a subir a uma velocidade ligeiramente menor não tendo parado, até os dedos das mãos, estarem entalados na roldana. Felizmente que já tinha recuperado a minha presença de espírito e consegui apesar das dores, agarrar a corda. Mais ou menos ao mesmo tempo, o barril com os tijolos caiu no chão e o fundo partiu-se. Sem os tijolos, o barril pesava aproximadamente 25 quilos (refiro-me novamente ao meu peso indicado no quesito nº. 11). Como podem imaginar comecei a descer rapidamente. Próximo ao 3º andar, encontro o barril que vinha a subir. Isto justifica a natureza dos tornozelos partidos e das lacerações das pernas, bem como da parte inferior do corpo. O encontro com o barril diminuiu a minha descida o suficiente, que minimizou os meus sofrimentos, quando caí em cima dos tijolos e felizmente só fraturei três vértebras.

Lamento, no entanto informar, que enquanto me encontrava caído em cima dos tijolos, com dores, incapacitado de me levantar e vendo o barril acima de mim, perdi novamente a presença de espírito e larguei a corda. O barril pesava mais que a corda e então desceu e caiu em cima de mim, partindo-me as duas pernas.

Espero ter dado a informação solicitada, do
modo como ocorreu o acidente.
recebido por e-mail

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