ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

11 junho, 2006

RESTAURANTE A TEMPO

Comer até rebentar sem pagar demasiado é uma legítima aspiração de muitos que, a partir desta semana, pode tornar-se realidade. Basta ter rapidez.
Abriu no centro comercial Picoas Plaza, em Lisboa , um restaurante com um original sistema, pelo menos em Portugal: o cliente come tanto quanto quiser, e só paga o tempo que demora a fazê-lo. Se, por hipótese, o comensal conseguir enfardar uma quantidade monstruosa de cozido à portuguesa em 20 minutos paga sete euros; mas se demorar uma hora ou mais já desembolsa 15 .
O taxímetro da deglutição começa precisamente aos 20 minutos, tempo considerado mínimo para qualquer almoço digno desse nome. Por cada cinco minutos que passam a partir daí a refeição aumenta um euro.
O repasto contra-relógio inclui sopa, dez saladas, dois pratos de carne e outros tantos de peixe e bebidas, alcoólicas ou não. Só não inclui café.
O sistema funciona através de um cartão magnético que o cliente carrega com dinheiro, à semelhança do porta-moedas multibanco. Inclui bónus para carregamentos mais vultuosos e um pequeno desconto nas refeições fora da hora de ponta dos almoços.
"Se há comida a peso, porque não comida a tempo?", interroga o director do restaurante, que dá pelo nome de Basil Instinct, numa referência ao molho que acompanha as entradas, à base de manjericão.
Como o estabelecimento só entrou em funcionamento no início da semana, ainda é cedo para aquilatar das reacções da clientela. Seja como for, os seus proprietários, um consultor e um bancário, querem abrir outros dois restaurantes do género em Lisboa ainda este ano. Conhecida a tendência dos portugueses para a alarvidade, por um lado, e para o convívio à mesa, por outro, é caso para perguntar para que lado irá pender a balança.

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