ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

07 março, 2007

PEDIDO DE SOCORRO

Mãe de menino com paralisia cerebral diz que não consegue consulta e exames na rede pública de saúde
Victor Bispo de Araújo, de 4 anos, precisa de ajuda médica. O garoto, que tem paralisia cerebral desde o nascimento, vive na casa da avó em Samambaia e espera com agitação para brincar com os primos na piscina de plástico. Ele depende do atendimento de especialistas, e o tempo de espera preocupa os familiares.
O caso têm se agravado com os anos. Além da paralisia cerebral, Victor tem a alimentação comprometida por causa de refluxo gastroesofágico, movimentos restritos pela tetraplegia, deficiência visual e epilepsia.
O garoto conseguiu atendimento no posto de saúde em Samambaia, mas a mãe, a desempregada Elaine Cristina Bispo de Oliveira, 30 anos, diz que não consegue dar prosseguimento ao tratamento. Victor, que é um garoto sorridente, precisa ser atendido por neurologista, gastrologista, ortopedista, odontólogo, fonoudiólogo e oftalmologista. "Está me batendo o desespero", desabafa. "Eu corro para o posto, sou encaminhada, mas as agendas estão sempre cheias", acrescenta Elaine.
Os medicamentos são conseguidos gratuitamente por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), mas as consultas médicas e exames fazem falta, garante a mãe. Por causa da dificuldade de movimentos, o menino está com uma luxação na perna direita. "Ele fica agitado, mexe a perna quando dói, mas a gente não consegue atendimento público", reclama.
O diretor de Procedimentos de Alta Complexidade da Secretaria de Saúde, Hilton Barroso, diz que vai receber a mãe do pequeno Victor hoje para saber do problema.
Complicações no parto
Victor nasceu no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e ficou 30 dias na Unidade de Terapia Infantil (UTI) por causa de complicações no parto. Na hora do nascimento, o bebê teve parada respiratória e engoliu mecônio (material fecal produzido pelo próprio feto).
Enquanto esteve internado no hospital, não foi detectada a paralisia cerebral. "Em casa ele chorava demais, mas era uma criança aparentemente normal", conta Elaine. Preocupada com o choro compulsivo da criança, ela voltou ao hospital e descobriu, após dois meses de exames, o problema do filho.
A paralisia cerebral não é uma doença. O nome define o mau controle muscular causado por alguma lesão no tecido cerebral. As causas mais comuns são infecções do sistema nervoso, traumas no crânio e falta de oxigenação, sendo que os dois últimos podem ocorrer no momento do parto. O caso de Victor, segundo a mãe, é conseqüência de negligência médica. "Todos os médicos falaram que foi erro no parto. Agora, a rede pública devia ajudar a cuidar também", diz.
Remédios
Para cuidar do filho em tempo integral, Elaine, que trabalhava como segurança, deixou o emprego. O garoto toma quatro remédios para refluxo e um anticonvulsivo diariamente. Victor está em idade agitada. "Ele adora música e barulho", conta a mãe, enquanto o filho se agitava em seu colo ao ouvir buzinas na rua. Com sete graus de astigmatismo nos dois olhos, a audição é a melhor forma de estimular o garoto.
Victor faz tratamento também no Hospital Sarah desde os quatro meses de idade. A mãe conta, no entanto, que na última consulta reclamou à pediatra das dores que Victor sente por causa de um problema no quadril, mas recebeu encaminhamento apenas para consulta com a nutricionista.
Ontem à tarde, a assessoria do Hospital disse que que há uma consulta marcada para Victor no próximo dia 28 com uma equipe médica formada por ortopedista, neurologista e pediatra, além de psicólogo e nutricionista. A assessoria garantiu também que Victor continuará sendo acompanhado pelo Sarah, já que a reabilitação motora é justamente a especialidade do hospital.
Além de atenção médica especial, Victor precisa de um acompanhamento escolar diferenciado. Elaine conta que conseguiu matricular o filho no Centro de Ensino 614 de Samambaia Norte, mas a escola não tem estrutura para receber crianças com necessidades especiais. A Secretaria de Educação informou que Victor está matriculado, desde o início do ano, no Centro de Ensino Especial da Regional de Ensino de Samambaia.

(matéria gentilmente enviada por correspondente do INFO ATIVO DEFNET - Dr. Júnio Mario Pereira Gama)

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