BRASIL COMEÇA A VENDER SUAS FLORESTAS
A primeira mata pública a ser licitada para a iniciativa privada dentro do programa que o governo federal chama de manejo sustentável fica na Floresta Nacional (Flona) do Jamari, em Rondônia. A unidade de conservação tem 220 mil hectares e quase metade (90 mil hectares) será entregue como concessão.
A responsabilidade por essa medida é do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que vai gerenciar o programa.
Mesmo com milhões de hectares degradados principalmente por pastagens, incluindo a Amazônia, o governo optou por entregar floresta em pé para exploração, que prevê pagamento pelo uso dos recursos naturais e manejo sustentável, que é retirar do local uma quantidade de produtos que não prejudiquem sua recuperação.
Mesmo com milhões de hectares degradados principalmente por pastagens, incluindo a Amazônia, o governo optou por entregar floresta em pé para exploração, que prevê pagamento pelo uso dos recursos naturais e manejo sustentável, que é retirar do local uma quantidade de produtos que não prejudiquem sua recuperação.
Nos 90 mil hectares podem ser explorados frutos, madeira, sementes, resinas, óleos, entre outros produtos.
A concessão de florestas públicas pode ser liberada por 5 a 40 anos e poderá ser feita a empresas instaladas no País, independentemente da origem do capital.
A concessão de florestas públicas pode ser liberada por 5 a 40 anos e poderá ser feita a empresas instaladas no País, independentemente da origem do capital.
A área do Jamari será dividida em lotes de pequeno, médio e grande porte, que serão licitados separadamente e com regras distintas. O contrato de concessão da Floresta Nacional do Jamari tem assinatura prevista para março.
A concessão de áreas públicas para manejo sustentável deveria privilegiar áreas desmatadas, para reflorestamento, e não as já preservadas, afirmou Vanderleide Ferreira de Souza, do Conselho Nacional de Seringueiros. em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia. Em entrevista à Agência Brasil, o geógrafo Aziz Ab Saber, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC) e professor emérito da USP, também criticou a medida: "Tenho absoluta certeza de que o exemplo, mais uma vez, mostra que o Brasil continua não sabendo gerenciar sua floresta. Estão, agora, privatizando a floresta".
Por Carlos Rangel
Diário Net
A concessão de áreas públicas para manejo sustentável deveria privilegiar áreas desmatadas, para reflorestamento, e não as já preservadas, afirmou Vanderleide Ferreira de Souza, do Conselho Nacional de Seringueiros. em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia. Em entrevista à Agência Brasil, o geógrafo Aziz Ab Saber, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC) e professor emérito da USP, também criticou a medida: "Tenho absoluta certeza de que o exemplo, mais uma vez, mostra que o Brasil continua não sabendo gerenciar sua floresta. Estão, agora, privatizando a floresta".
Por Carlos Rangel
Diário Net
Marcadores: notícia
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial