SANTA CATARINA: ESCOLAS DEVEM TER INTÉRPRETES DE LÍNGUA DOS SINAIS
As escolas de Santa Catarina deverão incluir em seus quadros de funcionários professores especializados na tradução e interpretação da Língua Brasileira dos Sinais (Libras), atendendo a uma recomendação do Ministério Público.
A recomendação foi enviada a todas as prefeituras municipais, sindicato dos estabelecimentos privados, além da Secretaria de Estado da Educação. Caso a medida não seja adotada, o Ministério Público pode entrar com ação civil para o cumprimento da determinação. Segundo o promotor Alexandre Herculano Abreu, a medida foi tomada diante da existência da legislação que obriga as instituições a atenderem aos alunos que apresentam deficiência auditiva.
O decreto federal nº 5.626/2005 estipula o dever de estabelecimentos públicos e privados dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal de proporcionarem aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete da língua dos sinais. Uma outra portaria, editada em 2003 pelo MEC, obriga a manutenção de profissionais de Libras também em universidades. A mesma regulamentação condiciona a presença de um professor como um dos requisitos para o reconhecimento da instituição.
"Existe a necessidade da implementação da Libras nos cursos de formação do ser humano", destaca Herculano. "O deficiente auditivo sempre estará incluso na massa social". O promotor também destaca que essa forma de comunicação é regulamentada no Brasil pela Lei Federal nº 10.436/2002.
A medida foi considerada "coerente" pela Secretaria de Estado da Educação. De acordo com o diretor de educação básica, Antônio Elízio Pazetto, a disponibilização de professores de Libras é um direito do estudante. "Na medida em que a educação é um direito universal e ao mesmo tempo individual, o estado se sente na obrigação de atender aos alunos", destaca. "Todo e qualquer recurso precisa ser disponibilizado para o atendimento dessas pessoas, até para evitarmos dificuldades de aprendizagem e uma possível evasão escolar da pessoa com deficiência".
Pazetto afirma que o governo tem investido na aquisição de equipamentos e na contratação de professores tradutores, mas reconhece que nem todas as regiões de Santa Catarina foram atendidas até o momento. "Os alunos têm que cobrar o direito e ter um pouco de paciência", disse. "Não atendemos ainda a todos que necessitam, mas iremos ampliar os recursos dessa área".
A Língua Brasileira de Sinais é a língua materna dos surdos e pode ser aprendida como qualquer outro idioma. Ela utiliza sinais com as mãos, além da expressão facial e corporal. Estatísticas indicam que 1,5% da população brasileira têm algum tipo de deficiência auditiva, variando em graus entre a surdez leve até a surdez profunda.
Fabrício Escandiuzzi - Florianopolis
Redação Terra
A recomendação foi enviada a todas as prefeituras municipais, sindicato dos estabelecimentos privados, além da Secretaria de Estado da Educação. Caso a medida não seja adotada, o Ministério Público pode entrar com ação civil para o cumprimento da determinação. Segundo o promotor Alexandre Herculano Abreu, a medida foi tomada diante da existência da legislação que obriga as instituições a atenderem aos alunos que apresentam deficiência auditiva.
O decreto federal nº 5.626/2005 estipula o dever de estabelecimentos públicos e privados dos sistemas de ensino federal, estadual e municipal de proporcionarem aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete da língua dos sinais. Uma outra portaria, editada em 2003 pelo MEC, obriga a manutenção de profissionais de Libras também em universidades. A mesma regulamentação condiciona a presença de um professor como um dos requisitos para o reconhecimento da instituição.
"Existe a necessidade da implementação da Libras nos cursos de formação do ser humano", destaca Herculano. "O deficiente auditivo sempre estará incluso na massa social". O promotor também destaca que essa forma de comunicação é regulamentada no Brasil pela Lei Federal nº 10.436/2002.
A medida foi considerada "coerente" pela Secretaria de Estado da Educação. De acordo com o diretor de educação básica, Antônio Elízio Pazetto, a disponibilização de professores de Libras é um direito do estudante. "Na medida em que a educação é um direito universal e ao mesmo tempo individual, o estado se sente na obrigação de atender aos alunos", destaca. "Todo e qualquer recurso precisa ser disponibilizado para o atendimento dessas pessoas, até para evitarmos dificuldades de aprendizagem e uma possível evasão escolar da pessoa com deficiência".
Pazetto afirma que o governo tem investido na aquisição de equipamentos e na contratação de professores tradutores, mas reconhece que nem todas as regiões de Santa Catarina foram atendidas até o momento. "Os alunos têm que cobrar o direito e ter um pouco de paciência", disse. "Não atendemos ainda a todos que necessitam, mas iremos ampliar os recursos dessa área".
A Língua Brasileira de Sinais é a língua materna dos surdos e pode ser aprendida como qualquer outro idioma. Ela utiliza sinais com as mãos, além da expressão facial e corporal. Estatísticas indicam que 1,5% da população brasileira têm algum tipo de deficiência auditiva, variando em graus entre a surdez leve até a surdez profunda.
Fabrício Escandiuzzi - Florianopolis
Redação Terra
Marcadores: notícia
1 Comentários:
Às 9:24 PM , Cris disse...
Olá!
Sou intérprete da Libras e achei seu texto muito apropriado! Parabéns!
Gostaria de obter algumas informações...
Sobre esse assunto, algo está sendo feito em SC pra reverter ou regularizar a situaçao?
Vejo que és conhecedor do assunto no local, e, se possível, gostaria que passasse essas informações pois muito interesso-me pelo assunto, inclusive sobre a possibilidade de ir trabalhar neste Estado.
Desde já, obrigado
Meu email para resposta:
amigaior@hotmail.com
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial