ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

07 maio, 2008

UM TERÇO DOS ESPANHÓIS ADMITE SER XENÓFOBO

Os espanhóis estão cada vez mais intolerantes com a imigração, segundo um relatório recém-lançado pelo governo da Espanha.
De acordo com a pesquisa, nos últimos oito anos, o índice de rejeição aos estrangeiros triplicou, e um terço da população agora admite ser xenófoba.
O relatório "Imigrantes: Novos cidadãos. A caminho de uma Espanha Intercultural" elaborado pela Confederação Espanhola de Bancos indica que parte dos espanhóis associa imigração com delinqüência e outros problemas.
No ano de 2000, o índice de rejeição era de 10%. A última pesquisa revela que, nos primeiros meses de 2008, um terço dos espanhóis (30%) confessou ser xenófobo em ao menos alguma resposta.
Quatro entre dez entrevistados, por exemplo, prefeririam não ter um vizinho imigrante ou cigano. Seis entre dez afirmam que a insegurança aumenta por culpa dos estrangeiros.
"Níveis de racismo"
O relatório estabelece quatro níveis de racismo e xenofobia. O primeiro é o radical, dos que mantêm o discurso de superioridade e defendem a expulsão de todos os imigrantes.
O segundo, chamado de inserção subalterna, inclui os que reivindicam prioridade para os espanhóis diante dos estrangeiros.
O terceiro nível é o de integração formal, em que entram os moderados que concordam com condições de igualdade de direitos e deveres entre moradores locais e imigrantes.
Os mais tolerantes estão na quarta categoria, chamada de cidadania instituinte. São os que defendem políticas de favorecimento aos imigrantes para melhorar sua integração.
Os sociólogos Carlos Pereda e Miguel Ángel de Prada, autores do estudo, consideram "perigoso" o aumento da xenofobia e, apesar de a pesquisa indicar que a maior parte dos espanhóis está em níveis moderados de rejeição, advertem que "o futuro é preocupante".
"Se continuarmos a ver nos veículos de comunicação a divulgação de estereótipos errados como que a imigração está ligada à delinqüência ou que gera um enorme gasto social, o número de radicais poderá aumentar", dizem os autores do relatório por meio de um comunicado à imprensa.
Estatísticas
O estudo tenta desmontar, com estatísticas, vários dos argumentos repetidos contra os imigrantes. Segundo os sociólogos, associar imigração com insegurança é um erro fácil de comprovar.
Entre 2002 e 2006, o número de crimes na Espanha foi de 22%, enquanto o aumento da população estrangeira chegou aos 85%.
"É simples de entender com números: quem diz que, com mais imigrantes, há mais delitos está errado", diz o relatório.
Em relação aos custos sociais dos imigrantes, que são acusados pelos radicais de acabar com os fundos dos sistemas de saúde, emprego e educação, os sociólogos também afirmam que as críticas não correspondem à realidade.
Segundo o estudo, só no ano de 2005 a imigração gerou 50% do superávit da Espanha (em contribuições a Previdência Social).
Por ano, no balanço entre pagamentos de impostos e custos sociais, os imigrantes dão ao Estado 20% mais do que recebem em serviços públicos.
Nos últimos dez anos, a população espanhola passou de 39,8 milhões a 45,4 milhões de habitantes, sendo 10% imigrantes.
Os brasileiros estão entre as oito maiores colônias, com 175 mil pessoas entre legais e ilegais, segundo estimativas oficiais.
Anelise Infante
De Madri para a BBC Brasil

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