SHOPPING DE CURITIBA BARRA JOVENS DA PERIFERIA
Inaugurado há menos de um mês, o shopping Palladium, em Curitiba, provocou polêmica na semana passada quando seguranças barraram a entrada de um grupo de jovens da periferia, vestidos com camisas de clubes e trajes de hip-hop (roupas exageradamente largas e bonés).
No final da tarde de ontem, o auxiliar de montagem E.S., 17 anos, acusou seguranças do Palladium de barrá-lo quando tentava entrar no shopping. Segundo E.S., ele estava sozinho."Fui barrado por causa da minha cara e das minhas roupas (no estilo hip-hop). Eu me visto assim, qual o problema de ir ao shopping? Fui com R$ 150 para comprar roupa e não pude entrar. Em todos os outros shoppings entro sem problemas".
No final da tarde de ontem, o auxiliar de montagem E.S., 17 anos, acusou seguranças do Palladium de barrá-lo quando tentava entrar no shopping. Segundo E.S., ele estava sozinho."Fui barrado por causa da minha cara e das minhas roupas (no estilo hip-hop). Eu me visto assim, qual o problema de ir ao shopping? Fui com R$ 150 para comprar roupa e não pude entrar. Em todos os outros shoppings entro sem problemas".
A direção do shopping não quis se pronunciar sobre o caso.
A proibição gerou protesto nas escadarias do shopping e suscitou um debate na cidade. O shopping Palladium - o maior da cidade - foi construído na Região Sul, onde estão concentrados os bairros mais populosos da capital e onde se concentra também a população mais pobre.
A proibição gerou protesto nas escadarias do shopping e suscitou um debate na cidade. O shopping Palladium - o maior da cidade - foi construído na Região Sul, onde estão concentrados os bairros mais populosos da capital e onde se concentra também a população mais pobre.
A direção do shopping alega que a proibição tem por objetivo evitar o constrangimento de clientes, uma vez que alguns desses rapazes "acuam as pessoas", e que o acesso seria proibido a grupos de mais de quatro jovens.
"O Palladium não faz nenhum tipo de discriminação. As restrições são em relação ao comportamento e às atitudes", afirma a gerente de marketing do Palladium, Maria Aparecida de Oliveira. Segundo ela, o uso de palavreado ofensivo ou mesmo o porte do "tubão" (refrigerante misturado com bebida alcoólica) já são considerados uma questão de segurança pela direção. A orientação dos seguranças, segundo a reportagem apurou, é barrar grupos de jovens identificados com a periferia, para evitar transtornos com a clientela e possíveis "arrastões".
No domingo passado, a cena se repetiu e a direção do shopping garante que não irá suspender a determinação. O consultor jurídico da Associação Comercial do Paraná, Cleverson Marinho Teixeira, afirmou que os shoppings têm direito de evitar a presença de grupo de pessoas que representem risco de tumulto. "Por mais que seja um local público, o shopping é também uma propriedade particular. Está no direito do empresário decidir quem freqüenta o estabelecimento, desde que haja bom senso", afirmou.
No domingo passado, a cena se repetiu e a direção do shopping garante que não irá suspender a determinação. O consultor jurídico da Associação Comercial do Paraná, Cleverson Marinho Teixeira, afirmou que os shoppings têm direito de evitar a presença de grupo de pessoas que representem risco de tumulto. "Por mais que seja um local público, o shopping é também uma propriedade particular. Está no direito do empresário decidir quem freqüenta o estabelecimento, desde que haja bom senso", afirmou.
O veto a grupos de jovens "suspeitos" não é uma exclusividade do shopping Palladium. Há casos registrados também nos demais shoppings cidades, principalmente naqueles localizados nas regiões centrais da cidade. "Eles mexem com a gente, dizem palavrões em voz alta, bebem, não respeitam nada", diz uma estudante de Direito que prefere não se identificar.
Marcus Vinicius Gomes
Marcus Vinicius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
Marcadores: notícia
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