ALERTA CONTRA SENHA FALSA
Bancos desmentem mensagens enviadas pela Internet que orientam vítimas de seqüestro a usar códigos invertidos para acionar a polícia.
É falsa a notícia que circula na Internet de que uma vítima de seqüestro relâmpago deve digitar a senha invertida de sua conta bancária para pedir socorro imediato da polícia. A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) ressalta que isso não passa de uma “lenda urbana” e que de nada vai adiantar a pessoa inverter sua senha. O boato, no entanto, fez com que muitos clientes bancários ligassem para centrais de atendimento de seus bancos para esclarecer se podiam ou não acreditar no e-mail que haviam recebido. O spam sugere que uma pessoa pode avisar imediatamente a polícia de que está sendo forçada por um ladrão a retirar dinheiro do caixa eletrônico ao digitar a senha do cartão de seu banco ao contrário.
Segundo o e-mail, o terminal de auto-atendimento reconhece que a senha está invertida. “A máquina, de qualquer maneira, lhe dará o dinheiro, mas para o desconhecimento do ladrão, a polícia será imediatamente acionada para lhe ajudar”, informa o e-mail, mencionando ainda que a informação foi veiculada recentemente por emissoras de televisão.
O Banco do Brasil divulgou um comunicado interno na segunda-feira para desmentir as informações da mensagem eletrônica. Isso porque a unidade de gestão da segurança da instituição financeira tem recebido inúmeras consultas de clientes pelo BB Responde e de diversas áreas da empresa sobre o assunto. “O BB não adota esse procedimento, considera-o inadequado e desconhece o uso dessa prática por parte de outras instituições financeiras”, diz o comunicado do banco. Segundo a assessoria de imprensa do BB, não foi registrado nenhum caso sobre a utilização da senha invertida para acionar a polícia em caso de seqüestro relâmpago. “A informação veiculada na Internet não procede”, informa o comunicado, que tem como objetivo orientar os funcionários sobre o caso. A curiosidade dos correntistas sobre o e-mail falso se deve ao fato de estarem cada vez mais comuns os seqüestros relâmpagos em todo o país. Somente no ano passado, 192 pessoas foram vítimas desse tipo de crime no Distrito Federal, sendo que 49 delas moravam em Brasília. Em 2005, dos 195 sequestrados, 44 eram do Plano Piloto.
Edna Simões - Correio Brasiliense
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