ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

06 junho, 2007

BICHEIROS INCLUÍAM PONTOS DE JOGOS NA HERANÇA

Testamentos de Antônio Petrus Kallil, o Turcão, e Waldomiro Paes Garcia, o Miro, apreendidos na Operação Furacão, mostrariam que os pontos de exploração de bingos, caça-níqueis e jogo do bicho seriam deixados de herança a outros contraventores e seus familiares. Os documentos, em que há referência a um "Clube Barão de Drumond", foram encontrados pela Polícia Federal (PF) num imóvel na Tijuca, no Rio, usado por Júlio César Guimarães Sobreira e por Luciano Andrade do Nascimento, o Bola, apontado como seu homem de confiança.

Aos 82 anos, Antônio Petrus Kallil, o Turcão, passou o comando da jogatina para seu filho Marcelo Kallil e destinou parte dos lucros das atividades a outros parentes. Turcão foi preso pela Polícia Federal e responde a processo na 6ª Vara Federal Criminal por exploração de jogos ilegais, corrupção e contrabando. Marcelo é o único foragido dos 24 réus do processo que corre no Rio. Tesoureiro do pai e sócio da empresa Abraplay, ele teria fugido do País com US$ 15 milhões (R$ 30 milhões).
Outro filho de Turcão, Antônio Petrus Kallil Filho também estaria, segundo relatório, envolvido com as atividades do jogo de bicho. A apreensão comprovou que Júlio é sócio oculto do Barra Bingo, embora ele só tenha admitido, em depoimento, ter ligação com o Bingo Serra, em Petrópolis.
Há ainda nove páginas apreendidas em que seria descrita a sociedade entre os bicheiros Miro, morto em outubro de 2004, e outro identificado como Careca. Entre os documentos há um pedido dos filhos de Careca, endereçado "aos senhores diretores do Clube Barão de Drumond" - entidade criada pela cúpula do bicho, para que seja reconhecido o direito deles à sucessão. Os papéis trazem um pouco da história do jogo do bicho.
PropinaA máfia dos jogos no Rio fazia pagamentos mensais a pelo menos 39 policiais, entre eles Marcos Bretas, que foi preso pela PF, além de delegacias distritais e especializadas, segundo a lista apreendida pela PF. Para encobrir quem e quanto era pago, a quadrilha criou códigos.
Os investigadores encontraram siglas como "RI-100,00", que seria uma referência à Superintendência da PF no Rio. "BxI-20,00" e "BxII-5,00" seriam pagamentos de R$ 25 mil a delegacias da PF na Baixada Fluminense. A máfia gastaria R$ 1,138 milhão mensais com propinas.
Na casa de Júlio Guimarães, na Tijuca, foi encontrada ata de reunião da cúpula da Polícia Civil determinando que, toda sexta-feira, delegacias enviassem relatório com os registros de ocorrência sobre a repressão ao jogo do bicho. A Corregedoria de Polícia Civil abriu inquérito para apurar as denúncias.
O relatório da Polícia Federal já faz parte do processo que tramita na 6ª Vara Cível e ressalta que, em apreensão realizada na casa de desembargador, foi encontrado fax com pedido de reserva de camarote feito à Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial para o desfile de Carnaval. Junto, havia cópias de decisões expedidas por ele a favor dos bingos.
Monitoramentos telefônicos feitos pela PF apontaram que Júlio Guimarães e os bicheiros Anísio e Capitão Guimarães demonstravam interesse em decisões políticas, como a tramitação de projetos de lei no Senado. Novas revelações devem surgir quando a PF terminar de analisar informações contidas em discos rígidos (HDs) de computadores e pen drives apreendidos na Furacão.
A presença de deputados estaduais na lista apreendida pela PF, na Operação Furacão, com supostas contribuições e propinas pagas pela máfia dos jogos a candidatos a cargos no Legislativo e no Executivo, em 2002, provocou reações de parlamentares que defendem uma investigação por parte do Conselho de Ética da Assembléia Legislativa, hoje presidido pelo deputado Paulo Melo (PMDB).
Para o deputado Marcelo Freixo (Psol), os envolvidos deveriam tomar a iniciativa de procurar o Conselho de Ética para pedir uma apuração das denúncias. "Todos têm direito de defesa. Seria interessante que os próprios citados na lista abrissem mão de seus sigilos bancário e fiscal, já que é a imagem da Alerj que sai prejudicada", disse Freixo.
O deputado Paulo Ramos (PDT) afirmou que vai pedir ao presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), que solicite cópia dos documentos apreendidos pela Polícia Federal. "Para a abertura de qualquer procedimento, são necessários os documentos oficiais. Além do presidente, o Conselho de Ética também pode fazer essa solicitação à Polícia Federal."
Marcelo Freixo, Paulo Ramos e Comte Bittencourt (PPS) devem se encontrar amanhã com Picciani para pedir pressa para a eleição do novo corregedor da Alerj. A função está vaga desde o início da atual legislatura.
Terra - O Dia

Comentário do Silvio: Realmente algo está muito errado neste país !


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