FAMÍLIA LUTA POR VISTO DO CANADÁ PARA PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN
Uma corretora de imóveis viu frustrado o sonho de reunir a família toda no Canadá, já que dois dos filhos dela moram na cidade de Vancouver. Os parentes que estão lá conseguiram trabalho, estão regularizados e já residem em solo canadense há quatro anos. A chance de reencontrá-los
despertou em Célia Moreira o desejo de reunir a família toda. Só que para um dos filhos que estão no Brasil não foi concedido o visto permanente.
André, de 33 anos, tem síndrome de down. A mãe dele não compreende a negação do visto porque o rapaz já passou temporadas no Canadá, onde fez amigos e teve boa adaptação.
Célia não desistiu da viagem e escreveu cartas para o consulado do país, ao longo de três anos ela cumpriu dezenas de exigências burocráticas. Um parecer neurológico revelou André possuir um nível satisfatório de independência e um desempenho intelectual acima da média das pessoas com síndrome de Down. “Sinto saudade da minha família, agora vai dar certo”,
torce André Moreira.
Um ofício do consulado cita uma lei de proteção ao imigrante e conclui, que por conta da síndrome de André, seria necessário uma demanda excessiva de serviços sociais e de saúde, que a ida dele poderia custar caro ao Canadá. A mãe dele recorreu da maneira que foi possível, alegando que ele tem saúde perfeita e que não dá trabalho. “Ele já é um homem pronto, fala
bem e já viajou pro Canadá, inclusive sozinho”, garantiu a mãe.
A presidente do conselho estadual dos direitos das pessoas com deficiência avisou que vai acionar a coordenadoria nacional, em Brasília. “O Canadá deve estar equivocado porque a síndrome de down não é considerada uma doença para a Organização Mundial de Saúde”, afirmou Maria Thereza Almeida.
Direitos - A legislação de direitos nacionais e internacionais aponta para o fim das barreiras e para a inclusão. A convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação e garante às pessoas com deficiência todos os direitos humanos e liberdades individuais das demais pessoas.
Recentemente, a convenção aprovada pela assembléia geral das nações unidas
diz que os países devem reconhecer todos os direitos das pessoas com deficiência, inclusive versa sobre o direito de escolher residência e nacionalidade, com as mesmas oportunidades. A convenção também garante que essas pessoas não podem ser privadas desses direitos por causa da deficiência, como aconteceu com André.
Para a professora especialista em direito internacional, o problema é que tudo esbarra na soberania nacional e que cabe ao país decidir que estrangeiros podem ficar em seu território. “Isso está na contramão dos direitos humanos, da consciência da humanidade, por isso penso que um apelo vindo da sociedade brasileira e de órgãos do Canadá possa surtir algum efeito”, explicou a professora Margarida Cantarelli.
A assessoria de imprensa do consulado geral do Canadá, em São Paulo, informou que o ministério da cidadania e imigração canadense jamais emite comentários sobre detalhes de processos.
http://pe360graus.globo.com/noticias360/matImprimir.asp?newsId=97960&siteId=
noticias360
despertou em Célia Moreira o desejo de reunir a família toda. Só que para um dos filhos que estão no Brasil não foi concedido o visto permanente.
André, de 33 anos, tem síndrome de down. A mãe dele não compreende a negação do visto porque o rapaz já passou temporadas no Canadá, onde fez amigos e teve boa adaptação.
Célia não desistiu da viagem e escreveu cartas para o consulado do país, ao longo de três anos ela cumpriu dezenas de exigências burocráticas. Um parecer neurológico revelou André possuir um nível satisfatório de independência e um desempenho intelectual acima da média das pessoas com síndrome de Down. “Sinto saudade da minha família, agora vai dar certo”,
torce André Moreira.
Um ofício do consulado cita uma lei de proteção ao imigrante e conclui, que por conta da síndrome de André, seria necessário uma demanda excessiva de serviços sociais e de saúde, que a ida dele poderia custar caro ao Canadá. A mãe dele recorreu da maneira que foi possível, alegando que ele tem saúde perfeita e que não dá trabalho. “Ele já é um homem pronto, fala
bem e já viajou pro Canadá, inclusive sozinho”, garantiu a mãe.
A presidente do conselho estadual dos direitos das pessoas com deficiência avisou que vai acionar a coordenadoria nacional, em Brasília. “O Canadá deve estar equivocado porque a síndrome de down não é considerada uma doença para a Organização Mundial de Saúde”, afirmou Maria Thereza Almeida.
Direitos - A legislação de direitos nacionais e internacionais aponta para o fim das barreiras e para a inclusão. A convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação e garante às pessoas com deficiência todos os direitos humanos e liberdades individuais das demais pessoas.
Recentemente, a convenção aprovada pela assembléia geral das nações unidas
diz que os países devem reconhecer todos os direitos das pessoas com deficiência, inclusive versa sobre o direito de escolher residência e nacionalidade, com as mesmas oportunidades. A convenção também garante que essas pessoas não podem ser privadas desses direitos por causa da deficiência, como aconteceu com André.
Para a professora especialista em direito internacional, o problema é que tudo esbarra na soberania nacional e que cabe ao país decidir que estrangeiros podem ficar em seu território. “Isso está na contramão dos direitos humanos, da consciência da humanidade, por isso penso que um apelo vindo da sociedade brasileira e de órgãos do Canadá possa surtir algum efeito”, explicou a professora Margarida Cantarelli.
A assessoria de imprensa do consulado geral do Canadá, em São Paulo, informou que o ministério da cidadania e imigração canadense jamais emite comentários sobre detalhes de processos.
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