POLÍCIA LOCALIZA COM COLECIONADORES PEÇAS DO MUSEU PAULISTA (DO IPIRANGA)
A Polícia Civil de São Paulo localizou cerca de 50 peças do acervo de numismática (moedas e notas em dinheiro) furtadas do museu do Ipiranga, na zona sul da cidade, no mês de agosto.
Os objetos localizados foram vendidos a colecionadores da SNB (Sociedade Numismática Brasileira), com sede no centro da capital, e da praça Benedito Calixto, em Pinheiros (região oeste), onde aos sábados acontece uma feira de antiguidades e artesanato.
Ninguém foi preso com a recuperação das peças, que representam pouco mais de 5% do total de 879 objetos furtados do museu. Os compradores devem ajudar a polícia a encontrar os autores, ou o responsável pelo furto. A primeira etapa será a elaboração de um retrato falado.
Segundo o delegado-titular do 17º Distrito Policial (Ipiranga), Márcio Tosatti, o crime ocorreu dias antes mesmo de o museu descobrir. As peças foram vendidas aos colecionadores antes de o crime ser relatado à polícia.
"Eles viram as séries no site [da SNB] e entraram em contato com a polícia. Temos certeza de que as outras peças serão devolvidas. Eles [os colecionadores] perderam dinheiro. Podiam ter inutilizado as peças, mas resolveram cooperar", afirmou Tosatti.
O delegado fez a afirmação porque, no início do mês, a SNB publicou em seu site as séries das notas furtadas do museu. Além disso, segundo o delegado, especialistas relataram à polícia que as peças furtadas não são tão valiosas entre os colecionadores porque não são exclusivas, ou seja, existem em outros museus ou nas mãos de outros interessados em numismática.
Segundo ele, o comprador da praça Benedito Calixto pagou R$ 300 por 16 notas. O outro, da SNB, gastou R$ 4.000. Ao todo, as 879 peças roubadas, que incluem cédulas e medalhas nacionais e estrangeiras, documentos do Estado e do Acervo da Justiça Federal, valem cerca de R$ 550 mil, segundo o delegado.
Suspeitos
O caso ainda não foi solucionado, segundo Tosatti, e entre os suspeitos estão funcionários do museu. Segundo o delegado, com as imagens gravadas pelo circuito interno do museu foi possível "fechar" as suspeitas sobre um grupo de funcionários.
O furto não ocorreu de uma única vez. Tosatti acredita que as peças foram sendo levadas aos poucos do local. O crime ocorreu em dependências que somente funcionários e pesquisadores tinham acesso.
"Ainda estamos ouvindo os funcionários. Com as fitas pudemos observar o movimento no banheiro, quem pegou as chaves [do local do furto], quem ficou mais tempo fora do setor", explicou o delegado.
Segundo a direção do museu, o furto foi percebido quando um funcionário da limpeza encontrou no banheiro um saco de lixo plástico com embalagens em seu interior.
O funcionário levou o saco até a diretoria, que verificou que entre algumas embalagens restavam algumas notas. Imediatamente, os funcionários da diretoria foram ao local onde as peças eram guardadas e verificaram que havia muitas outras embalagens vazias, invólucros de acetato rígido que protegia cada uma as notas. Com os indícios de crime, a direção chamou a polícia.
Carolina Farias
Folha Online
Ninguém foi preso com a recuperação das peças, que representam pouco mais de 5% do total de 879 objetos furtados do museu. Os compradores devem ajudar a polícia a encontrar os autores, ou o responsável pelo furto. A primeira etapa será a elaboração de um retrato falado.
Segundo o delegado-titular do 17º Distrito Policial (Ipiranga), Márcio Tosatti, o crime ocorreu dias antes mesmo de o museu descobrir. As peças foram vendidas aos colecionadores antes de o crime ser relatado à polícia.
"Eles viram as séries no site [da SNB] e entraram em contato com a polícia. Temos certeza de que as outras peças serão devolvidas. Eles [os colecionadores] perderam dinheiro. Podiam ter inutilizado as peças, mas resolveram cooperar", afirmou Tosatti.
O delegado fez a afirmação porque, no início do mês, a SNB publicou em seu site as séries das notas furtadas do museu. Além disso, segundo o delegado, especialistas relataram à polícia que as peças furtadas não são tão valiosas entre os colecionadores porque não são exclusivas, ou seja, existem em outros museus ou nas mãos de outros interessados em numismática.
Segundo ele, o comprador da praça Benedito Calixto pagou R$ 300 por 16 notas. O outro, da SNB, gastou R$ 4.000. Ao todo, as 879 peças roubadas, que incluem cédulas e medalhas nacionais e estrangeiras, documentos do Estado e do Acervo da Justiça Federal, valem cerca de R$ 550 mil, segundo o delegado.
Suspeitos
O caso ainda não foi solucionado, segundo Tosatti, e entre os suspeitos estão funcionários do museu. Segundo o delegado, com as imagens gravadas pelo circuito interno do museu foi possível "fechar" as suspeitas sobre um grupo de funcionários.
O furto não ocorreu de uma única vez. Tosatti acredita que as peças foram sendo levadas aos poucos do local. O crime ocorreu em dependências que somente funcionários e pesquisadores tinham acesso.
"Ainda estamos ouvindo os funcionários. Com as fitas pudemos observar o movimento no banheiro, quem pegou as chaves [do local do furto], quem ficou mais tempo fora do setor", explicou o delegado.
Segundo a direção do museu, o furto foi percebido quando um funcionário da limpeza encontrou no banheiro um saco de lixo plástico com embalagens em seu interior.
O funcionário levou o saco até a diretoria, que verificou que entre algumas embalagens restavam algumas notas. Imediatamente, os funcionários da diretoria foram ao local onde as peças eram guardadas e verificaram que havia muitas outras embalagens vazias, invólucros de acetato rígido que protegia cada uma as notas. Com os indícios de crime, a direção chamou a polícia.
Carolina Farias
Folha Online
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