BIBLIOTECA NACIONAL DE PORTUGAL ANUNCIA DIGITALIZAÇÃO DE OBRAS DO SÉCULO XVII E XIX
Acervo de 33 mil páginas estará disponível pela internet a partir do início do ano; até o segundo trimestre, instituição pretende oferecer 300 mil páginas de jornais portugueses do século XIX
A Biblioteca Nacional Digital (BND), departamento da Biblioteca Nacional (BN) que desde o seu início, em 2002, já digitalizou 9.563 obras, pretende colocar ao dispor do público, em 2008, um conjunto de dicionários, enciclopédias e jornais portugueses.
No início do próximo ano, a BND vai disponibilizar um conjunto de "Enciclopédias e Dicionários em Portugal do século XVII ao século XIX", conforme revelou Helena Patrício, diretora de serviços de sistemas de informação, à agência Lusa, acrescentando que "serão 37 obras, ou 33 mil páginas", dado que a BND disponibiliza as obras página a página.
Ainda de acordo com a responsável, a Biblioteca Digital vai disponibilizar, no segundo trimestre de 2008, "300 mil páginas de jornais portugueses do século XIX".
Esses dois projetos foram financiados pelo Programa para a Sociedade do Conhecimento, que a par do Programa Operacional da Cultura (POC) e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) custeiam a digitalização das obras. "Em 2006, foi o POC, através do Projecto Patrimonia, que permitiu digitalizar as 404 obras que integram a secção de Livros Antigos, onde se incluem documentos impressos publicados entre 1500 e 1800", assinalou Helena Patrício, adiantando que este projeto terá continuidade ao longo de 2008.
Atualmente, a BND procede a dois tipos de digitalização: as digitalizações correntes (realizadas sobretudo para dar resposta a pedidos de obras em suporte digital feitos por leitores da Biblioteca Nacional e que ocupa cinco funcionários internos) e as digitalizações por projeto (em que o volume ou conjunto de volumes são digitalizados no exterior, num regime de sub-contratação ou "outsourcing").
Durante o próximo ano, esse serviço prestado aos leitores estará disponível na Internet, integrado no projeto comunitário "E-books on demand" ("Livros eletrônicos a pedido") que - mediante a implementação de uma nova política de preços e a agilização da prestação de serviço - visa fomentar os pedidos de digitalização de obras integrais, que serão depois integradas na BND.
O preço de digitalização de cada página fora da BN varia com o estado do documento, a facilidade de manuseio da encadernação e a opção pelo preto e branco ou pela cor, entre outros aspectos. A digitalização de uma página A4 a cores oscila entre 13 e 40 centavos de euro (R$ 0,34 a R$ 1), mas inclui uma caixa de metadados (dados técnicos como o tamanho do documento ou a sua resolução) que varia conforme a página.
Segundo Helena Patrício, "no contexto da valorização e divulgação do patrimônio documental nacional, a BNP tem adoptado critérios de selecção de documentos para digitalização baseados no respectivo interesse histórico-cultural, tendo em conta a proveniência nacional das obras, a respectiva data de publicação e a tipologia de documentos".
Entre 2002 e 2007 - e tendo em vista a preservação de documentos de natureza frágil e/ou manuseamento difícil - a BND selecionou "um conjunto significativo de documentos iconográficos (cartazes, estampas, desenhos, etc) e de material cartográfico" que representa, respectivamente, 61% e 19% dos documentos digitalizados disponíveis na BND, contou Helena Patrício.
Salvo casos pontuais, as obras digitalizadas pertencem ao fundo documental da Biblioteca Nacional e 42% dos documentos que figuram na BND foram publicados em língua portuguesa, estando ali representados escritores como Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.
Relativamente aos documentos digitalizados publicados em língua estrangeira, cerca de 23% das obras disponíveis na BND foram publicadas em francês, 10% em inglês, 8% em castelhano, 7% em italiano e 1% em alemão.
Os principais assuntos representados são a Arte (com 34%) e a História/Geografia (com 33%), seguindo-se 11% na área das Ciências Sociais, 7% nas Ciências Aplicadas, 5% das obras de temática religiosa ou teológica e 4% sobre Literatura/Linguística.
Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, "a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de 2 milhões de objetos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais".
A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente do "The European Library" (A Biblioteca Européia), um serviço que funciona desde 2005 e propicia, atualmente, o acesso a recursos - bibliográficos ou digitais - de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia.
A idéia da Biblioteca Digital Européia é a de que "a memória coletiva da Europa" esteja"à distância de um clique do mouse do computador", reunindo diversos materiais já digitalizados - livros, filmes, fotografias, manuscritos e outros bens culturais - das várias instituições dos Estados-membros da União Europeia.
Fonte: Diário Digital / Lusa
http://www.aber.org.br/
A Biblioteca Nacional Digital (BND), departamento da Biblioteca Nacional (BN) que desde o seu início, em 2002, já digitalizou 9.563 obras, pretende colocar ao dispor do público, em 2008, um conjunto de dicionários, enciclopédias e jornais portugueses.
No início do próximo ano, a BND vai disponibilizar um conjunto de "Enciclopédias e Dicionários em Portugal do século XVII ao século XIX", conforme revelou Helena Patrício, diretora de serviços de sistemas de informação, à agência Lusa, acrescentando que "serão 37 obras, ou 33 mil páginas", dado que a BND disponibiliza as obras página a página.
Ainda de acordo com a responsável, a Biblioteca Digital vai disponibilizar, no segundo trimestre de 2008, "300 mil páginas de jornais portugueses do século XIX".
Esses dois projetos foram financiados pelo Programa para a Sociedade do Conhecimento, que a par do Programa Operacional da Cultura (POC) e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) custeiam a digitalização das obras. "Em 2006, foi o POC, através do Projecto Patrimonia, que permitiu digitalizar as 404 obras que integram a secção de Livros Antigos, onde se incluem documentos impressos publicados entre 1500 e 1800", assinalou Helena Patrício, adiantando que este projeto terá continuidade ao longo de 2008.
Atualmente, a BND procede a dois tipos de digitalização: as digitalizações correntes (realizadas sobretudo para dar resposta a pedidos de obras em suporte digital feitos por leitores da Biblioteca Nacional e que ocupa cinco funcionários internos) e as digitalizações por projeto (em que o volume ou conjunto de volumes são digitalizados no exterior, num regime de sub-contratação ou "outsourcing").
Durante o próximo ano, esse serviço prestado aos leitores estará disponível na Internet, integrado no projeto comunitário "E-books on demand" ("Livros eletrônicos a pedido") que - mediante a implementação de uma nova política de preços e a agilização da prestação de serviço - visa fomentar os pedidos de digitalização de obras integrais, que serão depois integradas na BND.
O preço de digitalização de cada página fora da BN varia com o estado do documento, a facilidade de manuseio da encadernação e a opção pelo preto e branco ou pela cor, entre outros aspectos. A digitalização de uma página A4 a cores oscila entre 13 e 40 centavos de euro (R$ 0,34 a R$ 1), mas inclui uma caixa de metadados (dados técnicos como o tamanho do documento ou a sua resolução) que varia conforme a página.
Segundo Helena Patrício, "no contexto da valorização e divulgação do patrimônio documental nacional, a BNP tem adoptado critérios de selecção de documentos para digitalização baseados no respectivo interesse histórico-cultural, tendo em conta a proveniência nacional das obras, a respectiva data de publicação e a tipologia de documentos".
Entre 2002 e 2007 - e tendo em vista a preservação de documentos de natureza frágil e/ou manuseamento difícil - a BND selecionou "um conjunto significativo de documentos iconográficos (cartazes, estampas, desenhos, etc) e de material cartográfico" que representa, respectivamente, 61% e 19% dos documentos digitalizados disponíveis na BND, contou Helena Patrício.
Salvo casos pontuais, as obras digitalizadas pertencem ao fundo documental da Biblioteca Nacional e 42% dos documentos que figuram na BND foram publicados em língua portuguesa, estando ali representados escritores como Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Eça de Queirós.
Relativamente aos documentos digitalizados publicados em língua estrangeira, cerca de 23% das obras disponíveis na BND foram publicadas em francês, 10% em inglês, 8% em castelhano, 7% em italiano e 1% em alemão.
Os principais assuntos representados são a Arte (com 34%) e a História/Geografia (com 33%), seguindo-se 11% na área das Ciências Sociais, 7% nas Ciências Aplicadas, 5% das obras de temática religiosa ou teológica e 4% sobre Literatura/Linguística.
Segundo Helena Patrício, a Biblioteca Nacional integra a rede temática da Biblioteca Digital Europeia, estando prevista, para o final de 2008, "a apresentação de um protótipo de portal para pesquisa e consulta de mais de 2 milhões de objetos digitais provenientes de bibliotecas, arquivos, museus e arquivos audiovisuais".
A Biblioteca Nacional de Portugal participa igualmente do "The European Library" (A Biblioteca Européia), um serviço que funciona desde 2005 e propicia, atualmente, o acesso a recursos - bibliográficos ou digitais - de 47 bibliotecas nacionais de países europeus e que constitui um dos pilares da futura Biblioteca Digital Europeia.
A idéia da Biblioteca Digital Européia é a de que "a memória coletiva da Europa" esteja"à distância de um clique do mouse do computador", reunindo diversos materiais já digitalizados - livros, filmes, fotografias, manuscritos e outros bens culturais - das várias instituições dos Estados-membros da União Europeia.
Fonte: Diário Digital / Lusa
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