ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

17 janeiro, 2008

HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL

CAPÍTULO IV
De quem é a culpa pela falta de livros?
Durante muito séculos, até meados de 1870, o Brasil não contava com uma organização em torno da atividade da escrita: não havia política nem legislação de direitos autorais; tampouco os escritores eram bem remunerados. Mas se assistimos ao monopólio legal do governo e um certo abuso das casas editoras, é certo que os escritores também não se faziam organizar e reivindicar seus direitos.
Em 15 de maio de 1890, o jornal Correio do Povo noticia a fundação da SHL, ou Sociedade dos Homens de Letras. Machado de Assis, José do Patrocínio, Olavo Bilac, Aluísio Azevedo, Artur Azevedo. Num esforço para se organizar como classe, a SHL é o embrião da ABL, ou Academia Brasileira de Letras, criada em 1896, graças à liderança de Machado. Contudo, a perda de foco, de objetivos com relação à função da Academia, gera um vazio na questão da profissionalização dos escritores da época, trazendo pouco ou nenhum progresso.
Vimos que a tipografia e a imprensa só chegaram por essas bandas em 1808 e que foi, até 1821, monopólio régio - ou seja, tudo era censurado. Foi isso, aliado à alta de iniciativa dos escritores, que atrasou a disseminação e a cultura do livro entre os brasileiros. A implementação tardia de uma universidade e política educacional também são fortes ingredientes. Se em 1817 há alguns parcos registros de comércio de livros, isso se dá com a intermediação do Estado que vigiava tudo. Na década de 70, os documentos que tratam da compra dos direitos pelas editoras revelam que o editor sempre dava as cartas, impunha as tiragens, a baixa remuneração e a inexistência de porcentagens sobre as vendas. Pode-se acrescentar que a falta de profissionalismo se estendia a todas as etapas da produção do livro: desde a gráfica, distribuição, editoras. Todos inseridos numa estrutura pré-capitalista com alicerces de economia escravocrata e pouco afeita à prática da leitura.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil.
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