ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

24 janeiro, 2008

HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL

CAPÍTULO VI
Os Modernistas, os livros e as revistas
A precária infra-estrutura da indústria editorial brasileira, ainda à época de Lobato, foi surpreendida pela capacidade que o autor do "Sítio" demonstrou ao investir pesadamente no futuro do nosso mercado editorial. Lobato se endividou até onde pôde para fazer seu sonho virar realidade. Se não fosse ele, a história do livro no Brasil seria outra. Comprou maquinário caro e moderno para equipar a gráfica Moteiro Lobato e Cia., e contratou profissionais qualificados, como Natal Daiuto, que trabalhava na Imprensa Oficial do Estado. Dívidas que excederam sua capacidade levaram nosso autor à falência. Seu sócio, Octalles Marcondes Ferreira, e Daiuto, foram incorporados pela Cia. Editora Nacional.
Em meio à perplexidade que estavam vivendo, Octalles e Daiuto se juntaram para arrematar o que sobrara da gráfica - e foi então que surgiu a São Paulo Editora. Com a implantação da impressão off-set e da brochura colada, a gráfica pôde então atender em grande escala, a todo país, tornado-se uma das maiores impressoras de livros nas décadas de 40 e 60.
A produção intelectual do país não era acompanhada pela produção industrial das editoras e, em tempos de Modernismo, isso queria dizer que os autores não interessavam muito às editoras, pois não tinham vendas expressivas. O destino destes era escrever para revistas especializadas, que atendiam a um púbico mais elitista e culto. Data desta época o surgimento da Revista Klaxon, para a qual ecreveram nomes como: Anita Malfatti, Sérgio Milliet, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral. A revista era financiada pelos próprios autores e lutou para permanecer circulando. Mas a semente lançada pelos modernistas repercutiu em todo país: em Minas Gerais, onde Drummond dirigiu A Revista; a carioca Estética, de Sérigo Buarque de Holanda; na Bahia, Arco e Flexa; e em Porto Alegre, Madrugada. A situação dos modernistas só melhoraria na década de 30, com a Editora José Olympio e sua famosa "Casa", cuja principal filosofia era lançar autores nacionais.
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