ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 janeiro, 2008

NOVAS E VELHAS

Esta é contada como acontecida lá em Minas Gerais, mais precisamente em Ubá.
Na cidade havia um senhor cujo apelido era Cabeçudo. Nascera com uma cabeça grande, dessas cuja boina dá pra botar dentro, fácil, fácil, uma melancia daquelas muito grandes. Mas, era um cara pacato, bonachão e muito boa gente. Não gostava, com razão, de ser chamado de Cabeçudo, mas desde os tempos da escola primária, tinha um sujeito que não o perdoava. Onde quer que o encontrasse, dava-lhe um tapa na cabeça e perguntava:
- Tudo bem, Cabeçudo?
O Cabeçudo, já com seus quarenta e poucos anos, e o cara sempre zombando dele.
Um dia, depois do milésimo tapinha na sua cabeça, o Cabeçudo meteu a faca no zombeteiro e matou-o na hora.
A família da vítima era rica; a do Cabeçudo, pobre. Não houve jeito de encontrar um advogado para defendê-lo, pois o crime tinha muitas testemunhas.
Depois de apelarem para advogados de Minas, de São Paulo e do Rio, sem sucesso algum, resolveram procurar um tal de “Zé Caneado”, advogado que há muito tempo deixara a profissão, pois, como o próprio apelido indicava, vivia de porre.
Pois, não é que o “Zé Caneado” aceitou o caso? Passou a semana anterior ao julgamento sem botar uma gota de cachaça na boca! Na hora de defender o Cabeçudo, ele começou o seu discurso assim:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
Quando todo mundo pensou que ele ia continuar a defesa, ele repetiu:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
Repetiu a frase mais uma vez e foi advertido pelo juiz:
- Peço ao advogado que, por favor, inicie a defesa.
Zé Caneado, porém, fingiu que não ouviu e:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
E o promotor:
- A defesa está tentando ridicularizar esta corte!
O juiz:
- Advirto ao advogado de defesa que se não apresentar imediatamente os seus argumentos…
Foi cortado por Zé Caneado, que repetiu:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dignos membros do júri.
O juiz não agüentou:
- Seu moleque safado, seu bêbado irresponsável, está pensando que a Justiça é motivo de zombaria? Ponha-se daqui para fora antes que eu mande prendê-lo.
Foi então que o Zé Caneado disse:
- Se por repetir apenas algumas vezes que o juiz é meritíssimo, que o promotor é honrado e que os membros do júri são dignos, os senhores me ameaçam de prisão! Pensem na situação deste pobre homem, que durante quarenta anos, todos os dias da sua vida, foi chamado de Cabeçudo!
Cabeçudo foi absolvido e o Zé Caneado voltou ao seu ócio no seu merecido descanso em companhia de uma boa caninha mineira...
Moral da história: Mais vale um “Bêbado Inteligente” do que um “Alcoólatra Anônimo.”
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Dona Conchita, uma elegante madame com fama de mexeriqueira, vai ao cinema no shopping e fica no final de uma grande fila. Ao passar uma vista d’olhos na fila, ela vê, lá na começo da fila, uma amiga e puxa conversa.
— Ei! Betinha!
Betinha olha pra dona Conchita e as duas começam uma interessante conversação.
— Oi, dona Conchita. Como vai?
— Vou bem. E você, como vai? Como vai a família? Seu pai já saiu da cadeia?
— Saiu ontem, dona Conchita.
— E o Júnior, teu irmão, já deixou de passar cheque sem fundos?
— Já, dona Conchita.
— E a tua irmã, a Soninha, ainda trabalha naquela casa de massagens?
— Trabalha mais não, dona Conchita.
A essa altura, todo mundo da fila ouve, com muita atenção, a conversa das duas amigas.
— E como vai o teu noivo, o Zequinha? Já marcaram casamento?
— A gente acabou, dona Conchita.
— Acaboooouuuu?! Por quê?!
A Betinha fica sem jeito para responder a pergunta e vai lá pro fim da fila pra junto de dona Conchita. Fala alguma coisa no ouvido dela e vai voltando pro começo da fila, quando dona Conchita pergunta:
— MAS, NA BUNDA, BETINHA?
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Já é tarde da noite e a jovem esposa telefona para a mãe e diz que está muito preocupada. Até aquela hora, o marido ainda não havia chegado.
— Eu acho que ele tem outra — desabafa a jovem esposa.
— Que é isso, minha filha? Você é muito pessimista, só pensa no pior. Pode ter sido apenas um acidente, o carro caiu da ponte, bateu no trem, algo assim.
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Um sujeito comenta com um colega de trabalho.
— Já viu a nossa nova colega, aquela loura boazuda? Pois bem, ontem eu disse à minha mulher que ia com você lá pro clube. Mas eu fui é prum motel com a loura. Vou te dizer uma coisa: nunca vi uma garota assim. Na cama, ela é muito melhor do que a minha mulher.
Dias depois, os amigos se encontram e o outro fala:
— É aquilo mesmo que você falou: a loura é muito melhor...
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Numa aldeia, bem no centro da África, nasce uma criança branca. O chefe da tribo fica furioso e manda chamar o missionário holandês, o único branco das redondezas, para pedir explicações.
— Peraí, ó chefe — explica o missionário. — Não é nada do que você está pensando não. A natureza tem muitos mistérios. Você está vendo aquele rebanho de ovelhas ali?
— Tou vendo. Mas não mude de assunto, não.
— Veja bem, chefe: são todas brancas, menos uma, não é?
— É. Mas o que é que a pretinha tem a ver com isso?
— Como é que a pretinha foi nascer ali onde só tem ovelhas brancas?
O chefe fica pálido e, meio sem jeito, chama o missionário assim prum lado e fala:
— Escuta aqui: missionário não fala nada sobre ovelha preta e chefe não fala nada sobre criança branca, certo?

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