ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 fevereiro, 2008

HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL

CAPÍTULO XI
Livros, perseguição e censura
Através do DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda, Getúlio manipulava seus inimigos e divulgava uma boa imagem de seu governo. Duros golpes foram lançados contra a indústria do livro: apesar de todo benefício que Vargas trouxe, sua insegurança pessoal e ambição política desmedida provocaram a reação contrária a tudo o que tinha plantado até então.
Sob sua ditadura, editoras punidas; escritores, como Jorge Amado, foram perseguidos e deixaram o país; edições inteiras confiscadas e incineradas em praça pública.
Essa hostilidade começou em 1931, com o aparecimento do Departamento Oficial de Propaganda. Reorganizado em 1934 como Depto. Nacional de Propaganda e Difusão Cultural , o órgão foi substituido em dezembro de 1939 pelo DIP, o todo-poderoso Depto. de Imprensa e Propaganda, que tinha a indigesta missão de controlar a informação e a produção cultural do país. A artilharia estava voltada para a atividade editorial, sob o comando de Lourival Fontes, que aos poucos foi minando as pequenas, mas importantes, casas editoras brasileiras. Até os grandes "players" do mercado como a José Olympio, apesar de sobreviver, amargaram prejuízos. Gilberto Freyre, Raquel de Queiroz, Tomás Santa Rosa, Jorge Amado, Cecília Meirelles, Graciliano Ramos, foram presos e perseguidos.
Além da leitura adulta, o governo controlava também a leitura infantil: criou a Comissão Nacional do Livro Escolar, que escolhia os livros a serem adotados nas escolas. Ao contrário, os títulos que tinham como tema a figura de Getúlio e que o glorificavam eram fartamente distribuidos. Rendida, a ABL, Academia Brasileira de Letras, chegou ao disparate de integrar Vargas entre seus membros e fazer do ditador um imortal.
Em janeiro de 1945 ventos novos pareciam soprar e, no primeiro congresso da Associação Brasileria de Escritores, o desejo comum de liberdade despontou. Albert Einstein apoiou a carta de princípios então elaborada. Menos de um mês depois, José Américo de Almeida, em entrevista ao Correio da Manhã, marcava o fim da censura à imprensa. E em outubro o Estado Novo começava a se tornar velho.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar

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