HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL
CAPÍTULO XII
Desponta o Sul do país como força intelectual
A Editora Globo começou como livraria, a Livraria do Globo. Numa região emergente sócio-culturalmente, a Livraria dirigida por Henrique Bertaso, filho do proprietário José, logo se tornou uma referência, sendo frequentada por Getúlio Vargas e pelo ex-boticário Érico Veríssimo. Em 1929, por sugestão de Vargas, nasceu a Revista do Globo, que mesclava colunismo social e crônicas.
Bertaso editava literatura de entretenimento: romances sentimentais "para moças", policiais e de aventura. Os primeiros compunham a "Coleção Verde", que bateu a casa dos 36 títulos e uma média de dois mil exemplares vendidos. Outra, a "Coleção Amarela", foi a mais bem-sucedida da editora, com 160 títulos e 5 a 10 mil exemplares vendidos de cada um.
Agatha Christie, Chesterton, Ellery Queen, Georges Simenon, Edgar Wallace - faziam tanto sucesso quanto Karl May. May escreveu a maioria dos romances de aventura que, de 1932 a 1942, compuseram a "Coleção Universidade".
Um pé em cada parte do mundo: Bertaso editava clássicos, best-sellers mundiais - mas sem esquecer dos gaúchos: Dyonelio Machado, Darcy Azambuja, Pedro Vergara. Da literatura mundial, Bertaso esbarrava num problema: não dominava o inglês. Foi então que decidiu chamar Érico Veríssimo - que lia e traduzia textos para a Revista do Globo. Juntos lançaram outras duas coleções que dariam à Globo projeção em escala nacional: a "Coleção Nobel" e a "Biblioteca dos Séculos". O Brasil dispunha agora de autores que brilhavam no cenário mundial: Virginia Woolf, Thomas Mann, André Gide. Além de clássicos: Montaigne, Rousseau, Proust, Nietzsche, Pirandello, Platão.
Com Veríssimo, a Editora diversificou seu catálogo e passou a editar livros técnicos, infantis e enciclopédias, como a Enciclopédia Brasileira Globo. Com a saída do autor, entretanto, a Editora ficou abalada. Externamente, o controle do governo sobre as remessas ao exterior, inibiram as traduções que consagraram a Casa. Somaram-se a isso outros problemas financeiros e os Bertaso abriram mão do controle acionário da empresa: em 1986 ela passou a pertencer às Organizações Globo.
Desponta o Sul do país como força intelectual
A Editora Globo começou como livraria, a Livraria do Globo. Numa região emergente sócio-culturalmente, a Livraria dirigida por Henrique Bertaso, filho do proprietário José, logo se tornou uma referência, sendo frequentada por Getúlio Vargas e pelo ex-boticário Érico Veríssimo. Em 1929, por sugestão de Vargas, nasceu a Revista do Globo, que mesclava colunismo social e crônicas.
Bertaso editava literatura de entretenimento: romances sentimentais "para moças", policiais e de aventura. Os primeiros compunham a "Coleção Verde", que bateu a casa dos 36 títulos e uma média de dois mil exemplares vendidos. Outra, a "Coleção Amarela", foi a mais bem-sucedida da editora, com 160 títulos e 5 a 10 mil exemplares vendidos de cada um.
Agatha Christie, Chesterton, Ellery Queen, Georges Simenon, Edgar Wallace - faziam tanto sucesso quanto Karl May. May escreveu a maioria dos romances de aventura que, de 1932 a 1942, compuseram a "Coleção Universidade".
Um pé em cada parte do mundo: Bertaso editava clássicos, best-sellers mundiais - mas sem esquecer dos gaúchos: Dyonelio Machado, Darcy Azambuja, Pedro Vergara. Da literatura mundial, Bertaso esbarrava num problema: não dominava o inglês. Foi então que decidiu chamar Érico Veríssimo - que lia e traduzia textos para a Revista do Globo. Juntos lançaram outras duas coleções que dariam à Globo projeção em escala nacional: a "Coleção Nobel" e a "Biblioteca dos Séculos". O Brasil dispunha agora de autores que brilhavam no cenário mundial: Virginia Woolf, Thomas Mann, André Gide. Além de clássicos: Montaigne, Rousseau, Proust, Nietzsche, Pirandello, Platão.
Com Veríssimo, a Editora diversificou seu catálogo e passou a editar livros técnicos, infantis e enciclopédias, como a Enciclopédia Brasileira Globo. Com a saída do autor, entretanto, a Editora ficou abalada. Externamente, o controle do governo sobre as remessas ao exterior, inibiram as traduções que consagraram a Casa. Somaram-se a isso outros problemas financeiros e os Bertaso abriram mão do controle acionário da empresa: em 1986 ela passou a pertencer às Organizações Globo.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar
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