ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

02 abril, 2008

EM ÉVORA, PORTUGAL, ENCADERNADORA AMPLIA MERCADO COM PAPELARIA ARTESANAL

Reportagem, feita em Portugal, mostra como papelaria artesanal é alternativa para profissional encadernador.
A reportagem abaixo foi realizada pela Agência Lusa, de Portugal:
Num mundo de novas tecnologias, em que os livros para restaurar não abundam, o encadernador-dourador está em vias de extinção, mas Sandrine não se deixa derrotar e "assina" também variados artigos de papelaria "nascidos" da sua imaginação.
"Viver só da encadernação não dá. Não há assim tantos livros para encadernar e, como é um ofício raro, as pessoas pensam que já não se faz", admite a antiga jornalista francesa, radicada em Évora.
O restauro e a encadernação, especialmente com o douramento, por serem morosos, artesanais e com materiais caros, também se tornam dispendiosos e são encarados como "um luxo", não possível a todas as bolsas.
"Tem que ser alguém que gosta muito do livro e tem dinheiro, porque não é barato", diz à agência Lusa, confessando que, com os materiais que utiliza e as técnicas de trabalho artesanais, o preço não pode ser mais baixo.
A maior parte dos seus clientes são detentores de bibliotecas privadas, mas também restaura obras para câmaras municipais e outras instituições, sendo que um livro ainda conservado ronda os 75 euros, mas os mais degradados, raros e valiosos poderão atingir os 350 euros.
Por isso, para "chegar a mais gente", Sandrine de Barahona puxou da imaginação e criou um leque de produtos, sobretudo artigos de papelaria, que vende no atelier (por marcação), na sua página na Internet (
www.de-barahona.com) e numa loja em Évora (A Que Sabe a Lua?).
Cadernos, agendas, diários, caixas, álbuns de fotografia ou de casamento, menus para restaurantes e livros de honra e de visita, com capas em pele e em papel, são algumas dessas criações "requintadas", com poucos exemplares.
"Não posso fazer muitos porque não tenho assim tantos papéis ou peles iguais e gosto de criar algo mais exclusivo", diz, frisando que o próprio cliente, no atelier, tem liberdade para escolher a encadernação do que pretende.
Mas é o ato de tocar os livros antigos, amarelecidos pelo tempo, que faz abrir o sorriso da artesã, embrenhada na tarefa de lhes curar as "doenças".
Em Portugal, poucos são os locais onde existem cursos profissionais de encadernador e de dourador, inexistentes mesmo no Alentejo, segundo dados recolhidos pela Lusa junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No seu caso específico, Sandrine promete que vai continuar a mostrar que a encadernação e o douramento "não são profissões do passado", confiante de que os livros feitos em papel, apesar da ameaça do suporte digital, não vão passar de "moda".
Rádio e Televisão Portuguesa
http://www.aber.org.br

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