EM ÉVORA, PORTUGAL, ENCADERNADORA AMPLIA MERCADO COM PAPELARIA ARTESANAL
Reportagem, feita em Portugal, mostra como papelaria artesanal é alternativa para profissional encadernador.
A reportagem abaixo foi realizada pela Agência Lusa, de Portugal:
Num mundo de novas tecnologias, em que os livros para restaurar não abundam, o encadernador-dourador está em vias de extinção, mas Sandrine não se deixa derrotar e "assina" também variados artigos de papelaria "nascidos" da sua imaginação.
"Viver só da encadernação não dá. Não há assim tantos livros para encadernar e, como é um ofício raro, as pessoas pensam que já não se faz", admite a antiga jornalista francesa, radicada em Évora.
O restauro e a encadernação, especialmente com o douramento, por serem morosos, artesanais e com materiais caros, também se tornam dispendiosos e são encarados como "um luxo", não possível a todas as bolsas.
"Tem que ser alguém que gosta muito do livro e tem dinheiro, porque não é barato", diz à agência Lusa, confessando que, com os materiais que utiliza e as técnicas de trabalho artesanais, o preço não pode ser mais baixo.
A maior parte dos seus clientes são detentores de bibliotecas privadas, mas também restaura obras para câmaras municipais e outras instituições, sendo que um livro ainda conservado ronda os 75 euros, mas os mais degradados, raros e valiosos poderão atingir os 350 euros.
Por isso, para "chegar a mais gente", Sandrine de Barahona puxou da imaginação e criou um leque de produtos, sobretudo artigos de papelaria, que vende no atelier (por marcação), na sua página na Internet (www.de-barahona.com) e numa loja em Évora (A Que Sabe a Lua?).
Cadernos, agendas, diários, caixas, álbuns de fotografia ou de casamento, menus para restaurantes e livros de honra e de visita, com capas em pele e em papel, são algumas dessas criações "requintadas", com poucos exemplares.
"Não posso fazer muitos porque não tenho assim tantos papéis ou peles iguais e gosto de criar algo mais exclusivo", diz, frisando que o próprio cliente, no atelier, tem liberdade para escolher a encadernação do que pretende.
Mas é o ato de tocar os livros antigos, amarelecidos pelo tempo, que faz abrir o sorriso da artesã, embrenhada na tarefa de lhes curar as "doenças".
Em Portugal, poucos são os locais onde existem cursos profissionais de encadernador e de dourador, inexistentes mesmo no Alentejo, segundo dados recolhidos pela Lusa junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No seu caso específico, Sandrine promete que vai continuar a mostrar que a encadernação e o douramento "não são profissões do passado", confiante de que os livros feitos em papel, apesar da ameaça do suporte digital, não vão passar de "moda".
Rádio e Televisão Portuguesa
http://www.aber.org.br
A reportagem abaixo foi realizada pela Agência Lusa, de Portugal:
Num mundo de novas tecnologias, em que os livros para restaurar não abundam, o encadernador-dourador está em vias de extinção, mas Sandrine não se deixa derrotar e "assina" também variados artigos de papelaria "nascidos" da sua imaginação.
"Viver só da encadernação não dá. Não há assim tantos livros para encadernar e, como é um ofício raro, as pessoas pensam que já não se faz", admite a antiga jornalista francesa, radicada em Évora.
O restauro e a encadernação, especialmente com o douramento, por serem morosos, artesanais e com materiais caros, também se tornam dispendiosos e são encarados como "um luxo", não possível a todas as bolsas.
"Tem que ser alguém que gosta muito do livro e tem dinheiro, porque não é barato", diz à agência Lusa, confessando que, com os materiais que utiliza e as técnicas de trabalho artesanais, o preço não pode ser mais baixo.
A maior parte dos seus clientes são detentores de bibliotecas privadas, mas também restaura obras para câmaras municipais e outras instituições, sendo que um livro ainda conservado ronda os 75 euros, mas os mais degradados, raros e valiosos poderão atingir os 350 euros.
Por isso, para "chegar a mais gente", Sandrine de Barahona puxou da imaginação e criou um leque de produtos, sobretudo artigos de papelaria, que vende no atelier (por marcação), na sua página na Internet (www.de-barahona.com) e numa loja em Évora (A Que Sabe a Lua?).
Cadernos, agendas, diários, caixas, álbuns de fotografia ou de casamento, menus para restaurantes e livros de honra e de visita, com capas em pele e em papel, são algumas dessas criações "requintadas", com poucos exemplares.
"Não posso fazer muitos porque não tenho assim tantos papéis ou peles iguais e gosto de criar algo mais exclusivo", diz, frisando que o próprio cliente, no atelier, tem liberdade para escolher a encadernação do que pretende.
Mas é o ato de tocar os livros antigos, amarelecidos pelo tempo, que faz abrir o sorriso da artesã, embrenhada na tarefa de lhes curar as "doenças".
Em Portugal, poucos são os locais onde existem cursos profissionais de encadernador e de dourador, inexistentes mesmo no Alentejo, segundo dados recolhidos pela Lusa junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
No seu caso específico, Sandrine promete que vai continuar a mostrar que a encadernação e o douramento "não são profissões do passado", confiante de que os livros feitos em papel, apesar da ameaça do suporte digital, não vão passar de "moda".
Rádio e Televisão Portuguesa
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