MOSTEIRO DE SÃO BENTO SERÁ RESTAURADO PARA CENTENÁRIO
Quem programava marcar casamento até 2012 e só pensava no mosteiro de São Bento, uma das igrejas mais tradicionais de São Paulo, como opção, terá que buscar outros locais. A celebração de uniões no mosteiro foi suspensa de julho de 2009 até 2012 e, até a data de início da suspensão, não há mais datas disponíveis.
O motivo: para comemorar os cem anos do mosteiro, no centro, começa no meio do ano que vem uma restauração completa do local, que inclui obras na igreja, nas capelas, no claustro, no colégio e na faculdade. Foi lá que o papa ficou hospedado em sua visita a São Paulo.
Dom João Evangelista Kovas, vice-superior do mosteiro (prior), conta que foi decidido suspender os casamentos porque não se sabe qual será a situação do local após o início das obras. "Pode ser que tenha um andaime no altar, e não podemos oferecer um casamento em um lugar em obras."
Como a questão é mais estética, as missas, inclusive aos domingos -a das 10h é celebrada ao som do órgão da igreja e com cantos gregorianos-, e o brunch, oferecido em alguns domingos do mês, continuarão ocorrendo normalmente.
Segundo Kovas, os casamentos são a principal fonte de renda do mosteiro -quem se casa lá tem que desembolsar uma taxa de R$ 5.000 (valor não confirmado pelo mosteiro, mas conferido com noivos que se casarão neste ano).
"Mas [as celebrações] não farão tanta falta", diz Kovas. "E não podemos esperar mais, não sabemos como o local estará daqui a um ano. Temos que preservar, isso aqui é um acervo de arte importantíssimo."
Centenário
O motivo: para comemorar os cem anos do mosteiro, no centro, começa no meio do ano que vem uma restauração completa do local, que inclui obras na igreja, nas capelas, no claustro, no colégio e na faculdade. Foi lá que o papa ficou hospedado em sua visita a São Paulo.
Dom João Evangelista Kovas, vice-superior do mosteiro (prior), conta que foi decidido suspender os casamentos porque não se sabe qual será a situação do local após o início das obras. "Pode ser que tenha um andaime no altar, e não podemos oferecer um casamento em um lugar em obras."
Como a questão é mais estética, as missas, inclusive aos domingos -a das 10h é celebrada ao som do órgão da igreja e com cantos gregorianos-, e o brunch, oferecido em alguns domingos do mês, continuarão ocorrendo normalmente.
Segundo Kovas, os casamentos são a principal fonte de renda do mosteiro -quem se casa lá tem que desembolsar uma taxa de R$ 5.000 (valor não confirmado pelo mosteiro, mas conferido com noivos que se casarão neste ano).
"Mas [as celebrações] não farão tanta falta", diz Kovas. "E não podemos esperar mais, não sabemos como o local estará daqui a um ano. Temos que preservar, isso aqui é um acervo de arte importantíssimo."
Centenário
As obras para restaurar o mosteiro devem marcar o centenário do local. Fundado no século XVI, foi reconstruído algumas vezes -a última reconstrução, que resultou no mosteiro atual, terminou em 1912.
Kovas mostrou à reportagem da Folha alguns pontos que precisam ser restaurados, como rachaduras nas paredes e no chão e imagens descascadas.
Segundo o prior, um dos principais problemas do mosteiro é o fixador de tinta utilizado depois que ele foi pintado - o produto reage com o ambiente e, principalmente, com a poeira, fazendo com que, com o tempo, a pintura se deteriore.
Nesta restauração, será utilizado um fixador diferente, que não reage com fatores externos, segundo Nilva Calixto, responsável pelos processos de restauração do mosteiro.
Kovas mostrou à reportagem da Folha alguns pontos que precisam ser restaurados, como rachaduras nas paredes e no chão e imagens descascadas.
Segundo o prior, um dos principais problemas do mosteiro é o fixador de tinta utilizado depois que ele foi pintado - o produto reage com o ambiente e, principalmente, com a poeira, fazendo com que, com o tempo, a pintura se deteriore.
Nesta restauração, será utilizado um fixador diferente, que não reage com fatores externos, segundo Nilva Calixto, responsável pelos processos de restauração do mosteiro.
O prior não soube informar o valor da restauração, mas disse que custará "muito mais de R$ 1 milhão". Nilva Calixto, que também não soube o valor exato, disse que custará mais de R$ 2 milhões. O mosteiro está em busca de patrocinadores.
À direita do altar, a capela do Santíssimo, no mosteiro de São Bento, é considerada, segundo dom João Evangelista Kovas, vice-superior do local (prior), e Nilva Calixto, restauradora, um dos locais mais críticos a serem restaurados.
No chão de ladrilhos, uma rachadura enorme, de mais de um metro. Na parede, o produto para fixar a pintura utilizado há quase cem anos esfumaçou as cores, fazendo com que pareça que há uma camada de giz branco sobre a tinta. Nas folhas de ouro do teto, o fixador escureceu o dourado, tirando o brilho do trabalho. Além disso, há descascados por todos os lados, até no parapeito da janela.
"Ali é ruim porque não tem ventilação nenhuma, então, todos os problemas se acentuam", afirma Nilva. Segundo ela, que trabalhou no restauro de cerca de 40 imagens de santos e outros objetos quando o papa Bento 16 se hospedou no mosteiro, no ano passado, algumas fissuras nas paredes são resultado da construção da linha Azul do metrô, inaugurada nos anos 70.
Como ocorreu em três imagens que ela restaurou para a chegada do papa, quando Nilva encontrou uma pintura diferente da original, ela espera encontrar outras cores ao trabalhar em algumas paredes. "Com as rachaduras do metrô, vinha alguém e dava uma mão de tinta para disfarçar, então, devo achar algumas novidades nessa restauração", afirmou ela.
Luísa Alcantara e Silva
Folha de S. Paulo
http://www.aber.org.br
À direita do altar, a capela do Santíssimo, no mosteiro de São Bento, é considerada, segundo dom João Evangelista Kovas, vice-superior do local (prior), e Nilva Calixto, restauradora, um dos locais mais críticos a serem restaurados.
No chão de ladrilhos, uma rachadura enorme, de mais de um metro. Na parede, o produto para fixar a pintura utilizado há quase cem anos esfumaçou as cores, fazendo com que pareça que há uma camada de giz branco sobre a tinta. Nas folhas de ouro do teto, o fixador escureceu o dourado, tirando o brilho do trabalho. Além disso, há descascados por todos os lados, até no parapeito da janela.
"Ali é ruim porque não tem ventilação nenhuma, então, todos os problemas se acentuam", afirma Nilva. Segundo ela, que trabalhou no restauro de cerca de 40 imagens de santos e outros objetos quando o papa Bento 16 se hospedou no mosteiro, no ano passado, algumas fissuras nas paredes são resultado da construção da linha Azul do metrô, inaugurada nos anos 70.
Como ocorreu em três imagens que ela restaurou para a chegada do papa, quando Nilva encontrou uma pintura diferente da original, ela espera encontrar outras cores ao trabalhar em algumas paredes. "Com as rachaduras do metrô, vinha alguém e dava uma mão de tinta para disfarçar, então, devo achar algumas novidades nessa restauração", afirmou ela.
Luísa Alcantara e Silva
Folha de S. Paulo
http://www.aber.org.br
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