AMERICANOS OFERECEM R$ 2,5 BILHÕES PELO OBJETIVO
Negócio seria o maior da história do setor educacional brasileiro.
O grupo americano Apollo, um dos maiores conglomerados de educação do mundo, iniciou um movimento que pode alterar drasticamente a estrutura do setor no Brasil. Segundo EXAME apurou, o Apollo fez uma oferta de aproximadamente 2,5 bilhões de reais pelo grupo Objetivo, maior empresa de educação do Brasil. Fundado pelo professor João Carlos Di Genio, o grupo é dono do colégio Objetivo e da Universidade Paulista (UNIP), tem mais de 130 000 alunos, 27 campi e 700 escolas. Para assessorá-lo na transação, Di Genio contratou o banco de investimentos Merrill Lynch. O assessor financeiro do grupo Apollo é o Morgan Stanley. Segundo um executivo próximo às negociações, a oferta é preliminar, e foi feita após um ano de aproximação entre os dois lados.
O empresário Di Genio é freqüentemente abordado por interessados em associar-se ao Objetivo, e também por bancos de investimento que pretendem estruturar uma possível abertura de capital da empresa. Até hoje, porém, nenhuma oferta foi capaz de alterar seu desejo de manter tudo como está no grupo. A oferta do Apollo é a mais ousada tentativa de convencê-lo a vender o Objetivo. Mesmo assim, pessoas próximas a Di Genio afirmam que a proposta não balançou o empresário, que segue reticente quanto à hipótese de vender o grupo. Segundo EXAME apurou, o Merrill Lynch está agora buscando novos interessados pelo Objetivo. O objetivo é, com o aumento da concorrência entre os potenciais investidores, aumentar o valor das propostas. Caso isso não aconteça, o negócio pode não evoluir.
O setor de educação passa por um forte processo de consolidação no Brasil. Um grupo lidera esse processo: a Anhanguera, primeira universidade do país a abrir o capital na bolsa de valores de São Paulo. Nos últimos meses, a Anhanguera fez uma série de aquisições de universidades de pequeno e médio porte. Recentemente, a GP Investimentos entrou no setor ao adquirir por 259 milhões de reais uma participação de 20% no capital da Estácio de Sá, maior universidade privada do país. O objetivo da GP é seguir o caminho da Anhanguera, comprando empresas menores e ganhando, assim, uma maior escala de atuação. O grupo Apollo foi fundado no fim dos anos 70, é dono de Universidades e escolas em 40 estados americanos e teve em 2007 um faturamento de 2,7 bilhões de dólares. No ano passado, o grupo firmou uma parceria com o fundo de private equity americano Carlyle. O objetivo da associação é comprar empresas de educação fora dos Estados Unidos, e o Carlyle pode investir junto com o Apollo caso a proposta seja aceita pelo Objetivo. O Apollo não retornou um pedido de entrevista. A assessoria de imprensa do Objetivo informa que nenhum executivo do grupo foi encontrado para comentar a transação.
Tiago Lethbridge
EXAME
O grupo americano Apollo, um dos maiores conglomerados de educação do mundo, iniciou um movimento que pode alterar drasticamente a estrutura do setor no Brasil. Segundo EXAME apurou, o Apollo fez uma oferta de aproximadamente 2,5 bilhões de reais pelo grupo Objetivo, maior empresa de educação do Brasil. Fundado pelo professor João Carlos Di Genio, o grupo é dono do colégio Objetivo e da Universidade Paulista (UNIP), tem mais de 130 000 alunos, 27 campi e 700 escolas. Para assessorá-lo na transação, Di Genio contratou o banco de investimentos Merrill Lynch. O assessor financeiro do grupo Apollo é o Morgan Stanley. Segundo um executivo próximo às negociações, a oferta é preliminar, e foi feita após um ano de aproximação entre os dois lados.
O empresário Di Genio é freqüentemente abordado por interessados em associar-se ao Objetivo, e também por bancos de investimento que pretendem estruturar uma possível abertura de capital da empresa. Até hoje, porém, nenhuma oferta foi capaz de alterar seu desejo de manter tudo como está no grupo. A oferta do Apollo é a mais ousada tentativa de convencê-lo a vender o Objetivo. Mesmo assim, pessoas próximas a Di Genio afirmam que a proposta não balançou o empresário, que segue reticente quanto à hipótese de vender o grupo. Segundo EXAME apurou, o Merrill Lynch está agora buscando novos interessados pelo Objetivo. O objetivo é, com o aumento da concorrência entre os potenciais investidores, aumentar o valor das propostas. Caso isso não aconteça, o negócio pode não evoluir.
O setor de educação passa por um forte processo de consolidação no Brasil. Um grupo lidera esse processo: a Anhanguera, primeira universidade do país a abrir o capital na bolsa de valores de São Paulo. Nos últimos meses, a Anhanguera fez uma série de aquisições de universidades de pequeno e médio porte. Recentemente, a GP Investimentos entrou no setor ao adquirir por 259 milhões de reais uma participação de 20% no capital da Estácio de Sá, maior universidade privada do país. O objetivo da GP é seguir o caminho da Anhanguera, comprando empresas menores e ganhando, assim, uma maior escala de atuação. O grupo Apollo foi fundado no fim dos anos 70, é dono de Universidades e escolas em 40 estados americanos e teve em 2007 um faturamento de 2,7 bilhões de dólares. No ano passado, o grupo firmou uma parceria com o fundo de private equity americano Carlyle. O objetivo da associação é comprar empresas de educação fora dos Estados Unidos, e o Carlyle pode investir junto com o Apollo caso a proposta seja aceita pelo Objetivo. O Apollo não retornou um pedido de entrevista. A assessoria de imprensa do Objetivo informa que nenhum executivo do grupo foi encontrado para comentar a transação.
Tiago Lethbridge
EXAME
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