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Cemitério submerso quer atrair amantes do mar
No fundo mar, a 14 m de profundidade, existe um cemitério com portões, túmulos e até mesmo bancos para "visitantes". Aberto no ano passado na costa dos Estados Unidos, o local é considerado por seus criadores como um cemitério perfeito para aqueles que amaram o mar em vida.
Eles esperam que, um dia, o lugar abrigue os restos de 125 mil pessoas. "A idéia é ótima", afirma Gary Levine, um mergulhador que idealizou o projeto e agora é acionista da empresa que o administra.
O cemitério está localizado próximo à costa de Key Biscayne, e qualquer mergulhador com alguma experiência pode visitá-lo.
A primeira fase do empreendimento tem espaço para os restos mortais de cerca de 850 pessoas. As cinzas dos mortos são misturadas a um cimento especial para ser usado embaixo d'água e depositadas na estrutura de corais.
Uma placa de bronze e cobre é instalada no local com o nome da pessoa, a data de nascimento e a data da morte. Há espaço também para um epitáfio.
Jim Hutslar, que gerencia o cemitério, contou usar óculos escuros para misturar as cinzas ao cimento, já que costuma se emocionar, principalmente quando a família do morto está presente. "Sou muito sentimental", afirma.
"É triste ver alguém morrer, mas a morte também é uma celebração da vida", diz o artista Kim Brandell, responsável pelo design do cemitério nas profundezas do oceano. "Costumo dizer que é a vida após a vida."
AP
No fundo mar, a 14 m de profundidade, existe um cemitério com portões, túmulos e até mesmo bancos para "visitantes". Aberto no ano passado na costa dos Estados Unidos, o local é considerado por seus criadores como um cemitério perfeito para aqueles que amaram o mar em vida.
Eles esperam que, um dia, o lugar abrigue os restos de 125 mil pessoas. "A idéia é ótima", afirma Gary Levine, um mergulhador que idealizou o projeto e agora é acionista da empresa que o administra.
O cemitério está localizado próximo à costa de Key Biscayne, e qualquer mergulhador com alguma experiência pode visitá-lo.
A primeira fase do empreendimento tem espaço para os restos mortais de cerca de 850 pessoas. As cinzas dos mortos são misturadas a um cimento especial para ser usado embaixo d'água e depositadas na estrutura de corais.
Uma placa de bronze e cobre é instalada no local com o nome da pessoa, a data de nascimento e a data da morte. Há espaço também para um epitáfio.
Jim Hutslar, que gerencia o cemitério, contou usar óculos escuros para misturar as cinzas ao cimento, já que costuma se emocionar, principalmente quando a família do morto está presente. "Sou muito sentimental", afirma.
"É triste ver alguém morrer, mas a morte também é uma celebração da vida", diz o artista Kim Brandell, responsável pelo design do cemitério nas profundezas do oceano. "Costumo dizer que é a vida após a vida."
AP
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Mulher confunde ladrão nu com marido
Uma mulher malaia acordou para um pesadelo real quando descobriu que o homem nu deitado ao seu lado não era o marido mas sim um ladrão, segundo um jornal local.A dona-de-casa de 36 anos estava a dormir quando o ladrão, reparando que o marido tinha adormecido no sofá, se despiu sem fazer barulho e se deitou ao seu lado, refere o jornal citando o relatório da polícia. A mulher desconfiou de alguma coisa quando falou com aquele que julgava ser o marido e ouviu uma voz estranha. Segundo as autoridades, a malaia após ter ouvido uma voz que não lhe era familiar dirigiu-se para a sala onde encontrou o verdadeiro marido adormecido no sofá. Percebendo a confusão, a mulher gritou e o ladrão conseguiu fugir pela janela levando consigo os objectos roubados.
Uma mulher malaia acordou para um pesadelo real quando descobriu que o homem nu deitado ao seu lado não era o marido mas sim um ladrão, segundo um jornal local.A dona-de-casa de 36 anos estava a dormir quando o ladrão, reparando que o marido tinha adormecido no sofá, se despiu sem fazer barulho e se deitou ao seu lado, refere o jornal citando o relatório da polícia. A mulher desconfiou de alguma coisa quando falou com aquele que julgava ser o marido e ouviu uma voz estranha. Segundo as autoridades, a malaia após ter ouvido uma voz que não lhe era familiar dirigiu-se para a sala onde encontrou o verdadeiro marido adormecido no sofá. Percebendo a confusão, a mulher gritou e o ladrão conseguiu fugir pela janela levando consigo os objectos roubados.
SOL
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Mulher que não era virgem tem casamento anulado
A classe política francesa recebeu com consternação e indignação a notícia da decisão da Justiça de anular uma união entre muçulmanos porque a mulher havia mentido ao cônjuge ao garantir que era virgem, uma decisão aparentemente sem precedentes nos tribunais do país.O tribunal de Grande Instância de Lille (norte da França) invalidou em abril um casamento entre muçulmanos por "erro das qualidades essenciais" da mulher, a pedido do marido, um engenheiro, que descobriu que havia sido enganado na noite de núpcias, no dia 8 de julho de 2006.Ele não pensou duas vezes e na mesma madrugada comunicou a seus parentes que sua mulher não era virgem, antes de devolvê-la a sua família.A notícia, que foi apresentada em um artigo de uma revista jurídica citado esta semana pelo jornal Libération, deixou a classe política francesa indignada.A secretária de Estado do Direito das Mulheres, Valérie Letard, ficou "consternada por ver como hoje em dia na França algumas disposições do Código Civil levam, de acordo com a forma como são interpretadas, a uma regressão do estatuto da mulher".
A classe política francesa recebeu com consternação e indignação a notícia da decisão da Justiça de anular uma união entre muçulmanos porque a mulher havia mentido ao cônjuge ao garantir que era virgem, uma decisão aparentemente sem precedentes nos tribunais do país.O tribunal de Grande Instância de Lille (norte da França) invalidou em abril um casamento entre muçulmanos por "erro das qualidades essenciais" da mulher, a pedido do marido, um engenheiro, que descobriu que havia sido enganado na noite de núpcias, no dia 8 de julho de 2006.Ele não pensou duas vezes e na mesma madrugada comunicou a seus parentes que sua mulher não era virgem, antes de devolvê-la a sua família.A notícia, que foi apresentada em um artigo de uma revista jurídica citado esta semana pelo jornal Libération, deixou a classe política francesa indignada.A secretária de Estado do Direito das Mulheres, Valérie Letard, ficou "consternada por ver como hoje em dia na França algumas disposições do Código Civil levam, de acordo com a forma como são interpretadas, a uma regressão do estatuto da mulher".
O tribunal anulou o casamento ao considerar que o marido havia agido "movido por um erro objetivo" que para ele "era determinante para seu consentimento".
Um artigo do Código Civil estipula que "se houver um erro na pessoa ou em suas qualidades essenciais, o outro cônjuge pode solicitar a nulidade da união".
Mas para o deputado do partido governante (UMP), Jacques Myard, se trata de uma decisão "chocante que revela um integrismo arcaico". A oposição socialista também denunciou uma decisão que "desrespeita o direito das mulheres de dispor de seu corpo e viver sua sexualidade livremente, como os homens".
Vergonha da Justiça é o que sente a filósofa e escritora francesa Elisabeth Badinter. "O que viveu essa jovem, humilhada, devolvida a sua família, deve ter sido terrível. Sinto vergonha da justiça francesa que não tem a coragem de defender todas essas meninas", disse Badinter.
O promotor de Lille, Philippe Lemaire, defendeu em declarações à AFP que a decisão estava "conforme a jurisprudência clássica" e alegou que os dois cônjuges estavam de "acordo" ao anular o matrimônio.
O problema da virgindade "centrou um pouco o debate, mas segundo o magistrado, a questão não é esta, e sim o fato" de que a jovem "mentiu".
O Ministério da Justiça assegurou que não há casos na França de uniões anuladas por este motivo, embora tenha indicado que não são raros os casamentos declarados nulos por mentiras sobre "elementos da personalidade".
Conta Outra
Conta Outra
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Mulher morreu há 35 anos e ninguém deu pela sua falta
Os governos mudaram. Uma guerra começou e chegou ao fim. Os vizinhos tiveram filhos e depois netos. Mas Hedviga Golik nunca deixou o seu pequeno apartamento em Zagreb, Croácia, até que o seu corpo já mumificado foi descoberto 35 anos após a sua morte.
Os governos mudaram. Uma guerra começou e chegou ao fim. Os vizinhos tiveram filhos e depois netos. Mas Hedviga Golik nunca deixou o seu pequeno apartamento em Zagreb, Croácia, até que o seu corpo já mumificado foi descoberto 35 anos após a sua morte.
A polícia afirmou que ninguém a tinha dado como desaparecida e que o corpo continua por reclamar.
Os moradores do prédio de Hedviga, na baixa da capital croata, decidiram entrar em sua casa por considerarem que o apartamento lhes devia pertencer a eles e não a Hedviga. Quando entraram viram o corpo deitado na cama. Assustados chamaram a polícia.
Os peritos calculam que a mulher deve ter morrido em 1973, altura que coincide com a última vez que foi vista por uma das vizinhas. Davor Strinovic, um dos criminalistas, afirmou que a causa da morte parece ter sido natural, mas «é quase impossível afirmá-lo com certeza» após tanto tempo.
Alguns dos vizinhos disseram que Hedviga tinha falado em ir para o estrangeiro, o que parece explicar a razão pela qual ninguém deu pela sua falta.
Segundo os criminalistas, o mau cheiro, característico dos cadáveres, foi dissipado pelas janelas que permaneceram abertas durante este tempo. Não se sabe ainda ao certo se alguém ou quem pagava as contas de Hedviga e a quem pertencia, realmente, a casa. Em 1973, os apartamentos pertenciam ao Estado.
Os vizinhos querem agora que o apartamento seja partilhado pelos restantes inquilinos.
A descoberta do cadáver de 35 anos trouxe o debate para os media: «Como é possível que uma mulher tenha morrido há tanto tempo sem que ninguém tivesse dado pela sua falta?». Uma jornalista local afirmou que era a prova da crescente alienação das pessoas.«Meus queridos vizinhos! Por favor continuem a ser curiosos e às vezes incómodos, como têm sido até agora»,escreveu a jornalistaMerita Arslani no jornal Jutarnji .
SOL
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New York: "policial do cocô" fiscaliza se dono limpa sujeira
O dia mal tinha raiado quando Theo Otibu começou a percorrer o Ditmas Park, em Brooklyn, em seu carro do Departamento Sanitário. O veículo não traz marcas visíveis de sua função e ele dirigia vasculhando as calçadas em busca de sua fugaz presa, identificável apenas pelos detritos produzidos por seu melhor amigo: os donos de cachorros que não recolhem as fezes de seus animais.
Ele viu uma mulher com um casaco preto comprido, levando um cachorrinho branco em uma coleira. Otibu, que foi policial em Gana e inspetor de paz das Nações Unidas na Bósnia, parou seu carro ao lado de uma minivan e a observou em silêncio pétreo pelo retrovisor.
Os indícios de negligência eram muitos: a expressão irritada no rosto da proprietária, o passo rápido, a falta de um saco plástico no bolso. "As pessoas que recolhem costumam ter tempo de sobra", ele havia dito anteriormente. "Mas há certas pessoas que basta olhar para saber que não pretendem recolher a sujeira de seus cachorros". A mulher ansiosa e seu cachorro percorriam a rua, e Otibu os acompanhava lentamente no carro. Mas apesar de cinco minutos de espreita silenciosa, o cachorro não fez nada.
"Não vamos apanhar nada aqui", ele disse, saindo com o carro. Trabalhando sem uniforme, ao volante de Toyotas híbridos brancos sem identificação, Otibu e seu 14 colegas na Força-Tarefa Canina do Departamento Sanitário se espalham pelos cinco distritos de Nova York a cada dia para fiscalizar o cumprimento da lei municipal que determina que proprietários recolham a sujeira de seus cachorros, adotada 30 anos atrás e que se tornou modelo para outras grandes cidades.
A linha municipal de denúncias recebeu cerca de três mil queixas sobre sujeita de cachorros no ano passado, ante 2,1 mil em 2004, e por isso o Departamento Sanitário elevou em sete agentes o efetivo da força-tarefa canina. Nos primeiros 11 meses do ano fiscal em curso, eles autuaram 869 infratores, cerca de 40% a mais do que no mesmo período um ano antes.
A multa máxima, US$ 100, que não mudou desde a aprovação da lei, deve subir em breve. Um projeto de lei que a elevará a US$ 250 está esperando a assinatura do governador David Paterson. Um porta-voz do governador disse na quarta-feira que ele está revisando o texto. (O departamento de parques, que impõe as multas nos parques municipais, tem autonomia para estipular valores de multa de entre US$ 50 e US$ 1 mil).
O maior número de autuações aconteceu no Bronx, com 335 no período, ante 215 em Brooklyn, 157 em Queens, 109 em Manhattan e 53 em Staten Island.
"Quanto mais pessoas em patrulha, mais autuações", disse John Doherty, o comissário municipal de saneamento, que escreveu sua primeira multa como agente municipal em 1973, para um casal que não havia levado seu cachorro ao meio-fio no momento em que ele estava fazendo suas necessidades.
Na época, a lei dispunha que os proprietários tinham de levar seus cachorros ao meio-fio, evitando sujar as calçadas. (A norma continua válida, mas é raramente aplicada). "Colocamos mais gente para fazer o trabalho, mas nem sempre é fácil apanhar alguém em flagrante".
Para autuar um infrator, o agente precisa testemunhar o cachorro no ato, e o abandono do local pelo proprietário sem limpeza. Já que existem cerca de 500 mil cachorros espalhados pelos 900 km da cidade, e a violação pode demorar apenas 30 segundos, não é muito provável que os agentes apanhem alguém em flagrante. A maioria dos agentes apanha apenas uma ou duas violações do código canino a cada dia. (A força-tarefa também impõe multas de US$ 200 a proprietários que não tenham cachorros na coleira, e multas para pessoas que joguem o lixo de suas casas nas cestas municipais).
"Tentamos fazer o melhor que podemos, mas coisas são difíceis por aqui", disse Otibu. A dificuldade da tarefa de Otibu indica em alguma medida até que ponto a lei foi acatada pelos proprietários de cachorros de Nova York, de 1978 para cá. Quando a medida entrou em vigor, as violações eram generalizadas, e mais conspícua". "Era muito irritante", conta Roberta Pliner, moradora do Upper West Side. "As pessoas se arrumavam para trabalhar, para sair, saíam de casa e logo pisavam em um monte".
Fran Lee Weiss, uma ativista dos direitos do consumidor, pressionou fortemente pela adoção da lei, dizendo que crianças estavam sendo infectadas por um verme canino, o Toxocara canis, ao entrar em contato com os excrementos. (O Departamento Sanitário determinou, na época, que a ameaça dos vermes era real, mas não tão grave como Weiss imaginava.)
Embora tenha despertado a ira de muitos proprietários de cachorros, Weiss conquistou o apoio de seus vizinhos. Ela agora tem 98 anos e vive na Califórnia. "As pessoas costumavam pará-la na rua para cumprimentá-la pelo trabalho", conta seu filho, Barry Weiss.
Por volta das nove da manhã, o horário preferido pelos proprietários para passear com seus cachorros já estava quase acabado, e Otibu não havia testemunhado nenhum delito. Ele estava ansioso. Dirigiu-se a um local em Bushwick pelo qual havia passado mais cedo e costuma atrair os proprietários de cachorros.
Subitamente, em sua segunda volta pelo quarteirão da Bushwick Avenue com a rua Seigel, ele viu um homem com dois cachorros, um dos quais estava sem coleira e agachado. "Bem, já posso multá-lo por o cachorro não estar de coleira", disse Otibu. "Mas primeiro vou esperar para ver se ele recolhe a sujeira". Ele observou enquanto o homem se afastava do local, sem recolher os detritos. Era o momento pelo qual Otibu estava esperando. Quando o homem se aproximou do carro, ele saiu e lhe aplicou uma multa de US$ 200.
Mais adiante, ele avistou outro cachorro agachado. O proprietário falava ao celular. Quando o homem se afastou sem recolher a sujeita, Otibu o abordou e pediu sua identidade. Porque os agentes não podem autuar pessoas que não apresentem documentos com foto, muita gente finge que esqueceu os documentos. E a sujeira dos cachorros não é delito passível de detenção. Por isso, quanto o homem se afastou depois de recolher as fezes com um papel encontrado na rua, prometendo voltar mais tarde com o documento, Otibu percebeu que não valeria a pena esperar. "Esse nós perdemos", ele disse.
O dia mal tinha raiado quando Theo Otibu começou a percorrer o Ditmas Park, em Brooklyn, em seu carro do Departamento Sanitário. O veículo não traz marcas visíveis de sua função e ele dirigia vasculhando as calçadas em busca de sua fugaz presa, identificável apenas pelos detritos produzidos por seu melhor amigo: os donos de cachorros que não recolhem as fezes de seus animais.
Ele viu uma mulher com um casaco preto comprido, levando um cachorrinho branco em uma coleira. Otibu, que foi policial em Gana e inspetor de paz das Nações Unidas na Bósnia, parou seu carro ao lado de uma minivan e a observou em silêncio pétreo pelo retrovisor.
Os indícios de negligência eram muitos: a expressão irritada no rosto da proprietária, o passo rápido, a falta de um saco plástico no bolso. "As pessoas que recolhem costumam ter tempo de sobra", ele havia dito anteriormente. "Mas há certas pessoas que basta olhar para saber que não pretendem recolher a sujeira de seus cachorros". A mulher ansiosa e seu cachorro percorriam a rua, e Otibu os acompanhava lentamente no carro. Mas apesar de cinco minutos de espreita silenciosa, o cachorro não fez nada.
"Não vamos apanhar nada aqui", ele disse, saindo com o carro. Trabalhando sem uniforme, ao volante de Toyotas híbridos brancos sem identificação, Otibu e seu 14 colegas na Força-Tarefa Canina do Departamento Sanitário se espalham pelos cinco distritos de Nova York a cada dia para fiscalizar o cumprimento da lei municipal que determina que proprietários recolham a sujeira de seus cachorros, adotada 30 anos atrás e que se tornou modelo para outras grandes cidades.
A linha municipal de denúncias recebeu cerca de três mil queixas sobre sujeita de cachorros no ano passado, ante 2,1 mil em 2004, e por isso o Departamento Sanitário elevou em sete agentes o efetivo da força-tarefa canina. Nos primeiros 11 meses do ano fiscal em curso, eles autuaram 869 infratores, cerca de 40% a mais do que no mesmo período um ano antes.
A multa máxima, US$ 100, que não mudou desde a aprovação da lei, deve subir em breve. Um projeto de lei que a elevará a US$ 250 está esperando a assinatura do governador David Paterson. Um porta-voz do governador disse na quarta-feira que ele está revisando o texto. (O departamento de parques, que impõe as multas nos parques municipais, tem autonomia para estipular valores de multa de entre US$ 50 e US$ 1 mil).
O maior número de autuações aconteceu no Bronx, com 335 no período, ante 215 em Brooklyn, 157 em Queens, 109 em Manhattan e 53 em Staten Island.
"Quanto mais pessoas em patrulha, mais autuações", disse John Doherty, o comissário municipal de saneamento, que escreveu sua primeira multa como agente municipal em 1973, para um casal que não havia levado seu cachorro ao meio-fio no momento em que ele estava fazendo suas necessidades.
Na época, a lei dispunha que os proprietários tinham de levar seus cachorros ao meio-fio, evitando sujar as calçadas. (A norma continua válida, mas é raramente aplicada). "Colocamos mais gente para fazer o trabalho, mas nem sempre é fácil apanhar alguém em flagrante".
Para autuar um infrator, o agente precisa testemunhar o cachorro no ato, e o abandono do local pelo proprietário sem limpeza. Já que existem cerca de 500 mil cachorros espalhados pelos 900 km da cidade, e a violação pode demorar apenas 30 segundos, não é muito provável que os agentes apanhem alguém em flagrante. A maioria dos agentes apanha apenas uma ou duas violações do código canino a cada dia. (A força-tarefa também impõe multas de US$ 200 a proprietários que não tenham cachorros na coleira, e multas para pessoas que joguem o lixo de suas casas nas cestas municipais).
"Tentamos fazer o melhor que podemos, mas coisas são difíceis por aqui", disse Otibu. A dificuldade da tarefa de Otibu indica em alguma medida até que ponto a lei foi acatada pelos proprietários de cachorros de Nova York, de 1978 para cá. Quando a medida entrou em vigor, as violações eram generalizadas, e mais conspícua". "Era muito irritante", conta Roberta Pliner, moradora do Upper West Side. "As pessoas se arrumavam para trabalhar, para sair, saíam de casa e logo pisavam em um monte".
Fran Lee Weiss, uma ativista dos direitos do consumidor, pressionou fortemente pela adoção da lei, dizendo que crianças estavam sendo infectadas por um verme canino, o Toxocara canis, ao entrar em contato com os excrementos. (O Departamento Sanitário determinou, na época, que a ameaça dos vermes era real, mas não tão grave como Weiss imaginava.)
Embora tenha despertado a ira de muitos proprietários de cachorros, Weiss conquistou o apoio de seus vizinhos. Ela agora tem 98 anos e vive na Califórnia. "As pessoas costumavam pará-la na rua para cumprimentá-la pelo trabalho", conta seu filho, Barry Weiss.
Por volta das nove da manhã, o horário preferido pelos proprietários para passear com seus cachorros já estava quase acabado, e Otibu não havia testemunhado nenhum delito. Ele estava ansioso. Dirigiu-se a um local em Bushwick pelo qual havia passado mais cedo e costuma atrair os proprietários de cachorros.
Subitamente, em sua segunda volta pelo quarteirão da Bushwick Avenue com a rua Seigel, ele viu um homem com dois cachorros, um dos quais estava sem coleira e agachado. "Bem, já posso multá-lo por o cachorro não estar de coleira", disse Otibu. "Mas primeiro vou esperar para ver se ele recolhe a sujeira". Ele observou enquanto o homem se afastava do local, sem recolher os detritos. Era o momento pelo qual Otibu estava esperando. Quando o homem se aproximou do carro, ele saiu e lhe aplicou uma multa de US$ 200.
Mais adiante, ele avistou outro cachorro agachado. O proprietário falava ao celular. Quando o homem se afastou sem recolher a sujeita, Otibu o abordou e pediu sua identidade. Porque os agentes não podem autuar pessoas que não apresentem documentos com foto, muita gente finge que esqueceu os documentos. E a sujeira dos cachorros não é delito passível de detenção. Por isso, quanto o homem se afastou depois de recolher as fezes com um papel encontrado na rua, prometendo voltar mais tarde com o documento, Otibu percebeu que não valeria a pena esperar. "Esse nós perdemos", ele disse.
J. David Goodman
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
Tradução: Paulo Migliacci ME
The New York Times
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