ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

20 agosto, 2008

SAÚDE

Cesárea agendada aposentou o trabalho de parto
Na rede particular, gestantes marcam a operação com meses de antecedência, ainda que sem necessidade.
A maior parte das brasileiras que tiveram filhos recentemente e são atendidas por planos de saúde não chegou a entrar em trabalho de parto. Seja por influência médica, familiar, por desinformação ou simplesmente por medo de sentir dor, essas mulheres agendaram a cesariana com semanas ou até meses de antecedência, mesmo antes de saber se a gravidez evoluiria sem complicações.
A representante comercial Ana Corina Lemos Santos, de 33 anos, é uma dessas brasileiras. Após nove anos de casamento, engravidou do primeiro filho, Eric, que nasceu há cerca de um mês, por cesárea, em uma maternidade particular de São Paulo. "Nem cogitei com meu médico o parto normal", conta Ana. "São muitos os procedimentos. Tem a respiração, as contrações... Eu tinha medo de fazer algo errado, de ficar esperando horas, com dor. Além disso, queria consertar a marca de uma cirurgia anterior no abdome." Ana pensa em ter outro filho e, mesmo sabendo que os riscos para sua saúde e do bebê são maiores com a cesariana, o parto normal continua fora de seus planos. "É insegurança minha mesmo. Mas vou pensar sobre o assunto", diz.
"Se a mulher não entra em trabalho de parto, como podemos ter certeza de que o bebê está preparado para nascer?", questiona Martha Oliveira, gerente de produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Uma das maiores causas de internação em UTI neonatal hoje, diz ela, é a taquipnéia transitória, desconforto respiratório causado pela presença de líquido nos pulmões. "Isso é conseqüência direta da alarmante taxa de cesarianas sem indicação, pois a prematuridade favorece esse tipo de problema."A ANS financiou a pesquisa Causas e conseqüências das cesarianas desnecessárias, uma série de artigos realizados pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz).
Um dos estudos acompanhou 450 gestantes em dois hospitais conveniados do Rio e comprovou que 92% delas não entraram em trabalho de parto. "Esse dado reflete a realidade nacional e é um dos mais preocupantes", afirma Martha.
O diretor do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde, Adson França, explica que a cesárea, quando feita com 40 semanas de gestação, aumenta em 16 vezes a possibilidade de problemas circulatórios e respiratórios no bebê. Entre 36 e 37 semanas, o aumento é de 120 vezes. Ainda segundo França, a cirurgia feita sem indicação aumenta em 6 vezes a mortalidade materna e eleva o risco de complicações em futuras gestações. "Mesmo que seja a pedido da mulher, não é ético fazer parto cirúrgico sem necessidade", avalia.
ÍNDICE BRASILEIRO
A Organização Mundial da Saúde recomenda uma taxa de cesarianas não superior a 15%, o que daria conta dos casos de risco para a saúde da mãe ou do bebê. A média brasileira é de 43%. No Sistema Único de Saúde (SUS) esse índice é de 26% e na rede de saúde suplementar é de 80%. Para a diretora do Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (Gama), Ana Cristina Duarte, existe no Brasil a cultura de que o parto normal é perigoso, um sofrimento desnecessário. "Há essa idéia de que os hospitais públicos forçam as mulheres a ter parto normal porque é mais barato e, por isso, inferior. Os médicos da rede particular dizem que as mulheres pedem para fazer cesárea e, como para eles é mais conveniente, ficam quietos.
"Na opinião do obstetra Geraldo Caldeira, que atua em grandes maternidades particulares de São Paulo, como Pro Matre Paulista e Santa Joana, dois fatores são determinantes para explicar essa realidade: a má remuneração dos partos pelos planos de saúde e a forma como as mulheres são educadas. "Hoje se paga cerca de R$ 800 num parto por convênio. Não é vantajoso desmarcar toda a agenda do consultório para acompanhar um parto normal. Se quiserem mudar vão ter de oferecer no mínimo R$ 2 mil", afirma. "Outra questão é cultural. Enquanto na Europa as mulheres são educadas desde criança para querer o parto normal, aqui já chegam dizendo: Ai doutor, não quero ter dor, prefiro cesárea. Isso é algo que leva no mínimo uma geração para mudar."
A pesquisa da ENSP aponta, no entanto, que 70% das mulheres desejam parto normal no início da gestação, mas "vão sendo convencidas pelos obstetras da maior segurança da cesariana e sendo minadas na confiança de que seu corpo seria capaz de enfrentar o trabalho de parto"."O pré-natal tem a missão de convencer a mulher a desistir do parto normal", afirma Ruth Osava, professora do curso de Obstetrícia da USP Leste e coordenadora do Centro de Parto do Amparo Maternal, uma das maiores maternidades públicas de São Paulo e onde o índice de cesáreas é menor que 20%.
"Entre as usuárias do SUS não acontece esse doutrinamento, a maioria chega com perspectiva de um parto normal."
Karina Toledo
Estadão.com.br

COMENTÁRIOS:
Seg 18/08/08 17h32 raphaelcamara , raphaelcamara@estadao.com.br
A matéria contém imprecisões graves sobre a questão das altas taxas de cesariana. No atual nível de conhecimento, não há como se dizer que o parto normal é melhor que a cesariana. Os números apresentados pela ANS não têm referência, não são estes a realidade. A cesariana com 40 semanas se mostra mais segura que o parto normal. Com 36 semanas a cesariana só é feita por risco de morte, daí ser mais arriscada, mas não fazê-la é correr risco, há clara manipulação dos dados pela ANS. Há grande discussão sobre cesariana a pedido, não é anti-ético fazê-la. A enfermeira Rute disse que a função do pré-natal é fazer desistir do parto normal, não é esta, e sim tentar o melhor para a mãe e o feto. Sou obstetra c mestrado em epidemiologia e doutorando em ginecologia. Participo de grupos de pesquisa de entidades médicas que estudam esta questão sem ter como compromisso o barateamento da assistência e sim o melhor para a mãe e feto. Este é o problema da maioria dos pesquisadores da área. Lutam por menor custo da assitência.
Portugal - Preservativos femininos gratuitos nos centros de saúde e hospitais
Método não foi popular, mas pode ser mais usado se acesso for facilitado.
As mulheres portuguesas vão ter acesso a preservativos femininos gratuitos nos hospitais e centros de saúde. De acordo com Beatriz Casais, membro da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida , "está a decorrer um concurso até Outubro para que o preservativo feminino possa integrar as compras do Estado".
O número de preservativos a fornecer às diversas unidades depende "dos pedidos feitos por cada Administração Regional de Saúde", refere Jorge Branco, presidente da Comissão Nacional da Saúde Materna e Neonatal. O prazo de apresentação das propostas por parte dos fornecedores termina em meados de Outubro, esperando-se "que os preservativos já estejam a ser distribuídos em 2009", acrescenta. O preservativo feminino não teve sucesso quando foi comercializado em Portugal, não só por ser mais difícil de colocar, e implicar prática, mas também devido ao seu custo elevado. Com este concurso, "pretende--se que os preservativos possam ser distribuídos em grandes quantidades nos hospitais e centros de saúde, tal como acontece com os preservativos masculinos", diz Beatriz Casais. Até 2003/2004 eram comercializadas "duas marcas nas farmácias, mas este negócio não se revelou rentável". Também Jorge Branco refere que esta sempre foi uma técnica pouco utilizada e impopular, aplicada em algumas situações especiais e restritas".
A coordenação nacional, segundo Beatriz Casais, distribuiu este ano 50 mil preservativos femininos "nas ruas, sobretudo para proteger as mulheres que se prostituem. Mas agora queremos alargar a distribuição a todas". Para que seja reintroduzido no País este método anticoncepcional e de protecção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST), a coordenação vai desenvolver uma campanha para as mulheres. "Em Dezembro vamos promover o uso do preservativo feminino e voltar a recolocá-lo no mercado. A existência em exclusivo de preservativos masculinos torna a mulher mais vulnerável, porque é ao homem que cabe geralmente adquiri-los. Assim, a mulher torna-se independente e determina o seu uso", frisa Beatriz Casais.
Um dos objectivos da coordenação é promover junto do sector privado a atractividade do produto. "Nós garantimos a sua divulgação e as empresas tratam da sua introdução no mercado". Tal como aconteceu com os preservativos masculinos, em que o retalho baixou os preços de acordo com uma política de responsabilidade social, é possível que sejam negociadas medidas semelhantes. "As empresas deviam baixar os preços e fazer campanhas a promover o uso destes produtos". Os métodos de protecção contra as DST são de fácil acesso e gratuitos no Serviço Nacional de Saúde, uma das razões que pode estar a reduzir as vendas.
DIANA MENDES
Diário de Notícias - Lisboa


Campanha de vacinação contra poliomielite é prorrogada até dia 22 em SP
A Secretaria Municipal de Saúde decidiu prorrogar a segunda fase da campanha de vacinação contra o poliomielite para crianças de até cinco anos de idade na cidade de São Paulo. Iniciada no dia 9, a campanha vai ser estendida até o dia 22.
A secretaria informou que devido à "chuva [que] dificultou o acesso de muitas crianças aos postos de saúde", a medida se mostrou necessária para que todas as crianças sejam vacinadas e o vírus da poliomielite mantido à distância.
As 412 unidades básicas de saúde da cidade de São Paulo estarão abertas para a administração da vacina contra a pólio de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Há 20 anos São Paulo não registra casos de paralisia infantil. Mesmo assim a vacinação de crianças ainda é necessária, pois o vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia.
Causada por um vírus, a poliomielite é caracterizada por febre, mal-estar, dor de cabeça e pode causar paralisia. A vacina é segura e os efeitos colaterais são extremamente raros, de acordo com a secretaria.
Rubéola
No sábado (9) também começou a campanha nacional de combate à rubéola. O Ministério da Saúde estima que 70 milhões de pessoas sejam imunizadas até o dia 12 de setembro, quando termina a campanha.
Os interessados deverão procurar os postos de saúde fixos e volantes de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, para receber uma dose da vacina contra a rubéola.
Folha Online

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