CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 6-04-09
Três anos depois da descoberta, o local encontra-se protegido apenas por tapumes ou lonas.
Desvendado por escavações, o sítio arqueológico que guarda resquícios da redução jesuítica de Santo Ângelo corre o risco de ser destruído pela ação do tempo. Para a comemoração dos 300 anos do último dos Sete Povos das Missões, a cidade iniciou em 2006 a remodelação da Praça Pinheiro Machado – área de lazer do povoado missioneiro do século 18 –, com recursos do Ministério do Turismo. Escavações foram realizadas no entorno da Catedral Angelopolitana para fazer emergir os vestígios do povoado onde padres jesuítas catequizavam índios guaranis. A intenção era criar um museu a céu aberto, exibindo os fragmentos e pisos encontrados no local. Para proporcionar essa visualização e proteger as relíquias contra intempéries, um vidro cobriria as descobertas. No entanto, quase três anos depois, o local encontra-se protegido apenas por tapumes ou lonas, o que impede moradores e visitantes de admirar o passado. – A proteção provisória colocada não funciona bem. As pessoas colocam lixo e há infiltração de água. Se ficar mais tempo assim, pode danificar – comenta o chefe do escritório técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nas Missões, Vladimir Stello. O órgão é responsável por fiscalizar a preservação do patrimômio e já pediu à prefeitura para que tome providências para evitar o dano. Do solo desse centro histórico, aflorou parte das fundações da torre da primeira igreja construída e da entrada do pátio que dava acesso aos dormitórios dos padres e ao colégio jesuítico, além do piso original de cerâmica do antigo templo. No total, nove pontos ao redor da catedral deverão ser cobertos com vidro temperado anti-impacto, conforme a coordenadora do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal Doutor Olavo Machado e arqueóloga Raquel Rech. A reforma da praça custou cerca de R$ 1,5 milhão e está praticamente concluída. Faltam, além dos vidros, a instalação de lixeiras, de bancos e de um chafariz. A proteção dos vestígios arqueológicos deve custar cerca de R$ 55 mil.
Contraponto
O que diz Jacques Barbosa, secretário de Obras de Santo Ângelo
Em 2006, não se tinha previsão do que a arqueologia iria encontrar. Então, não se tinha projeto para a cobertura dos vestígios arqueológicos. Os recursos para a reforma da praça chegaram em duas etapas. Vamos fazer o reaproveitamento dos recursos para a proteção das janelas arqueológicas. A Caixa Econômica Federal avalia o projeto para a liberação do dinheiro. Depois disso, será feita uma licitação. Enquanto isso, vamos cobrir com lonas plásticas transparentes. Acreditamos que, daqui a 30 dias, os vidros serão colocados.
Silvana Castro silvana.castro@zerohora.com.br
Zero Hora
Inaugurada em 1794 e tombada como patrimônio nacional em 1938, a igreja é uma das mais visitadas de Mariana. Localizado na Praça Minas Gerais, o templo exibe na porta um medalhão esculpido em pedra-sabão, atribuído a Manoel Francisco Lisboa, o Aleijadinho. No seu interior, guarda pinturas de Manoel da Costa Ataíde, considerado o maior pintor do período colonial, que foi sepultado na própria igreja.
As suas três portas de entrada foram lacradas. A Defesa Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros emitiram laudos alertando para o risco de desabamento do forro e do teto do templo, que apresenta excesso de umidade por causa das infiltrações e sofre com a infestação de cupins, conforme relatório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A magistrada determina que a estrutura seja escorada com acompanhamento técnico e sob a vistoria do Iphan. E concede prazo de 30 dias para o lacre de buracos no teto, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
O pedido de interdição por meio de ação civil pública com pedido de liminar foi feito pelo promotor Antônio Carlos de Oliveira. Ele disse nesta sexta-feira (03) que tomou a decisão depois de o Iphan relatar dificuldades para notificar os representantes da Ordem Terceira Franciscana Secular de Mariana, responsável pelo imóvel. "Eles não recebiam as notificações do Iphan e não tomavam nenhuma providência."
TELHADO NOVO, DE 1995
O ministro Nelson Vieira de Souza Filho disse que foi ajuizado um recurso nesta sexta contra a decisão. Ele rebateu as alegações, com base em vistorias técnicas, para a interdição. E assegurou que não há risco iminente de desabamento "O telhado está todo novo, ele foi recuperado em 1995." Conforme a Arquidiocese de Mariana, a Igreja de São Francisco de Assis permanecia aberta apenas para visitação pública. Atendendo a um pedido do Iphan, o pároco Paulo Barbosa deixou de realizar missas e outras celebrações.
A Arquidiocese informou que nenhuma atividade da Semana Santa seria realizada na igreja, mas que ela permaneceria aberta aos visitantes. "Será que o Iphan é tão irresponsável assim?", questionou o promotor. Ele disse hoje que solicitou uma nova perícia da Escola Técnica de Ouro Preto para eventual desinterdição parcial do templo para visitação durante a Páscoa.(AE)
Jornal Cruzeiro do Sul
São Roque-SP - Lei municipal dificulta compra de spray para combater a pichação
A lei 3.292, sancionada na última semana pelo prefeito Efaneu Nolasco Godinho quer inibir a ação dos pichadores dificultando a compra de tinta spray. Desde o dia 25 de março, a venda do produto está proibida para menores de 18 anos na cidade. As lojas que comercializam este tipo de tinta terão que exigir a carteira de identidade do comprador que terá seu nome e endereço, obrigatoriamente, registrado na nota fiscal emitida pelo estabelecimento.
As lojas que não cumprirem o procedimento estão sujeitas à multa de 10 UFMs (R$ 1.316,68 ), valor que será dobrado em caso de reincidência. Os comerciantes que insistirem em não respeitar o que diz a lei podem ainda ter o alvará de funcionamento da loja cancelado. O objetivo da prefeitura com as exigências é forçar os comerciantes a ajudarem no combate à pichação e também possibilitar a identificação de quem adquire tinta spray na cidade.
As pessoas flagradas pichando imóveis do patrimônio histórico, bancos de praças, monumentos, viadutos, casas, prédios, muros e outros bens públicos e privados sem autorização do proprietário terão de indenizar os prejudicados pelas despesas e custos com a restauração e ainda terá de pagar multa no valor de 50 UFMs que corresponde a R$ 6.584. O valor obtido com as multas será revertido na preservação do patrimônio histórico e cultural da Estância Turística de São Roque.
Para fiscalizar o cumprimento da lei, a prefeitura mobilizará fiscais e funcionários dos Departamentos de Obras, Planejamento e Meio Ambiente, das Divisões de Trânsito, Rendas e da Guarda Municipal.
A lei também obriga a administração municipal a promover campanhas educativas contra a pichação e de conscientização para a preservação e conservação do patrimônio público.
Jornal da Economia
Debate em São Paulo discute mudanças na Lei Rouanet
SÃO PAULO - Uma acolorada discussão entre o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o secretário estadual de Cultura de São Paulo, João Sayad, marcou o debate promovido pela "Folha de S.Paulo" nesta quinta-feira à noite sobre as mudanças na Lei Rouanet propostas pelo governo. Juca Ferreira rechaçou a crítica de que a proposta de mudança na legislação seja "dirigismo cultural" do governo, segundo Sayad. Apesar de se comprometer a debater publicamente os critérios que pretende adotar para a escolha dos projetos a serem beneficiados pela Lei Rouanet, o ministro reagiu às críticas de Sayad.
- O projeto é maduro, não é dirigista. Nunca houve isso (a proposta) na gestão cultural brasileira e tenho certeza que não há em São Paulo. Desafio meu amigo (Sayad) para os próximos debates - disse o ministro, que foi interrompido pelo secretário:
- Em São Paulo quem decide são comissões da área. Há muitos anos.
Sem titubear Juca respondeu propondo que se faça, então, a escolha pública de projetos beneficiados pela lei, como São Paulo já faz:
- Então parabéns pra você. Então por que não apoiar isso? Por que chamar isso de aumento de controle do estado? Por que não compreender que está sendo disponibilizado no momento de democratização não só da renúncia mas também do Fundo (Nacional de Cultura)? Vamos dividir a responsabilidade de construir critérios que a sociedade se orgulhe. Nós não queremos construir embaixo da mesa, não. Nós queremos construir assim, em ambiente público, onde existam propostas - defendeu.
Durante o debate, de cerca de três horas, o ministro da Cultura se comprometeu a debater publicamente com a sociedade e todos os setores interessados os critérios de escolha de projetos a serem beneficiados pela Lei Rouanet. Juca Ferreira tentou estancar, assim, o principal foco de reação à proposta de mudança na lei, que é tornar público os critérios de escolha de projetos.
Um dos principais opositores da ideia do Ministério da Cultura, Sayad defende que a escolha seja feita pelos próprios patrocinadores, mesmo sendo recursos públicos oriundos de renúncia fiscal.
- O que nós conseguimos até agora é, no plano federal, os R$ 800 milhões do orçamento e R$ 1 bilhão. É dinheiro público sim. Isso não diminui, não muda nada a natureza. Mas a decisão sobre esse dinheiro público será tomada pelas empresas. Pra mim está bom. (...) O Ministério da Cultura no projeto-de-lei está propondo que a participação de recursos próprios em outros projetos culturais seja maior. Um sonho! Os senhores são, estou falando como economista, ingênuos. (...) O critério público que foi definido é esse daí, vai ser decidido por mim, empresário. A Lei Rouanet entra no mecenato, aquela parte do dinheiro público que não tem jeito, tem que ser decidida pelo empresário - defendeu Sayad no debate promovido pela "Folha de S.Paulo".
Com o auditório da "Folha" lotado, principalmente com a presença de atores e produtores culturais que não concordam com as mudanças propostas, consideradas "autoritárias", foram frequentes as manifestações tanto contra, com vaias, gritos e até palavrões, como a favor do ministro, com aplausos. A atriz Beatriz Segal era uma das mais irritadas com as mudanças pretendidas pelo governo para o setor.
Participante da mesa do debate, o produtor cultural Paulo Pélico, diretor da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo (Apetesp), explicitou o que os opositores do projeto do Ministério da Cultura classificam como "dirigismo cultural".
- Ele pode estabelecer vantagens maiores ou menores de acordo com o seu próprio interesse a partir de julgamentos subjetivos. E nós não podemos ter julgamentos subjetivos porque em mãos erradas esse julgamento pode se tornar um instrumento de alinhamento político e ideológico. Esse é o principal problema do projeto, o fantasma do dirigismo cultural, que já foi combatido anteriormente com a proposta da Ancinav (a Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual), que a sociedade reagiu e ela não foi implantada - criticou o diretor teatral.
Pélico acusa o governo e a proposta do Ministério da Cultura de procurar o "discurso Robin Hood", de tirar dos ricos e dar aos pobres, e de preferir o enfrentamento como um Fla-Flu.
- Essa minuta de projeto-de-lei não ataca o principal problema, que é a concentração no Sul-Sudeste. Ele não tem um dispositivo que atenue essa situação e quando existem mecanismos técnicos, que não têm esse charme do discurso Robin Hood, de tirar dos ricos para dar para os pobres, são elementos que naturalmente pulverizariam os recursos para o interior do país. E eles não são adotados. É preferível sempre esse discurso de Fla-Flu, esse enfrentamento entre a região rica com a região pobre, que acho que é um debate que já está superado.
João Sayad também criticou o que chamou de "mistificação" do Ministério da Cultura, segundo ele por "acusar" o Sudeste de receber recursos em detrimento de outras regiões, como as do Nordeste.
Adauri Antunes Barbosa
O Globo
Porto Alegre-RS - XIII Congresso da Abracor - Preservação do Patrimônio Cultural - Ética e Responsabilidade Social
Com palestras, oficinas, exposição, feira de equipamentos e materiais, ciclo de cinema e roteiros de viagem, o XIII Congresso da Abracor - Congresso Internacional da Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais é mais do que uma oportunidade para debates sobre a atividade e seus profissionais. A programação, de 13 a 17 de abril, convida a comunidade para uma reflexão sobre a importância da preservação de bens artísticos e culturais.
Sob o tema Preservação do Patrimônio Cultural - Ética e Responsabilidade Social, o congresso se realiza em Porto Alegre com a participação de especialistas de países como Brasil, França, Espanha e Alemanha.
O evento se realiza com o apoio da Associação de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do Rio Grande do Sul (Acor-RS). O Centro Histórico da Ufrgs, que está recuperando seus prédios históricos com a colaboração da comunidade e das empresas, entra nessa parceria e acolhe o evento, abrindo as portas para sediar o encontro de profissionais engajados na preservação.
Segurança de museus e acervos culturais, políticas de conservação, formação profissional, arquitetura, conservação e restauração na arqueologia subaquática e terrestre, pintura de cavalete, escultura policromada e documentos são algumas das mesas programadas. Além destes temas, a regulamentação da profissão de conservador-restaurador de bens culturais móveis e integrados no Brasil é uma das questões a serem discutidas durante o evento.
Com o apoio do Centro Cultural da Espanha em São Paulo/Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, vem a Porto Alegre para uma oficina prevista para o dia 13, pela manhã, Charo Fernandez García, do GEIIC - Grupo Español del International Institute for Conservation. Entre os palestrantes internacionais estão Serge Leroux, engenheiro que atualmente dirige o escritório técnico da Direção dos Museus da França, departamento de Arquitetura, Museografia e Equipamentos, e o cientista Stefan Simon, do Laboratório de Investigação Rathgen, em Berlim.
. A programação completa pode ser conferida no site da Abracor www.abracor.com.br
Turismo - Paralelamente ao congresso, a Plusturismo oferece pacotes turísticos que exibem um Rio Grande do Sul para além do folclore com visitas a edificações históricas e casas tombadas. Entre eles, Antônio Prado - O Tempo Faz História, Caminho Farroupilha (POA - Guaíba - São Lourenço - Pelotas), Charqueadas/Pelotas, Circuito Internacional das Missões Jesuíticas e Guaranis (Brasil, Argentina e Paraguai).
Cinema - Ainda no campus central da Ufrgs, a Sala Redenção prepara o ciclo A Memória no Cinema, com entrada franca. Destaque para Corazón de Fuego, de Diego Arsuaga, Splendor, de Ettore Scola, O Fio da Memória, de Eduardo Coutinho, Per Firenze, de Franco Zeffirelli, F For Fake, de Orson Wells, Fahrenheit 451, de Francois Truffaut, e Arquitetura da Destruição, de Peter Cohen.
De 13 a 17 de abril de 2009 - Porto Alegre – RS Campus central da Ufrgs, Salão de Atos (Rua Paulo Gama, 110) Mais informações: Specialità Eventos Fone (51) 3231 0311 ou www.abracor.com.br
Portal Fator
Curitiba-PR - Paço da Liberdade atrai 2 mil visitantes por dia
Ainda sem muitos eventos culturais, restauro da obra arquitetônica impressiona curitibanos
Que o antigo Paço Municipal já foi restaurado e aberto à visitação dos curitibanos, isso muita gente já sabe. Já se sabe também que o antigo prédio, que já foi sede do executivo municipal, gabinete de 42 prefeitos e por último abrigou o Museu Paranaense até ser abandonado em 2002, não parece nem um pouco com aquele lugar abandonado e deteriorado. Aberto ao público desde de sua reinauguração no aniversário de 316 anos de Curitiba, no último dia 29 de março, o Paço da Liberdade já está recebendo uma média de dois mil visitantes por dia e desperta muitas opiniões sobre as novas características e propostas do espaço.
“O lugar inspira respeito”, disse Fernando Fernandes se referindo à ‘sala do prefeito’, que fica no terceiro andar e ostenta uma tela original na face superior que foi completamente restaurada. A sala, que abrigará eventos musicais e teatrais, tem capacidade para 80 pessoas e é decorada com móveis ao estilo do começo do século passado. “Para um local que estava abandonado se tornar uma obra de arte como essa é algo interessante. É cheio de detalhes que chamam a atenção”, disse Fernando.
Alguns espaços ainda não estão totalmente prontos e equipamentos ainda precisam instalados. O prédio está dividido em lugares para apresentações teatrais e musicais, salas para exposição de artes plásticas, um estúdio de gravação para atender bandas locais que ainda está em fase de construção, o café piano que servirá tanto para o entretenimento como escola para cursos. Salas de aulas, biblioteca de arte, livraria com ênfase em obras paranaenses e souvenirs, sala com computadores para acesso a internet são as opções que levarão cultura e informação a população.
“Se todos estes lugares e estrutura forem usados efetivamente pelos curitibanos vai ser de grande vantagem para a cultura e a acessibilidade. Pela beleza que já se percebe por aqui, eu concluo que esta reforma foi uma causa nobre”, disse Luisa Maciel que visitava o Paço.
Qualquer pessoa pode entrar, basta assinar o livro de visitantes logo na entrada. Essa foi a preocupação do casal Luiz e Edna Forisch, 66 e 57 anos respectivamente. “É um espaço muito belo, uma obra que só se vê em alguns poucos lugares do mundo, mas precisa ser preservado contra vandalismo e furtos. Ser aberto assim talvez seja um pouco perigoso, na minha opinião, para ficar sempre bonito deve haver aumento na segurança”, disse Luiz.
Edna se encantou com a biblioteca, “para mim é o espaço mais importante”. O paço divide o antigo, com elementos originais restaurados e foco nas artes centenárias como literatura, pintura, cinema teatro e música em contraste com o novo, exibindo lixeiras que abrem eletronicamente, conjunto de iluminação cênica, telas multimídia que reagem ao toque e futuramente terá o chamado ‘Lab Paço’, onde experimentações com novas mídias poderão ser feitas pelo público.
O prédio que é administrado pelo SESC-PR, órgão mantido pela Federação do Comércio do Paraná (FECOMERCIO-PR), teve um investimento de R$ 7 milhões e ficará nas mãos da instituição por 25 anos, em contrato firmado com a Prefeitura Municipal de Curitiba. Durante um ano e meio, 50 profissionais de restauro fizeram um trabalho minimalista aglutinando a beleza do passado com as inovações de vanguarda. Os eventos recreativos e educacionais que abrangerão o Paço da Liberdade e toda a praça Generoso Marques, onde o prédio está edificado, começarão efetivamente no início do mês de maio. Até lá apenas a visitação está disponível.
Largo do Mercado Municipal desde o século XIX, em 1913, na administração do Prefeito Cândido de Abreu, o Paço Municipal começou a ser construído para ser a sede da prefeitura. De 1916 a 1969 serviu para este fim. Abrigou o Museu Paranaense de 1975 a 2002, quando foi abandonado. Em 2007 foi iniciada sua restauração e foi reinaugurado como casa de cultura em 2009.
Jornale - Curitiba
São Paulo-SP - É permitido mudar o dono do Pacaembu, diz Condephaat
'O tombamento protege a função do equipamento enquanto estádio de futebol e complexo esportivo'.
SÃO PAULO - O Pacaembu foi tombado pelo Condephaat através da resolução SC 5 de 21 de janeiro de 1988. O documento tomba o Paulo Machado de Carvalho como estádio de futebol, o complexo esportivo a ele anexo (Ginásio de Esportes, Quadra de Tênis, Piscina Olímpica), a ponte da Avenida General Olímpio da Silveira e a Praça Charles Müller. A decisão não gera área entorno de 300m por estar inserida no bairro também tombado.
Portanto, o tombamento protege a função do equipamento enquanto estádio de futebol e complexo esportivo.
Mas isso não impede mudança de proprietário. Enquanto o imóvel continuar funcionando como estádio e não sofrer nenhuma intervenção de uso, não há problema. A mudança de proprietário não diz respeito ao Condephaat.
Cabe lembrar que as modernizações e adequações do estádio não são proibidas. Mas os projetos devem ser apresentados ao Conselho, para que ele se manifeste e os aprove. Como se sabe, as exigências de adequação às novas normas de segurança e acessibilidade são necessárias em imóveis tombados, considerando que tais exigências não eram reguladas na época do tombamento.
Por fim, cabe destacar que foi realizada uma grande reforma no Estádio, por ocasião da implantação do Museu do Futebol, inaugurado em 2008. Essa reforma foi acompanhada pela área técnica da Secretaria de Estado da Cultura/Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico, que dá apoio ao Condephaat.
Rovena Negreiros - presidente do Condephaat
Estadao.com.br
China - Caverna antiga é maior descoberta arqueológica
Um grupo de casas-cavernas escavadas pela humanidade há 5,5 mil anos foi escolhido como a mais importante das dez descobertas arqueológicas na China em 2008, informou nesta terça-feira a Administração de Patrimônio Cultural do Estado do país.
Outras descobertas incluem um cemitério da Época do Bronze na província de Gangsu, noroeste da China, um túmulo que prova a existência de um reino durante o Período de Primavera e Outono (770 a.C - 476 a.C) e uma "área de shopping" da dinastia Song (960-1279), na cidade de Chengdu, sudoeste da China.
As ruínas de Yangguanzhai, no distrito de Gaoling, da província de Shaanxi, nordeste do país asiático, consistem em 17 casas-cavernas em um penhasco e fornos cerâmicos em suas imediações e ficam a 20km de Xi'an, capital provincial. Arqueólogos acreditam que as cavernas, que teriam sido construídas entre 3.500 e 3.000 a.C. são as casas-cavernas mais antigas na China e pertencem a uma cultura do Neolítico Final chamada Yangshao.
A cultura Yangshao nasceu nos cursos médios do rio Amarelo e é considerada uma das principais origens da civilização chinesa. Arqueólogos também descobriram fornos cerâmicos e cavernas usadas para armazenar cerâmicas perto das casas-cavernas em Yangguanzhai, além de itens, fragmentos e utensílios cerâmicos. Eles acreditam que as casas-cavernas eram moradias das famílias dos ceramistas.
No distrito de Lintan, província de Gansu, arqueólogos escavaram mais de 340 túmulos em um cemitério perto do rio Tao e descobriram uma grande quantidade de itens cerâmicos, que poderão ajudar no estudo da cultura Qijia, de 4 mil anos de história. A escavação do túmulo Shuangdun, na cidade de Bengbu, província de Anhui, leste da China, apresentou fortes evidências da existência do Reino Zhongli durante o Período de Primavera e Outono, graças à descoberta de um grande número de itens de bronze e de cerâmica.
Agência Xinhua
Alta Floresta - MT - DC-3: Patrimônio Histórico muda fachada da Praça Cultural
De propriedade dos irmãos Wilsom e William Lima e já sem condições de uso, o DC-3 ficou no Aeroporto local sem nenhuma utilidade, por um longo período, até que foi anunciado que o mesmo deixaria Alta Floresta. “ Foi exatamente uma matéria publicada no jornal O Diário, que nos fez tomar a decisão de formar uma comissão para fazer o tombamento e recuperação deste avião, afinal, é um patrimônio histórico de Alta Floresta e não seria justo deixar que fosse ter sua história contada fora daqui e o projeto que envolve este avião é grandioso, tendo como objetivo ser utilizado para contar a história de Alta Floresta e de sua própria trajetória”, disse o representante do Ministério Público Dr. Marcelo Vachiano, que tem desde aquela época, acompanhado cada passo do tombamento e recuperação do DC-3, que após muita luta chega finalmente a seu destino: Praça da Cultura.
Para Agostinho Bizinoto, presidente da Comissão de Tombamento e Recuperação do DC-3, “esse momento de translado deste avião, até sua colocação na Praça da Cultura é sinceramente inexplicável para quem esteve ao longo de todos esses meses envolvido em sua recuperação, procurando executar projetos que surtissem efeito para que pudéssemos oferecer o melhor para a população de Alta Floresta e graças ao empenho de pessoas como o Promotor Marcelo Vachiano, da prefeita Maria Izaura, que ouviu nossas propostas e acreditou nelas, da atual secretária de Cultura e Juventude Elisa Gomes, na época vereadora, do diretor da Empresa Salgado, enfim, o funileiro, o pintor e todos aqueles que se envolveram nesse trabalho, o resultado não poderia ser diferente.”
O que será oferecido à população através da restauração do DC-3, tombado como Patrimônio Histórico de Alta Floresta, é sem dúvida um resultado muito maior do que sua exposição na Praça Cultural, já que funcionará nos próximos dias como uma sala de estudos, onde serão instalados computadores, aos quais a população terá acesso e onde será contada toda a história de Alta Floresta e claro, também do DC-3, desde sua origem até os percursos feitos em suas milhares de horas de vôos, numa história que se confunde com a própria história de Alta Floresta e que será mantida viva, sendo contada de geração a geração, porque esse resgate cultural é uma preocupação constante de cada um de nós envolvidos na preservação cultural de nosso povo, disse ainda Agostinho Bizinoto, denotando enorme contentamento pelo sucesso de mais esta empreitada.
Por sua vez, a secretária de Cultura e Juventude Elisa Gomes, anuncia para o próximo dia 1º de abril a inauguração daquele novo espaço cultural, oferecendo à população oportunidade de comemorar mais esta conquista de Alta Floresta. “ E uma conquista para lá de inusitada, por que pelo que sabemos, até o momento, apenas em Alta Floresta se dispõe de um avião do porte desse DC-3, a ser utilizado como espaço cultural e ainda por cima, com toda a sua história, para ser palco da história da própria cidade,” finaliza.
Jornal O Diário
Socorro Neves
São Paulo-SP - Pelo menos 38 equipamentos são furtados da USP
SÃO PAULO - Pelo menos 38 equipamentos foram furtados do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), no Butantã, zona oeste de São Paulo, durante a madrugada de domingo. Entre os aparelhos havia computadores, notebooks, câmeras fotográficas digitais, filmadoras, scanner, impressoras, televisores, equipamentos de data show e até uma ilha de edição. Os funcionários estão fazendo um ?pente fino? para checar o número exato de itens furtados e só depois registrar um boletim de ocorrência. Os materiais são utilizados na parte administrativa, no laboratório e em projetos específicos do departamento, que abriga 180 alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. Ontem, as aulas do período matutino foram suspensas. Na parte da tarde, elas ocorreram normalmente, já que boa parte das disciplinas eram teóricas. ?Como os equipamentos são utilizados para aulas práticas e pesquisas, tentaremos encontrar uma maneira alternativa para que os alunos não sejam prejudicados. Poderemos pegar materiais emprestados de outros departamentos da ECA ou da universidade?, avalia Tadeu Chiarelli, chefe do Departamento de Artes Plásticas. Segundo ele, o departamento conta com um patrimônio "físico bastante significativo?. Chiarelli disse que das 23 horas às 6 horas não há nenhum segurança no interior do prédio e, no horário, o edifício conta apenas com a vigilância externa particular e a segurança da USP. Uma reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo no início do mês revelou que o câmpus da USP registrou um furto por dia em 2008 e nos dois primeiros meses deste ano. Para tentar conter esse tipo de crime, em outubro a prefeitura da Cidade Universitária havia colocado em operação 85 câmeras, mas os registros se mantiveram e houve apenas mudança da área dos ataques.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Estrada de Ferro Madeira Mamoré passa por perícias
PORTO VELHO - As peças do museu e as obras revitalização do complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) passam por laudas de peritos desde o dia (26) para analisarem se existe descaracterização ou violação do patrimônio histórico. O laudo da perita do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informará ao estado das peças do museu, especificando eventuais danos, bem como se a conservação atual é adequada. A recomendação foi motivada por denúncias feitas pela comunidade de Porto Velho de que houve transporte inadequado e má conservação das peças do museu. Atualmente o acervo do patrimônio histórico está armazenado no galpão da MarinhaConforme, o procurador da República Rodrigo Gomes Teixeira, o tombamento da (EFMM) gera um regime especial para o bem cultural, acarretando restrições para reformas ou modificações no local. O Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO) recebeu denúncias de que o aterro para ampliação da Avenida Farqhuar e outras obras de revitalização do complexo estariam violando o patrimônio cultural.De posse dos dois laudos periciais, o MPF tomará as medidas necessárias para a proteção do patrimônio cultural.
Portal Amazonia
De acordo com Alexander Huppertz, diretor do Instituto de Imagem Científica do Hospital Charite de Berlim, responsável pelo estudo, a ornamentação interna, feita de pedra calcária, possui algumas rugas em torno da boca e uma saliência no alto do nariz. A camada exterior de gesso aumentou a profundidade do canto dos olhos e reforçou as maçãs do rosto, prejudicando os detalhes mais fiéis de Nefertiti, conhecida na época pela grande beleza.
Os resultados da pesquisa foram publicados na edição de hoje da revista médica Radiology. Segundo Huppertz, "foram feitas alterações positivas e outras negativas". "O busto de Nefertiti pode ter sido encomendado (talvez pelo próprio Akhenaton) para representá-la de acordo com a sua percepção pessoal", avaliou. Uma outra hipótese discutida pelos pesquisadores é de que o escultor tenha tentado aproximar o busto da rainha com os padrões de beleza da época.
A análise computadorizada do objeto, conforme os pesquisadores, também poderá ajudar a preservá-lo contra a ação do tempo. O busto de Nefertiti foi descoberto em 1912 e atualmente faz parte da coleção egípcia dos museus de Berlim. Para as autoridades egípcias, que reivindicam há algum tempo a devolução do artefato, a escultura é um dos cinco objetos mais valiosos do Egito antigo.
Com informações da AP e Reuters
Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/ciencia/galerias/0,,EI238-OI97901,00.html
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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