ATUALIDADES - 20-5-09
Portugal é o país mais competitivo do sul da Europa
Portugal subiu três lugares face a 2008 no ranking da universidade suíça Institute for Management Development (IMD), passando a ser o mais competitivo dos países do Sul da Europa e ocupando a 34ª posição entre 57 países. Portugal ultrapassou a Espanha, pela primeira vez desde 2005, a Itália e a Grécia, segundo os dados do IMD, no World Competitiveness Yearbook 2009 , divulgados pelo gabinete do Plano Tecnológico .
De acordo com o ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, "a subida de Portugal em três posições neste ranking é muito positiva, especialmente num momento em que é preciso reagir à crise". "A subida mostra que a estratégia adoptada está a dar resultados. Melhorar a competitividade é uma tarefa de longo prazo, temos de continuar este esforço, através de acções concretas", considera Manuel Pinho.
Portugal está agora em 34.º lugar numa lista de 57 países, mas considerando apenas os países da União Europeia ocupa o 16.º lugar, tendo ganho duas posições ao ultrapassar a Espanha e a Estónia. Dos 24 países da UE incluídos no estudo - Letónia, Malta e Chipre não foram considerados - 12 desceram de posição e quatro mantiveram-se no mesmo lugar.
Face a 2007, Portugal ganhou também cinco posições e relativamente a 2005 outras duas, tendo sido um dos cinco países da UE que mais melhoraram neste ranking em 2008.
O comportamento de Portugal no quadro da União Europeia (UE) apenas é comparável ao da Alemanha e Suécia (também subiram três lugares) e inferior ao progresso da Lituânia (subiu cinco posições) e da Finlândia (progrediu três posições). Nas edições anteriores a 2007, a Lituânia não era considerada neste estudo.
Segundo o documento, a performance económica e a melhoria das infra-estruturas foram essenciais para a subida global do país, que se destaca também pela sua competitividade nos custos, pelo enquadramento legal e social e pelas suas infra-estruturas tecnológicas.
"Portugal tem feito melhorias pequenas mas sólidas, que reflectem políticas estruturais e o plano tecnológico e é melhor nos indicadores relativos aos preços, infra-estruturas, condições ambientais e educação mas tem mais dificuldades no que diz respeito ao crescimento económico e contextos ligados a práticas de gestão", diz o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.
O World Competitiveness Yearbook é uma publicação anual promovida pelo IMD, que classifica e analisa o modo mais de 250 critérios/variáveis agrupados em quatro factores de competitividade: performance económica, eficiência de Governo, eficiência empresarial e infra-estruturas.
A análise da competitividade das economias estudadas é feita a partir de dados estatísticos recolhidos junto de organizações internacionais, nacionais e regionais.
Expresso
De acordo com o ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, "a subida de Portugal em três posições neste ranking é muito positiva, especialmente num momento em que é preciso reagir à crise". "A subida mostra que a estratégia adoptada está a dar resultados. Melhorar a competitividade é uma tarefa de longo prazo, temos de continuar este esforço, através de acções concretas", considera Manuel Pinho.
Portugal está agora em 34.º lugar numa lista de 57 países, mas considerando apenas os países da União Europeia ocupa o 16.º lugar, tendo ganho duas posições ao ultrapassar a Espanha e a Estónia. Dos 24 países da UE incluídos no estudo - Letónia, Malta e Chipre não foram considerados - 12 desceram de posição e quatro mantiveram-se no mesmo lugar.
Face a 2007, Portugal ganhou também cinco posições e relativamente a 2005 outras duas, tendo sido um dos cinco países da UE que mais melhoraram neste ranking em 2008.
O comportamento de Portugal no quadro da União Europeia (UE) apenas é comparável ao da Alemanha e Suécia (também subiram três lugares) e inferior ao progresso da Lituânia (subiu cinco posições) e da Finlândia (progrediu três posições). Nas edições anteriores a 2007, a Lituânia não era considerada neste estudo.
Segundo o documento, a performance económica e a melhoria das infra-estruturas foram essenciais para a subida global do país, que se destaca também pela sua competitividade nos custos, pelo enquadramento legal e social e pelas suas infra-estruturas tecnológicas.
"Portugal tem feito melhorias pequenas mas sólidas, que reflectem políticas estruturais e o plano tecnológico e é melhor nos indicadores relativos aos preços, infra-estruturas, condições ambientais e educação mas tem mais dificuldades no que diz respeito ao crescimento económico e contextos ligados a práticas de gestão", diz o coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho.
O World Competitiveness Yearbook é uma publicação anual promovida pelo IMD, que classifica e analisa o modo mais de 250 critérios/variáveis agrupados em quatro factores de competitividade: performance económica, eficiência de Governo, eficiência empresarial e infra-estruturas.
A análise da competitividade das economias estudadas é feita a partir de dados estatísticos recolhidos junto de organizações internacionais, nacionais e regionais.
Expresso
Mesmo com crise, Brasil tem menos pobres
Pesquisa inédita elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, mesmo com a crise internacional, a pobreza no Brasil continua a cair. O estudo “Pobreza e crise econômica: o que há de novo no Brasil metropolitano” demonstra que nos primeiros seis meses de manifestação da crise internacional, entre outubro do ano passado e o último mês de março, cerca de 316 mil pessoas saíram da condição de pobreza no Brasil metropolitano. Pelos critérios do Ipea, está abaixo da linha de pobreza quem tem rendimento domiciliar per capita menor que meio salário mínimo.
Pesquisa inédita elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, mesmo com a crise internacional, a pobreza no Brasil continua a cair. O estudo “Pobreza e crise econômica: o que há de novo no Brasil metropolitano” demonstra que nos primeiros seis meses de manifestação da crise internacional, entre outubro do ano passado e o último mês de março, cerca de 316 mil pessoas saíram da condição de pobreza no Brasil metropolitano. Pelos critérios do Ipea, está abaixo da linha de pobreza quem tem rendimento domiciliar per capita menor que meio salário mínimo.
A pesquisa foi feita com base em informações das seis principais regiões metropolitanas do País (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre) e da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o estudo, a pobreza apresenta tendência de queda desde 2004. Deste período até o último mês de março, a quantidade de pobres foi reduzida em quase 4,8 milhões de pessoas. A taxa, que era de 42,7% em abril daquele ano passou a ser de 30,7% no último mês de março, o que significa queda de 28,1%.
Quanto à manutenção da tendência de queda na taxa de pobreza, o estudo constatou que no último mês de março havia menos de 54% do total dos desempregados das seis principais regiões metropolitanas do País na condição de pobres. Já em março de 2002 eram mais de 66% nesta condição. A queda de 18,8% na taxa de pobreza entre os desempregados pode indicar que a piora no mercado de trabalho desde outubro de 2008 não atingiu ainda os segmentos de menor rendimento.
O estudo aponta entre as possíveis razões explicativas para a recente trajetória de pobreza as políticas públicas. De acordo com o estudo, a elevação do valor real do salário mínimo e a existência de uma rede de garantia de renda aos pobres contribuem para que a base da pirâmide social não seja a mais atingida, conforme observado em períodos anteriores de forte desaceleração econômica no Brasil. Observa-se que esses efeitos também são válidos para o interior do País, onde os efeitos do Bolsa Família e, sobretudo, da aposentadoria rural e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), são ainda mais presentes em termos da proporção sobre a população.
CRESCIMENTO ECONÔMICO TAMBÉM AJUDOU NA QUEDA
O professor de Economia, integrante do núcleo de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Goiás (UCG), Eduardo Rodrigues da Silva, observa que o índice de pobreza é calculado com base na renda mínima da população. Tendo em vista esse dado, o índice tem sido muito alterado devido a políticas públicas empregadas pelo governo, que incluem as bolsas governamentais. Ele ressalta que essas políticas proporcionaram que pessoas que estavam abaixo da linha da pobreza, na linha de indigência, possam ter a garantia mínima de sobrevivência, reduzindo a pobreza.
Eduardo observa que outro ponto que contribuiu para que a pobreza caísse é o crescimento econômico experimentado no País nos últimos anos. Apesar da crise internacional, ele salienta que o Brasil ainda sente os reflexos desse crescimento, que estimulou a criação de empregos e diminuiu a informalidade. Esse crescimento também fez com que aumentassem as receitas governamentais, possibilitando a redistribuição dessa receita e garantindo a renda. Porém, o economista diz que especialistas já fazem previsão de decréscimo da economia. “Todo esse círculo foi abalado e não crescimento previsto”, diz.
O coordenador e pesquisador do núcleo Goiânia do Observatório de Metrópoles, Aristides Moysés, ressalta que duas variáveis importantes contribuem para a continuidade da redução da pobreza. Uma delas é a redução de impostos como no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que proporcionou certo dinamismo no setor, e, consequentemente, a manutenção de empregos. Aristides, que também é coordenador do mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da UCG, observa que outro ponto favorável é o relacionado às políticas públicas de benefício social. “Ainda não estamos em um patamar desejável, pois uma grande parcela da população ainda precisa ser incorporada no mercado de consumo, mas já caminhamos”, diz.
O professor ressalta que uma das medidas que ainda não surtiram efeito, mas que já sinalizam para um cenário favorável, é a política habitacional do governo federal. Ele explica que o setor da construção civil é muito forte na economia e, com essas medidas, potencializa a geração de empregos e a redução na pobreza.
Wanessa Rodrigues
Hoje
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