ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

17 novembro, 2009

ATUALIDADES - 17-11-09

Para novo reitor da USP, ensino público não deve necessariamente ser gratuito
SÃO PAULO – A partir do próximo dia 26 de novembro, a Universidade de São Paulo (USP) terá um novo reitor. João Grandino Rodas, de 64 anos, foi escolhido pelo governador José Serra para administrar, pelos próximos quatro anos, 40 unidades nos sete campi distribuídos pela capital e interior do Estado, com um orçamento anual de R$ 2,8 bilhões.
Até o dia da posse, o professor Grandino permanece como diretor da Faculdade de Direito Largo São Francisco, onde concedeu entrevista ao iG na noite desta sexta-feira.
Paulistano do bairro de Belém, na zona leste da capital, Grandino se diz proveniente da "classe média baixa". Estudou em colégio particular, mas formou-se em Educação e Direito pela USP, além de Música e Letras em universidades particulares, como bolsista.
Agora, mais de 40 anos depois de frequentar os bancos da USP como aluno, ele compara as duas realidades. "Visualmente, temos hoje uma porcentagem maior da classe média baixa na universidade pública do que há 45 anos". Para ele, por dois motivos. "Primeiro, porque a classe média baixa se esforça mais para entrar. Segundo, por causa do aumento das vagas em escolas privadas".
Para Grandino, a questão do ensino superior público e gratuito "é um tabu no Brasil". O novo reitor defende que a universidade pública não precisa, obrigatoriamente, ser de graça. "Não existe uma co-relação necessária entre o público e o gratuito", diz.
O professor admite, no entanto, que não há espaço para debate sobre o assunto no País. "No momento não existe para o governo, qualquer governo, uma possibilidade de discutir isso. Eu espero que no futuro isso possa deixar de ser um tabu".
João Grandino Rodas: ensino público e gratuito é um tabu

Público e privado
Na USP, algumas faculdades já utilizam parcerias com o setor privado para bancar o aprimoramento de suas instalações. "Não dá para gastar R$ 900 mil em uma sala de aula inteligente usando dinheiro do orçamento", afirma. Durante sua gestão, além de procurar financiamento externo, como do BNDES, Grandino pretende dar mais autonomia para que as faculdades decidam sobre o uso de parcerias público-privadas como uma maneira de amenizar o déficit de investimento no ensino superior por parte do poder público.
Enquanto este futuro não chega, Grandino reflete sobre a injustiça do atual modelo, em que estudantes de famílias com alto poder aquisitivo têm mais chances de ocupar vagas nas universidades gratuitas. "Se fôssemos olhar diretamente, talvez não seja justo. Mas não existe ensino gratuito. Tudo é pago pelo imposto. Nesse aspecto, teria, sim, justiça. Mas, como no Brasil a maioria não consegue entrar na universidade pública por causa do ensino básico e fundamental, então é injusto".
O novo reitor considera "extremamente impossível" o poder público dar universidade pública e gratuita para todos os que vão para a universidade privada. Como consequência, as universidades privadas "de qualidade de ensino duvidosa" entraram no vácuo deixado pelo poder público.
"Foi muito importante a passagem daquele momento em que só as elites iam às faculdades para o momento atual. A estatística melhorou, mas a escola básica e secundária piorou". Grandino ressalta, porém, que algumas universidades particulares merecem seu reconhecimento. "Há as confessionais, católicas ou protestantes, e as fundacionais, como a Fundação Getúlio Vargas, que têm uma posição de melhor qualificação".
Sistemas de avaliação
Outro tabu apontado por João Grandino Rodas é o do vestibular. O professor defende que a prova "é um trauma que precisa ser evitado na medida do possível", mas ressalva que acabar com o vestibular é utopia. "Estamos muito longe disso, face aos números no Brasil", lamenta. Além disso, ele lembra que não faz parte da cultura do brasileiro passar por uma avaliação contínua, progressiva.
Nem mesmo a unificação dos vestibulares das universidades públicas paulistas é vista pelo próximo reitor da USP como uma possibilidade mais próxima da concretização. "Há o tabu da autonomia universitária. A questão é acostumarmos a fazer isso em parceria. Eu, pessoalmente, acho que o vestibular unificado precisa ser discutido. Não tenho nada contra, mas é algo complicado". Sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, Grandino é categórico: "O Enem como está hoje não é possível de ser usado integralmente pela USP".
Grandino defende que a USP precisa criar seus próprios sistemas de avaliação, "até mesmo para melhorar os sistemas nacionais". Ele não descarta ou questiona a aplicação de exames como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o Enade, e defende a participação da USP em "todas as avaliações nacionais para poder ser comparada".
Para melhorar a avaliação da instituição nos rankings nacionais e até mesmo internacionais, José Grandino Rodas aposta na melhoria da infra-estrutura da graduação. "A USP ampliou seu número de alunos sem o incremento de estrutura, como salas e computadores, e de pessoal, como funcionários e professores. O que precisa agora é ter a adequação disso para que não tenhamos salas superlotadas ou falta de computadores", analisa.
Nara Alves, iG São Paulo
http://educacao.ig.com.br/us/2009/11/14/para+novo+reitor+da+usp+ensino+publico+nao+deve+necessariamente+ser+gratuito+9088987.html


Operação prende 18 suspeitos de fraudar o PAC na Paraíba
Quadrilha burlava licitações de construção civil e desviava recursos de convênios com o Ministério da Saúde.
SÃO PAULO - A operação Transparência, deflagrada pela Polícia Federal da Paraíba na manhã desta terça-feira, 10, já prendeu 18 pessoas envolvidas com uma quadrilha que age na constituição de pessoas jurídicas 'de fachada' com a finalidade de fraudar licitações públicas em diversos municípios e órgãos públicos no estado da Paraíba, bem como desviar recursos públicos que deveriam ser empregados na realização de obras e/ou na execução de serviços.
Segundo a Polícia Federal, a organização tinha como foco obter recursos provenientes de convênios federais firmados com o Ministério da Saúde, através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os recursos eram originados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De acordo com levantamentos realizados pela investigação, há registros de atuação da organização criminosa em obras/serviços públicos desde o ano de 2004, tendo recebido de municípios, entre os anos 2004 e 2009, mais de R$ 100 milhões.
A Receita Federal do Brasil apurou, ainda, que as pessoas jurídicas vinculadas aos investigados sonegaram, de 2004 a 2008, mais de R$ 130 milhões somente em tributos federais. As investigações revelam que a organização criminosa atuava na constituição de 'empresas fantasmas' e em fraudes em diversos setores públicos, excluindo a participação das pessoas jurídicas idôneas, bem como no empréstimo, mediante remuneração, de documentos fiscais das 'empresas fantasmas' para terceiros que desejassem obter algum tipo de vantagem ilícita perante o poder público.
A organização criminosa contava com a atuação de servidores públicos federais da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), agindo diretamente na liberação de recursos provenientes de convênios firmados com o governo federal e nas fiscalizações.
Cerca de 150 policiais federais estão cumprindo 20 mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão, na Paraíba, expedidos pela 1ª Vara de Justiça Federal. Participam também da operação 26 Auditores da Receita Federal e 11 servidores da CGU.
A Polícia Federal conta com a participação da Receita Federal e o Ministério Público Federal. A operação conta também com a parceria da Controladoria Geral da União e do Grupo de Combate ao Crime Organizado, do Estado da Paraíba.
Solange Spigliatti, do estadao.com.br

Em 2010, consumidor já comprará equipamentos com novo padrão de tomada
A partir do ano que vem, todas as empresas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos deverão comercializar apenas equipamentos com o novo padrão de plugues definido pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). A instituição definiu um cronograma que vai de janeiro do ano que vem a julho de 2011, quando nenhuma empresa poderá produzir mais aparelhos fora do estabelecido.
O padrão, normatizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) através da norma NBR 14136, é diferente do antigo, pois tem tamanhos diferentes e um pino a mais, usado para aterramento. As novas tomadas e plugues serão comercializados em duas versões: uma que suporta corrente de até 10 ampéres (10 A), geralmente presente em televisores e liquidificadores. E outra, mais encorpada, que comporta corrente de 20 ampéres (20 A), utilizada em fornos micro-ondas e secadores.

O que é?
Novo padrão de plugues e tomadas tem forma arredondada e pino central
Características
Serão comercializados dois tipos: de 10 e 20 Ampéres
Prazo para mudar
As empresas deverão se adequar até julho de 2011
O UOL Tecnologia consultou algumas lojas e verificou que o preço* dos produtos ainda é salgado. O kit com tomada e espelho e plugues de 10 A estavam R$ 7,10 e R$ 2,50, respectivamente. Enquanto os mesmos produtos com corrente máxima de 20 A, estavam R$ 7,60 e R$ 4.
E o consumidor com isso?
Os consumidores não devem ficar desesperados para trocar todas as tomadas e plugues de casa, segundo o gerente da divisão de Programas da Conformidade do Inmetro, Gustavo Kuster.
"Cerca de 80% dos aparelhos elétricos atuais já são compatíveis com a nova norma". O motivo da compatibilidade é que boa parte dos aparelhos usam plugues com dois pinos arredondados, que cabem nas tomadas do novo padrão. O Inmetro espera que a mudança ocorra naturalmente, conforme as pessoas forem fazendo manutenção em suas casas. "Caso alguém compre algum eletrônico e não queira trocar a tomada, pode usar um adaptador, por enquanto.", explicou Kuster.
O UOL Tecnologia consultou algumas lojas e o preço* do adaptador estava próximo aos R$ 10.
Padrão
A escolha de um padrão de tomadas nacional estava sendo debatido pelo menos há dez anos. Vários países da América Latina já tem padrão próprio. "No Brasil, há vários modelos (de plugues) e isso gera um problema de logística, estocagem e até na venda dos dispositivos", informou o gerente de marketing da Siemens, Julio Carpanez.
De acordo com Kuster, os critérios utilizados para escolha foram segurança, custo baixo e compatibilidade com o mercado. Até havia a possibilidade da escolha do padrão americano, usado em plugues de computadores, mas, segundo Kuster, a variação de tensão fornecida lá é muito baixa. "Enquanto nos Estados Unidos é de 1%, aqui no Brasil a diferença chega a 15%".
* Os preços podem variar de acordo com o distribuidor ou da linha do produto
GUILHERME TAGIAROLI Do UOL Tecnologia

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