ATUALIDADES - 18-2-10
Caixas eletrônicos compartilhados não terão custo para clientes, dizem bancos
O compartilhamento dos terminais externos de autoatendimento de Bradesco, Banco do Brasil e Santander não terá custo adicional para os clientes dos bancos. "O impacto para os clientes é nulo ou benéfico. Nós teremos não só mais máquinas, como máquinas em mais locais". De acordo com ele, o uso desses equipamentos está previsto nas cestas de tarifas de cada um dos bancos.
Em entrevista com jornalistas nesta quinta-feira, executivos dos três bancos afirmaram que, seguindo os padrões internacionais, a parceria deve gerar uma redução de 20% nos gastos com a rede externa de atendimento. O foco da parceria será reduzir os custos com a manutenção desses equipamentos e aumentar a conveniência dos clientes.
A parceria anunciada hoje inclui 11 mil caixas localizados em shoppings centers, supermercados, postos de combustíveis, entre outros. Ao todo, os três bancos possuem 15 mil terminais externos --dentro os quais 4 mil não entram no acordo-- e outros 75 mil internos, que, por enquanto, não farão parte do acordo.
Os primeiros terminais de compartilhamento devem entrar em funcionamento em cinco meses. De acordo com os executivos, a tendência é que em locais em que haja mais de uma máquina dos três bancos seja mantido apenas um caixa e os outros equipamentos sejam reinstalados em locais que ainda não possuem terminais.
Candido Leonelli, diretor-gerente do Bradesco, ressaltou que a parceria não diminui a concorrência entre os bancos. "Hoje nós temos a maturidade de entender o que é diferencial competitivo e o que é comodidade para os nossos clientes. Concorrência se faz no relacionamento", afirmou.
De acordo com Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de novos negócios do BB, os caixas externos representam 15% de todos os terminais de autoatendimento dos bancos. No balanço, porém, os ATMs externos respondem por 30% dos gastos com os equipamentos.
Cafarelli afirmou que no BB os custos com todos os terminais somam R$ 1 bilhão por ano --assim, cerca de R$ 300 milhões seriam gastos apenas com os ATMs externos.
Os executivos disseram ainda que será constituída uma nova empresa para administrar a nova marca que surgirá da parceria. Os bancos vão realizar uma licitação para escolher uma empresa para operar a rede compartilhada. Uma das possibilidades levantadas por eles seria a administração pela Tecban, que hoje opera a rede 24 horas.
Outros bancos
Caffarelli afirmou que os bancos brasileiros negociam o compartilhamento de terminais de atendimento há dez anos. Segundo ele, porém, a proposta de incluir todas as instituições em um acordo não estava evoluindo e, então, BB, Bradesco e Santander optaram por fechar parceria.
"Nunca conseguimos fazer funcionar. E se não está funcionando desse jeito, nós vamos fazer funcionar de outro jeito", disse. Ele ressaltou, porém, que a consolidação da rede compartilhada vai permitir que outros bancos entrem na parceria.
GIULIANA VALLONE
da Folha Online
Tutankamon morreu vítima de malária
Estudo mostrou que o jovem faraó sofria de uma doença que lhe destruía os tecidos ósseos. Aos 19 anos, acabou por não resistir a um episódio de malária
Tutankamon, o rapaz-faraó cuja causa de morte, aos 19 anos, estava envolta em mistério, terá afinal morrido de malária e de uma doença óssea, a doença de Köhler, que lhe provocou destruição dos tecidos. Este é o resultado de um estudo genético realizado em 16 múmias daquela época, entre as quais a do próprio Tutankamon, e que será publicado hoje na revista científica JAMA.
O jovem faraó culminou uma das mais poderosas dinastias do Antigo Egipto, a do Império Novo (a décima oitava), que reinou na região há mais de três mil anos, entre 1550 e 1295 a.C. Tutankamon foi rei durante nove anos e morreu em 1324 a.C.
"Sabia-se muito pouco sobre Tutankamon e os seus antepassados antes de Howard Carter ter descoberto o seu túmulo intacto, em 1922, no Vale dos Reis. Foi a descoberta da sua múmia e dos preciosos tesouros sepultados com ela, em conjunto com outras descobertas arqueológicas ao longo do século XX [sobre o Antigo Egipto] que forneceram informação importante sobre a vida do rapaz-faraó e da sua família", escrevem os autores, um grupo internacional de investigadores, liderado por Zahi Hawass, do Conselho de Antiguidades do Egipto, no Cairo.
Para determinar a causa de morte de Tutankamon e investigar a possibilidade de doenças hereditárias na família real, os investigadores usaram a radiologia e a análise genética, que aplicaram num total de 16 múmias, das quais 11 (incluindo a de Tutankamon) pertenciam à mesma família. As outras cinco eram de reis do início do Novo Império, entre 1550 e 1479 a.C., e não pertenciam à linhagem de Tutankamon.
Os trabalhos decorreram entre Setembro de 2007 e Outubro de 2009 e, além de terem determinado que Tutankamon sofria de malária e de malformações ósseas graves, permitiram identificar também uma das múmias como Akenaton, o pai do jovem faraó, e marido da lendária Nefertiti. As duas múmias de Akenaton e Tutankamon partilham inúmeras características morfológicas únicas, bem como o mesmo grupo sanguíneo.
Outra das múmias estudadas foi identificada como Tye, a mãe de Akenaton e avó de Tutankamon.
"Os resultados levaram-nos a concluir que uma circulação sanguínea insuficiente nos tecidos ósseos, que fragilizou ou destruiu uma parte deles, combinada com a malária, foi a causa mais provável da morte de Tutankamon", explicou Zahi Hawass. O estudo mostrou também que o jovem faraó havia sofrido uma fractura pouco antes da sua morte. A mesma fragilidade óssea foi identificada noutros membros da família que apresentavam malformações idênticas.
FILOMENA NAVES
Diário de Notícias
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