PESQUISA DO PSDB DIZ QUE LULA OBTERIA 3º MANDATO
Se pudesse concorrer, petista obteria 56% dos votos
58% da população apoiaria fechamento do Congresso
Pesquisa nacional feita por encomenda do PSDB trouxe à tona um cenário confortável para Lula e adverso para o Congresso. Perguntou-se aos eleitores, por exemplo, se reelegeriam Lula para um terceiro mandato. A maioria (56%) respondeu "sim". Inquiridos sobre a hipótese de fechamento do Legislativo, um percentual ainda maior (58%) declarou que apoiaria a idéia.
Foram ouvidas 3.500 pessoas em todo país. Responderam a um questionário de 65 perguntas. Conforme noticiado em março, foram elaboradas pelo sociólogo Antonio Lavareda e pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). A portas fechadas, a cúpula do tucanato digere os dados, mantidos, por ora, sob sigilo.
O repórter apurou algumas das tendências esboçadas na pesquisa do tucanato. Descobriu-se, por exemplo, que, a despeito de todas as encrencas em que se viu metido nos últimos anos, o PT é o partido mais bem avaliado pelos eleitores. Em segundo lugar, vem o PMDB. O PSDB ocupa a terceira colocação. As outras legendas ou são ignoradas ou têm ostentam avaliação negativa. Sob nova identidade, o ex-PFL, agora DEM, tornou-se uma legenda desconhecida do grosso do eleitorado.
A despeito da situação cômoda de Lula e dos dois maiores partidos do consórcio governista, descobriu-se que a maioria dos eleitores –mais de 50%—admite votar num presidenciável da oposição nas eleições de 2010. Esse naco da população rejeita, porém, o discurso da ruptura. Cobra continuidade e melhoria das condições atuais.
Para evitar a precipitação de uma disputa interna que parece inevitável, o PSDB evitou embutir na pesquisa uma aferição da intenção de voto dos principais presidenciáveis da legenda. Perguntou-se apenas se o eleitor conhece as três principais estrelas do tucanato e qual a avaliação que faz de cada uma delas, se positiva ou negativa.
Constatou-se o seguinte: José Serra é, hoje, o tucano mais conhecido e mais bem avaliado pelo eleitor. Geraldo Alckmin vem a seguir. Aécio Neves é, entre os três grão-tucanos pesquisados, o mais desconhecido, sobretudo nas regiões Sul e Nordeste.
Fez-se também uma aferição do grau de aprovação e de desaprovação dos governos FHC e Lula. Realizou-se em seguida um cruzamento das duas taxas. FHC amealhou um índice de aprovação 12 pontos acima da taxa de desaprovação. Submetido à mesma contabilidade, Lula obteve uma taxa de aprovação que superou em mais de 20 pontos o percentual de desaprovação.
De acordo com o resultado da pesquisa, os programas sociais, em especial o Bolsa Família, são vistos pelo eleitor como o ponto alto do governo Lula. Os pesquisadores inquiriram os entrevistados acerca de programas como o vale gás e o Bolsa Escola que, criados sob FHC, foram unificados embaixo da logomarca do Bolsa Família. A maioria dos entrevistados (mais de 40%) atribui apenas a Lula tais iniciativas sociais. Só uma minoria (cerca de 25%) identifica o DNA tucano na gênese dos programas. Em muitos aspectos, a pesquisa do PSDB coincide com uma outra realizada pelo DEM e esmiuçada em artigo do prefeito do Rio, Cesar Maia.
Os pontos negativos da gestão Lula são a segurança pública, a corrupção e a área da saúde pública. Em relação à corrupção há, porém, uma atenuante. Pesquisas qualitativas coordenadas por Lavareda demonstraram que, embora identifique uma proliferação das malfeitorias, o eleitor também identifica no governo Lula um esforço no combate à corrupção.
Quanto à gestão FHC, os entrevistados apontaram como pontos positivos o Plano Real, a estabilidade econômica e, curiosamente, a gestão da área da saúde. Comprovou-se, de resto, um fantasma que persegue o tucanato: cerca de um terço do eleitorado desaprova a privatização de empresas estatais. A propósito, Lula, decerto munido de pesquisas, explorou esse calcanhar do PSDB à saciedade na última campanha presidencial.
Josias de Souza
58% da população apoiaria fechamento do Congresso
Pesquisa nacional feita por encomenda do PSDB trouxe à tona um cenário confortável para Lula e adverso para o Congresso. Perguntou-se aos eleitores, por exemplo, se reelegeriam Lula para um terceiro mandato. A maioria (56%) respondeu "sim". Inquiridos sobre a hipótese de fechamento do Legislativo, um percentual ainda maior (58%) declarou que apoiaria a idéia.
Foram ouvidas 3.500 pessoas em todo país. Responderam a um questionário de 65 perguntas. Conforme noticiado em março, foram elaboradas pelo sociólogo Antonio Lavareda e pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). A portas fechadas, a cúpula do tucanato digere os dados, mantidos, por ora, sob sigilo.
O repórter apurou algumas das tendências esboçadas na pesquisa do tucanato. Descobriu-se, por exemplo, que, a despeito de todas as encrencas em que se viu metido nos últimos anos, o PT é o partido mais bem avaliado pelos eleitores. Em segundo lugar, vem o PMDB. O PSDB ocupa a terceira colocação. As outras legendas ou são ignoradas ou têm ostentam avaliação negativa. Sob nova identidade, o ex-PFL, agora DEM, tornou-se uma legenda desconhecida do grosso do eleitorado.
A despeito da situação cômoda de Lula e dos dois maiores partidos do consórcio governista, descobriu-se que a maioria dos eleitores –mais de 50%—admite votar num presidenciável da oposição nas eleições de 2010. Esse naco da população rejeita, porém, o discurso da ruptura. Cobra continuidade e melhoria das condições atuais.
Para evitar a precipitação de uma disputa interna que parece inevitável, o PSDB evitou embutir na pesquisa uma aferição da intenção de voto dos principais presidenciáveis da legenda. Perguntou-se apenas se o eleitor conhece as três principais estrelas do tucanato e qual a avaliação que faz de cada uma delas, se positiva ou negativa.
Constatou-se o seguinte: José Serra é, hoje, o tucano mais conhecido e mais bem avaliado pelo eleitor. Geraldo Alckmin vem a seguir. Aécio Neves é, entre os três grão-tucanos pesquisados, o mais desconhecido, sobretudo nas regiões Sul e Nordeste.
Fez-se também uma aferição do grau de aprovação e de desaprovação dos governos FHC e Lula. Realizou-se em seguida um cruzamento das duas taxas. FHC amealhou um índice de aprovação 12 pontos acima da taxa de desaprovação. Submetido à mesma contabilidade, Lula obteve uma taxa de aprovação que superou em mais de 20 pontos o percentual de desaprovação.
De acordo com o resultado da pesquisa, os programas sociais, em especial o Bolsa Família, são vistos pelo eleitor como o ponto alto do governo Lula. Os pesquisadores inquiriram os entrevistados acerca de programas como o vale gás e o Bolsa Escola que, criados sob FHC, foram unificados embaixo da logomarca do Bolsa Família. A maioria dos entrevistados (mais de 40%) atribui apenas a Lula tais iniciativas sociais. Só uma minoria (cerca de 25%) identifica o DNA tucano na gênese dos programas. Em muitos aspectos, a pesquisa do PSDB coincide com uma outra realizada pelo DEM e esmiuçada em artigo do prefeito do Rio, Cesar Maia.
Os pontos negativos da gestão Lula são a segurança pública, a corrupção e a área da saúde pública. Em relação à corrupção há, porém, uma atenuante. Pesquisas qualitativas coordenadas por Lavareda demonstraram que, embora identifique uma proliferação das malfeitorias, o eleitor também identifica no governo Lula um esforço no combate à corrupção.
Quanto à gestão FHC, os entrevistados apontaram como pontos positivos o Plano Real, a estabilidade econômica e, curiosamente, a gestão da área da saúde. Comprovou-se, de resto, um fantasma que persegue o tucanato: cerca de um terço do eleitorado desaprova a privatização de empresas estatais. A propósito, Lula, decerto munido de pesquisas, explorou esse calcanhar do PSDB à saciedade na última campanha presidencial.
Josias de Souza
Comentário do Silvio: Não é de se estranhar este resultado. Diante da atuação de deputados e senadores e diante da atuação do Judiciário, o bebum está numa posição bastante cômoda, afirmando sempre que não sabe de nada. As porcentagens devem ser até maiores, porque certamente não foi levado em conta os votos comprados em troca de cestas básicas, bolsas famílias, bolsas camisinhas, bolsas refeições etc.
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