HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL
CAPÍTULO X
O Instituto Nacional do Livro e a Enciclopédia Brasileira
Independente de suas práticas políticas, é inegável a importância de Getúlio Vargas para a consolidação de um cultura livresca no país. Um dos sonhos do ditador, que não escondia suas vaidades intelectuais, era publicar uma Enciclopédia Brasileira, nos moldes da italiana Triccani, concluída à época de outro ditador, Benito Mussolini. Para executar esse projeto baixou um decreto-lei em 21 de dezembro de 1937. Foi então que surgiu o Instituto Nacional do Livro.
O poeta gaúcho, Augusto Meyer, foi nomeado para dirigi-lo. O sonho de Vargas, contudo, se deparou com a crônica problemática da falta de verba. Passaram-se 20 anos e só em 1956 o número um da Revista do Livro publicaria o plano de trabalho da Enciclopédia.
O projeto da Enciclopédia, obedecendo ao modelo da famosa Enciclopédia Britânica, deveria ter 250 mil verbetes e 6 volumes. Depois de lançada, a Enciclopédia não fez o sucesso previsto, mas o INL afirmou sua importância e prosseguiu com três objetivos básicos: abastecer as bibliotecas, reeditar obras raras e fundamentais, estimular a publicação de outras. Contudo, tornou-se ambígua a sua função: desempenhou um papel de estimular a cultura e a reprodução de livros; mas ao INL também foi designada a função de vigiar a cultura - e nisso inseria-se a censura aos livros. Sem ter tomado qualquer medida prática para censurar livros, o INL viu essa atribuição ser tranferida para o DIP, o temido Departamento de Imprensa, criado exclusivamente para exercê-la.
O INL firmava-se como um órgão voltado para o livro, com o intuito de radiografar e acompanhar a evolução deste mercado no Brasil. Para isso surgiu a Bibliografia Brasileira, que registrava toda a bibliografia nacional. Com o primeiro volume publicado em 1938, o boletim durou até 1956, quando foi substituido pela Revista do Livro.
Ao longo da década de 80 as atividades do INL foram se restringindo: em 85 só conseguia atender a 23% das 3,000 bibliotecas com as quais mantinha convênio para repasse de obras. Em 1990, o INL foi extinto e substituido pelo Departamento Nacional do Livro, uma das diretorias da Fundação da Biblioteca Nacional.
O Instituto Nacional do Livro e a Enciclopédia Brasileira
Independente de suas práticas políticas, é inegável a importância de Getúlio Vargas para a consolidação de um cultura livresca no país. Um dos sonhos do ditador, que não escondia suas vaidades intelectuais, era publicar uma Enciclopédia Brasileira, nos moldes da italiana Triccani, concluída à época de outro ditador, Benito Mussolini. Para executar esse projeto baixou um decreto-lei em 21 de dezembro de 1937. Foi então que surgiu o Instituto Nacional do Livro.
O poeta gaúcho, Augusto Meyer, foi nomeado para dirigi-lo. O sonho de Vargas, contudo, se deparou com a crônica problemática da falta de verba. Passaram-se 20 anos e só em 1956 o número um da Revista do Livro publicaria o plano de trabalho da Enciclopédia.
O projeto da Enciclopédia, obedecendo ao modelo da famosa Enciclopédia Britânica, deveria ter 250 mil verbetes e 6 volumes. Depois de lançada, a Enciclopédia não fez o sucesso previsto, mas o INL afirmou sua importância e prosseguiu com três objetivos básicos: abastecer as bibliotecas, reeditar obras raras e fundamentais, estimular a publicação de outras. Contudo, tornou-se ambígua a sua função: desempenhou um papel de estimular a cultura e a reprodução de livros; mas ao INL também foi designada a função de vigiar a cultura - e nisso inseria-se a censura aos livros. Sem ter tomado qualquer medida prática para censurar livros, o INL viu essa atribuição ser tranferida para o DIP, o temido Departamento de Imprensa, criado exclusivamente para exercê-la.
O INL firmava-se como um órgão voltado para o livro, com o intuito de radiografar e acompanhar a evolução deste mercado no Brasil. Para isso surgiu a Bibliografia Brasileira, que registrava toda a bibliografia nacional. Com o primeiro volume publicado em 1938, o boletim durou até 1956, quando foi substituido pela Revista do Livro.
Ao longo da década de 80 as atividades do INL foram se restringindo: em 85 só conseguia atender a 23% das 3,000 bibliotecas com as quais mantinha convênio para repasse de obras. Em 1990, o INL foi extinto e substituido pelo Departamento Nacional do Livro, uma das diretorias da Fundação da Biblioteca Nacional.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar
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