MICROSOFT QUER YAHOO POR US$ 44,6 BI
Numa jogada audaciosa para conter o domínio online do Google, a Microsoft anunciou ontem que fez uma oferta não solicitada para comprar o Yahoo por US$ 44,6 bilhões, numa combinação de dinheiro e ações. Se for consumado, o acordo redesenhará o panorama competitivo em serviços ao consumidor na internet, em que a Microsoft e o Yahoo vinham encontrando dificuldades para concorrer com o Google. A oferta de US$ 31 por ação representa um prêmio de 62% sobre a cotação de fechamento das ações do Yahoo, de US$ 19,18 na quinta-feira. Seria a maior aquisição já feita pela Microsoft. Segundo a gigante de software, a combinação das duas companhias economizaria cerca de US$ 1 bilhão anualmente. A Microsoft disse também que tem um plano de integração para incluir empregados de ambas as companhias e pretende oferecer incentivos para reter funcionários do Yahoo.
TELEFONEMA
O presidente-executivo da Microsoft, Steve A. Ballmer, disse que telefonou para seu colega do Yahoo, Jerry Yang, na quinta-feira à noite, para lhe dizer que a Microsoft pretendia fazer a oferta pela companhia. “Foi um telefonema de cortesia”, disse ele numa entrevista. Ballmer disse que decidiu fazer a oferta pelo controle acionário porque negociações amigáveis seriam muito prolongadas e se tornariam públicas. “Essas coisas são difíceis de manter em sigilo.” Disse também que sua conversa com Yang foi construtiva, mas sugeriu que o negócio pode não ser fácil. O Yahoo divulgou ontem uma nota na qual comunica que seu conselho avaliaria a oferta da Microsoft “cuidadosa e prontamente no contexto dos planos estratégicos do Yahoo”. Numa carta ao conselho do Yahoo, Ballmer disse que as duas companhias discutiram uma possível fusão, além de outras maneiras de trabalharem juntas, no fim de 2006 e em 2007. Disse ainda que, em fevereiro de 2007, o Yahoo decidiu encerrar discussões de fusão porque o conselho estava confiante no “potencial de crescimento” da empresa. “Um ano se passou, e a situação competitiva não melhorou”, disse Ballmer. Ballmer manteve o presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, constantemente informado sobre o progresso das negociações, segundo pessoas próximas da empresa, e, quando elas abortaram, ele decidiu esperar para ver o destino da cotação das ações do Yahoo. Como as ações continuaram caindo, a administração da Microsoft ficou fortalecida e começou a fazer reuniões internas no fim de 2007 sobre a perspectiva de fazer uma oferta hostil.
Miguel Helft e Andrew Ross Sorkin
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