HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL
CAPÍTULO XV
Livrarias, autores, café, ponto de encontro, livros.
As livrarias de sucesso no Brasil tiveram sua história marcada por uma carcterística: além de vender livros elas eram também pontos de encontro. Algumas reuniam autores, como a Garnier, no Rio. Outras eram frequentadas pela elite da sociedade, como a Garraux. A Globo, em Porto Alegre; a José Olympio, no Rio; a Teixeira, em São Paulo, mativeram a tradição. A livraria Jaraguá reunia nomes como Decio de Almeida Prado, Antonio Candido, Alfredo Mesquita (dono da livraria), Paulo Emilio Salles Gomes. Estes intelectuais publicavam a Revista "Clima", que pretendia ser o veículo de opiniões da nova geração sobre cinema, música, literatura, ciência, economia. Até 1957 a Jaraguá foi a principal livraria. Mas outras vieram: a Kosmos, Palácio do Livro e a Triângulo - esta última tinha entre seus ilustres Oswald de Andrade, que apelidou os intelectuais da Clima de Chato´s boys.
A livraria Brasiliense, da tradicional editora do mesmo nome, tinha uma atração especial: Monteiro Lobato aparecia por lá à tarde para conversar com fregueses. Lobato não gostava de se expor muito em público e, conta-se que Artur Neves, um dos donos, mandou isolar com uma vidraça o lugar onde o autor ficava.
Na década de 40 surgiram as livrarias preocupadas em vender apenas livros: a Siciliano e Cultura. O fundador da Siciliano, Pedro Sicliano, era um carioca que se mudou para São Paulo em 1928. Depois de trabalhar 12 anos como distribuidor das publicações de Roberto Marinho e Assis Chateuabriand, Pedro abriu sua primeira livraria em 1942, aonde está até hoje. Com o sucesso, Pedro abriu novas filiais, estas na periferia, o que também fez dele um inovador.
A Cultura, a livraria mais cara de São Paulo, teve origem em 1947, quando Eva Herz abriu um pequeno negócio de aluguel de livros com dez obras de autores alemães - foi a primeira biblioteca circulante de São Paulo. Aos poucos o negócio prosperou e, ao lado de seu marido, Kurt, abriu a livraria Cultura, nos fundos da casa onde moravam. Tradição e qualidade são caraterísticas dessas livrarias - mas preços altos também. Ainda estamos, no Brasil, esperando por livrarias que ousem quebrar o círculo vicioso dos preços altos, que tanto colaboram para o exclusivismo e elitização da leitura.
As livrarias de sucesso no Brasil tiveram sua história marcada por uma carcterística: além de vender livros elas eram também pontos de encontro. Algumas reuniam autores, como a Garnier, no Rio. Outras eram frequentadas pela elite da sociedade, como a Garraux. A Globo, em Porto Alegre; a José Olympio, no Rio; a Teixeira, em São Paulo, mativeram a tradição. A livraria Jaraguá reunia nomes como Decio de Almeida Prado, Antonio Candido, Alfredo Mesquita (dono da livraria), Paulo Emilio Salles Gomes. Estes intelectuais publicavam a Revista "Clima", que pretendia ser o veículo de opiniões da nova geração sobre cinema, música, literatura, ciência, economia. Até 1957 a Jaraguá foi a principal livraria. Mas outras vieram: a Kosmos, Palácio do Livro e a Triângulo - esta última tinha entre seus ilustres Oswald de Andrade, que apelidou os intelectuais da Clima de Chato´s boys.
A livraria Brasiliense, da tradicional editora do mesmo nome, tinha uma atração especial: Monteiro Lobato aparecia por lá à tarde para conversar com fregueses. Lobato não gostava de se expor muito em público e, conta-se que Artur Neves, um dos donos, mandou isolar com uma vidraça o lugar onde o autor ficava.
Na década de 40 surgiram as livrarias preocupadas em vender apenas livros: a Siciliano e Cultura. O fundador da Siciliano, Pedro Sicliano, era um carioca que se mudou para São Paulo em 1928. Depois de trabalhar 12 anos como distribuidor das publicações de Roberto Marinho e Assis Chateuabriand, Pedro abriu sua primeira livraria em 1942, aonde está até hoje. Com o sucesso, Pedro abriu novas filiais, estas na periferia, o que também fez dele um inovador.
A Cultura, a livraria mais cara de São Paulo, teve origem em 1947, quando Eva Herz abriu um pequeno negócio de aluguel de livros com dez obras de autores alemães - foi a primeira biblioteca circulante de São Paulo. Aos poucos o negócio prosperou e, ao lado de seu marido, Kurt, abriu a livraria Cultura, nos fundos da casa onde moravam. Tradição e qualidade são caraterísticas dessas livrarias - mas preços altos também. Ainda estamos, no Brasil, esperando por livrarias que ousem quebrar o círculo vicioso dos preços altos, que tanto colaboram para o exclusivismo e elitização da leitura.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar
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