ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

28 fevereiro, 2008

HISTÓRIA DO LIVRO NO BRASIL

CAPÍTULO XV
Livrarias, autores, café, ponto de encontro, livros.
As livrarias de sucesso no Brasil tiveram sua história marcada por uma carcterística: além de vender livros elas eram também pontos de encontro. Algumas reuniam autores, como a Garnier, no Rio. Outras eram frequentadas pela elite da sociedade, como a Garraux. A Globo, em Porto Alegre; a José Olympio, no Rio; a Teixeira, em São Paulo, mativeram a tradição. A livraria Jaraguá reunia nomes como Decio de Almeida Prado, Antonio Candido, Alfredo Mesquita (dono da livraria), Paulo Emilio Salles Gomes. Estes intelectuais publicavam a Revista "Clima", que pretendia ser o veículo de opiniões da nova geração sobre cinema, música, literatura, ciência, economia. Até 1957 a Jaraguá foi a principal livraria. Mas outras vieram: a Kosmos, Palácio do Livro e a Triângulo - esta última tinha entre seus ilustres Oswald de Andrade, que apelidou os intelectuais da Clima de Chato´s boys.
A livraria Brasiliense, da tradicional
editora do mesmo nome, tinha uma atração especial: Monteiro Lobato aparecia por lá à tarde para conversar com fregueses. Lobato não gostava de se expor muito em público e, conta-se que Artur Neves, um dos donos, mandou isolar com uma vidraça o lugar onde o autor ficava.
Na década de 40 surgiram as livrarias preocupadas em vender apenas livros: a Siciliano e Cultura. O fundador da Siciliano, Pedro Sicliano, era um carioca que se mudou para São Paulo em 1928. Depois de trabalhar 12 anos como distribuidor das publicações de Roberto Marinho e Assis Chateuabriand, Pedro abriu sua primeira livraria em 1942, aonde está até hoje. Com o sucesso, Pedro abriu novas filiais, estas na periferia, o que também fez dele um inovador.
A Cultura, a livraria mais cara de São Paulo, teve origem em 1947, quando Eva Herz abriu um pequeno negócio de aluguel de livros com dez obras de autores alemães - foi a primeira biblioteca circulante de São Paulo. Aos poucos o negócio prosperou e, ao lado de seu marido, Kurt, abriu a livraria Cultura, nos fundos da casa onde moravam. Tradição e qualidade são caraterísticas dessas livrarias - mas preços altos também. Ainda estamos, no Brasil, esperando por livrarias que ousem quebrar o círculo vicioso dos preços altos, que tanto colaboram para o exclusivismo e elitização da leitura.
Texto baseado no livro: Momentos do livro no Brasil. comprar

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