ATUALIDADES
Operação Resplendor prende no Rio dois delegados da Polícia Federal
Rio de Janeiro - A Polícia Federal prendeu 23 pessoas hoje (25), entre elas o delegado federal titular de Volta Redonda (RJ), César Augusto Gomes Gaspar, e o delegado substituto Gustavo Steel, quatro policias federais, dois civis e 12 empresários. Eles são acusados de corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.De acordo com as investigações, o grupo fazia o transporte clandestino de combustíveis entre Rio e São Paulo e sonegava impostos usando notas fiscais frias. A quadrilha, que também adulterava o produto, pagava cerca de R$ 30 mil por mês como propina para os policias. Segundo o superintende regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Valdinho Jacinto Caetano, as investigações começaram há cerca de seis meses, depois de constatada a baixa produtividade da delegacia da PF em Volta Redonda."Nós detectamos um entraleçamento de empresários que faziam sonegação fiscal no transporte de combustíveis com policiais federais, civis, militares e alguns fiscais da Receita Federal. Eles usavam notas fiscais frias, notas já utilizadas ou passavam sem nota fiscal nenhum. Os policiais, sabendo disso, faziam falsas blitzen e extorquiam dinheiro. Em um segundo momento, isso não era necessário, eles cobravam uma taxinha, que era paga mensalmente para esses policiais, e o trânsito desses caminhões era livre."Durante a operação, foram apreendidas carretas que faziam o transporte irregular e R$ 20 mil na casa de um dos policias federais preso. No total, foram expedidos 40 mandados de prisão preventiva. Também foram denunciados quatro fiscais da Secretaria da Receita Federal, dois motoristas de caminhões e um policial militar de São Paulo, mas não há mandado de prisão preventiva para eles. Jacinto Caetano nomeou Antonio Lino Ribeiro como novo delegado titular de Volta Redonda. O delegado substituto deve ser nomeado ainda esta semana.
Agência Brasil
Bush admite que EUA estão imersos em uma "grave crise financeira"
O presidente americano, George W. Bush, assumiu que os Estados Unidos estão "imersos em uma grave crise financeira". Em discurso televisionado da Casa Branca, o presidente pediu a aprovação urgente do pacote de US$ 700 bilhões para solucionar a crise financeira no país.
Bush afirmou que foi obrigado a intervir para evitar o pânico financeiro e a recessão. Ele disse que, se a ajuda não for aprovada, poupanças serão perdidas, os despejos aumentarão, empregos serão perdidos, empresas vão fechar e o país irá mergulhar em "uma longa e dolorosa recessão."
"Eu tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho à qualquer intervenção do governo", disse. Mas essas "não são circunstâncias normais. Os mercados não estão funcionando corretamente. Há uma disseminação da perda da confiança."
O presidente americano, George W. Bush, assumiu que os Estados Unidos estão "imersos em uma grave crise financeira". Em discurso televisionado da Casa Branca, o presidente pediu a aprovação urgente do pacote de US$ 700 bilhões para solucionar a crise financeira no país.
Bush afirmou que foi obrigado a intervir para evitar o pânico financeiro e a recessão. Ele disse que, se a ajuda não for aprovada, poupanças serão perdidas, os despejos aumentarão, empregos serão perdidos, empresas vão fechar e o país irá mergulhar em "uma longa e dolorosa recessão."
"Eu tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho à qualquer intervenção do governo", disse. Mas essas "não são circunstâncias normais. Os mercados não estão funcionando corretamente. Há uma disseminação da perda da confiança."
Na TV, Bush admite que os EUA estão imersos em crise financeira: "Sem ação do Congresso, os EUA podem afundar em pânico".
Reuters
Folha Online
Reuters
Folha Online
USP condena físicos acusados de plágio
Comissão ligada à reitoria emite "moção de censura ética" contra diretor do Instituto de Física e vice-diretor da FuvestArtigo com texto copiado era de outro professor da universidade; cientistas que denunciaram caso acusam o chefe do IF de assédio moral
Comissão ligada à reitoria emite "moção de censura ética" contra diretor do Instituto de Física e vice-diretor da FuvestArtigo com texto copiado era de outro professor da universidade; cientistas que denunciaram caso acusam o chefe do IF de assédio moral
A investigação de uma acusação de plágio contra professores da USP (Universidade de São Paulo) terminou com uma moção de censura ética da reitoria contra o diretor do IF (Instituto de Física), Alejandro Szanto de Toledo, e o vice-diretor da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), Nelson Carlin Filho.
Os dois lideram o grupo de físicos que assinou um artigo na revista internacional de física "Physical Review C" com diversos trechos de texto copiados de um trabalho de outro físico da USP, Mahir Hussein, incluindo alguns parágrafos inteiros. Houve cópias de trechos de estudos de outros autores, também, em pelo menos mais um artigo em outra revista.
Aparentemente, a Comissão de Ética da USP não considerou que houve má fé ou intenção deliberada de plágio nos estudos do grupo de Szanto e Carlin. "Houve um desvio ético na redação dos mesmos por uma inaceitável falta de zelo na preparação dos artigos publicados", diz o comunicado da reitoria (leia íntegra ao lado).
O Instituto de Física vive uma crise política interna desde junho de 2007, quando a denúncia de plágio foi divulgada pela Folha. Professores do Departamento de Física Matemática afirmam ter sofrido retaliações por parte de Szanto, que teria usado sua influência para dificultar a permanência de Hussein, agora aposentado, em sua sala no instituto.Szanto, por outro lado, havia encaminhado à reitoria relatos apontando ofensa verbal e falta de decoro contra dois dos professores que o acusaram de assédio moral. Élcio Abdalla e João Barata, da Física Matemática, foram repreendidos.
Abdalla afirma que considera uma moção de censura contra Szanto e Carlin insuficiente para resolver o caso agora."Não podemos aceitar que o vice-diretor da Fuvest seja um "colador", porque a fraude no vestibular é severamente punida", disse. "Ele teria pelo menos que perder o cargo. Ele e o diretor do IF.
"Quando a acusação de plágio veio a público, Szanto disse à Folha que os trechos copiados eram "erros de referenciamento" e que a motivação da denúncia foi política. Professores do Departamento de Física Matemática são antigos adversários do grupo ligado a Szanto em eleições internas do IF. Em carta à "Physical Review", Carlin assumiu responsabilidade pessoal pelos trechos copiados, apesar de todos os físicos do grupo assinarem os artigos.
Investigação sigilosa
Apesar de o comunicado da reitoria descrever em linhas gerais a resolução da Comissão de Ética sobre o plágio, os autos do processo continuam sob sigilo. Abdalla afirma que vai tentar ainda algum recurso para obter os documentos. "Estamos estudando", diz. "Ainda não sabemos se vamos tentar obter isso pela ouvidoria da universidade ou pela Justiça comum."Físicos que tentaram defender Hussein no conflito contra Szanto chegaram a reclamar da reitoria, que havia tornado públicas apenas as autuações éticas por ofensas verbais de Abdalla e Barata. Até anteontem, a reitoria sustentava que o resultado da investigação sobre o Szanto continuaria em sigilo.Segundo o grupo mais próximo a Hussein, a partir de um certo momento, a situação de conflito no IF passou a ser mais grave do que a discussão sobre a denúncia de plágio em si.Um episódio que gerou uma celeuma foi uma votação do conselho administrativo do IF que determinou a desocupação da sala de Hussein, após o professor ter pedido para continuar na universidade como colaborador aposentado. João Barata acusou o órgão de agir em nome de Szanto para tentar barrar a solicitação."As atitudes tomadas pela atual direção e seus cúmplices contra o prof. Hussein não têm outra origem e motivação que não a mais repugnante e abjeta vingança pessoal", escreveu Barata, na carta que lhe rendeu uma moção de censura pela Comissão de Ética. A troca de acusações foi toda publicada pela diretoria numa página do site do IF (www.if.usp.br/compesq/etica.shtml).Como neste caso o órgão corregedor não hesitou em divulgar a diversos professores a condenação de Barata por ofensas verbais, alguns físicos passaram a reclamar da reitoria pela demora em revelar a condenação contra Szanto."É um tratamento com dois pesos e duas medidas", diz Abdalla. Segundo ele, denúncias de assédio moral contra Szanto chegaram à reitoria em 2007, quando Szanto teria ameaçado revelar um dossiê apontando plágios em trabalhos de adversários. Desde o início do caso, a Folha pede entrevistas com a reitora Suely Vilela e com Carlin sobre o assunto. Szanto falou ao jornal apenas uma vez, em junho do ano passado. No fim da noite de ontem, os dois físicos não estavam no IF para comentar a moção de censura.
RAFAEL GARCIA
Folha de São Paulo
RAFAEL GARCIA
Folha de São Paulo
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