ATUALIDADES - 10-10-2008
Vencedores do Nobel elogiam programa de aids do País
Os franceses vencedores do Prêmio Nobel de Medicina 2008, em reconhecimento à descoberta do HIV nos anos 80, elogiaram ontem, em Paris, a política de atendimento universal e gratuito de pacientes infectados, o uso de medicamentos genéricos e a luta por drogas mais baratas no Brasil. Para Luc Montagnier, entretanto, o País precisa evoluir na atenção aos portadores do vírus que desconhecem o contágio, não são tratados e continuam a disseminar a doença.
Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi dividem a honraria com o pesquisador alemão Harald zur Hausen, descobridor da relação entre o papilomavírus humano (HPV) e o câncer de colo de útero. Em entrevista na sede da Unesco, Françoise e Montagnier defenderam esforços governamentais - mesmo em meio à crise financeira - para que a meta de universalização do atendimento a portadores do HIV seja alcançada até 2010.
Questionados sobre a eficiência do Programa DST/Aids do Ministério da Saúde do Brasil, os cientistas elogiaram a política, mas pediram que ela vá mais longe. “A comunidade internacional felicita com razão o tratamento universal aos pacientes com o vírus no Brasil”, disse Françoise. “Temos também de louvar a briga pela utilização de medicamentos genéricos, mais baratos. É verdade que o Brasil se mostra um exemplo.”
Os franceses vencedores do Prêmio Nobel de Medicina 2008, em reconhecimento à descoberta do HIV nos anos 80, elogiaram ontem, em Paris, a política de atendimento universal e gratuito de pacientes infectados, o uso de medicamentos genéricos e a luta por drogas mais baratas no Brasil. Para Luc Montagnier, entretanto, o País precisa evoluir na atenção aos portadores do vírus que desconhecem o contágio, não são tratados e continuam a disseminar a doença.
Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi dividem a honraria com o pesquisador alemão Harald zur Hausen, descobridor da relação entre o papilomavírus humano (HPV) e o câncer de colo de útero. Em entrevista na sede da Unesco, Françoise e Montagnier defenderam esforços governamentais - mesmo em meio à crise financeira - para que a meta de universalização do atendimento a portadores do HIV seja alcançada até 2010.
Questionados sobre a eficiência do Programa DST/Aids do Ministério da Saúde do Brasil, os cientistas elogiaram a política, mas pediram que ela vá mais longe. “A comunidade internacional felicita com razão o tratamento universal aos pacientes com o vírus no Brasil”, disse Françoise. “Temos também de louvar a briga pela utilização de medicamentos genéricos, mais baratos. É verdade que o Brasil se mostra um exemplo.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Globo.com
FMI diz que Brasil "não está imune à crise" e que seu crescimento diminuirá
Washington, 9 out (EFE).- O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que o Brasil não está imune à crise financeira e seu crescimento diminuirá.
Strauss-Kahn destacou que o país seguiu a política econômica "correta" nos últimos oito anos e acumulou reservas nesse período.
"O Brasil tem uma economia em boa forma", comentou o diretor do FMI em entrevista coletiva, que ressaltou, no entanto, que "os efeitos da desaceleração do crescimento mundial terão conseqüências" para o país.
O Fundo prevê que a economia brasileira crescerá este ano 5,2% e 3,5% em 2009.
"Para alguns países, como o meu, a França, por exemplo, 3,5% seria um grande êxito", afirmou Strauss-Kahn.
"A última vez que alcançamos 3,5% foi há dez anos. Não lembro quem era o ministro das Finanças então", afirmou.
"Era você", respondeu o vice-diretor-gerente do FMI, John Lipsky, que também estava sentado no palanque da sala de imprensa do organismo, arrancando risadas dos presentes.
"Para o Brasil, obviamente 3,5% não é bom. Estamos acostumados a taxas de crescimento de entre 5% e 6%, ou inclusive mais", continuou Strauss-Kahn.
"De modo que o Brasil está em uma situação forte, mas não é imune à crise", afirmou o chefe do FMI.
Strauss-Kahn destacou também que o planeta está à beira de uma recessão global que só pode ser combatida com ações conjuntas e com a injeção de dinheiro nos bancos.
De acordo com o FMI, as economias avançadas quase não crescerão no ano que vem, enquanto que a economia global se expandirá 3% graças às nações em desenvolvimento.
"Estamos à beira de uma recessão global", alertou Strauss-Kahn em entrevista coletiva anterior à assembléia anual desse organismo e do Banco Mundial, na qual os ministros de economia de todo o mundo tentarão encontrar uma resposta coletiva para o problema.
O ex-ministro francês insistiu para que os Governos usem todas as ferramentas à sua disposição - monetárias, tributárias e financeiras - para combater uma crise como não se via desde o início do século passado.
Ele ressaltou que o mais importante é restabelecer a saúde dos bancos no mundo desenvolvido, que nos Estados Unidos e em outros países guarda seu capital em vez de emprestá-lo por medo de que os créditos não sejam devolvidos.
"Não há forma de encontrar uma saída sem suficiente recapitalização das instituições financeiras", disse Strauss-Kahn.
Essa posição significa, na prática, que os Governos deverão injetar dinheiro nos bancos, pois atualmente não há fontes privadas dispostas a investir neles, disse à Agência Efe uma fonte do FMI.
É algo que também tem em mente o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que estuda comprar ações de bancos, segundo anunciado hoje.
Em sua entrevista coletiva, Strauss-Kahn ressaltou que como a crise financeira é global, ela deve ser resolvida de forma coletiva.
O ex-ministro francês se referiu especificamente à União Européia (UE), cujos membros foram incapazes de acertar um acordo sobre um plano de ação conjunto porque alguns países, como a Alemanha, se negam a colocar dinheiro próprio para apoiar bancos de outras nações.
"Peço aos países da UE que trabalhem juntos. Não existe uma solução nacional a uma crise como esta", disse Strauss-Kahn.
"As ações solitárias devem ser evitadas e inclusive condenadas", acrescentou.
Além disso, afirmou que "todos os países que tenham possibilidade de adotar um estímulo fiscal deveriam fazê-lo".
Também avaliou positivamente a baixa coletiva das taxas de juros determinada na quarta-feira pelos principais bancos centrais do mundo.
Em todo caso, Strauss-Kahn disse, as medidas macroeconômicas devem ser combinadas com um plano de ação no terreno financeiro, que faça com que os mercados de crédito voltem a funcionar.
"A confiança é a primeira coisa que devemos restabelecer", disse.
O diretor-gerente disse que ativou um programa de empréstimos urgentes do FMI, segundo o qual um país com problemas financeiros pode receber créditos com menos condições e em, no máximo, duas semanas.
Strauss-Kahn afirmou que o FMI conta com reservas suficientes no primeiro ano, e poderá obter mais se for necessário.
Até agora, os países em desenvolvimento, os receptores nas últimas décadas dos empréstimos do FMI, se mostraram mais resistentes à crise do que as nações desenvolvidas.
No entanto, Strauss-Kahn enfatizou que "nenhum país está imune", apesar de que os efeitos poderão ser sentidos com atraso nessas nações e as ondas de instabilidade poderão ser mais débeis.
A última pancada da crise financeira afetou mais diretamente essas nações do que no passado e as bolsas tiveram quedas desde a Rússia até o Brasil. Além disso, viram como se fecharam as linhas de crédito, segundo Strauss-Kahn.
A Global Insight, uma empresa de consultoria, afirmou hoje que aumentaram as pressões sobre os sistemas bancários dos países em desenvolvimento, que são vulneráveis pela rápida expansão do crédito nos últimos anos.
No entanto, Strauss-Kahn ofereceu um raio de luz no meio das sombrias perspectivas econômicas, pois afirmou que o mundo irá se recuperar, embora lentamente, no final de 2009.
"O crescimento voltará", concluiu.
Washington, 9 out (EFE).- O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que o Brasil não está imune à crise financeira e seu crescimento diminuirá.
Strauss-Kahn destacou que o país seguiu a política econômica "correta" nos últimos oito anos e acumulou reservas nesse período.
"O Brasil tem uma economia em boa forma", comentou o diretor do FMI em entrevista coletiva, que ressaltou, no entanto, que "os efeitos da desaceleração do crescimento mundial terão conseqüências" para o país.
O Fundo prevê que a economia brasileira crescerá este ano 5,2% e 3,5% em 2009.
"Para alguns países, como o meu, a França, por exemplo, 3,5% seria um grande êxito", afirmou Strauss-Kahn.
"A última vez que alcançamos 3,5% foi há dez anos. Não lembro quem era o ministro das Finanças então", afirmou.
"Era você", respondeu o vice-diretor-gerente do FMI, John Lipsky, que também estava sentado no palanque da sala de imprensa do organismo, arrancando risadas dos presentes.
"Para o Brasil, obviamente 3,5% não é bom. Estamos acostumados a taxas de crescimento de entre 5% e 6%, ou inclusive mais", continuou Strauss-Kahn.
"De modo que o Brasil está em uma situação forte, mas não é imune à crise", afirmou o chefe do FMI.
Strauss-Kahn destacou também que o planeta está à beira de uma recessão global que só pode ser combatida com ações conjuntas e com a injeção de dinheiro nos bancos.
De acordo com o FMI, as economias avançadas quase não crescerão no ano que vem, enquanto que a economia global se expandirá 3% graças às nações em desenvolvimento.
"Estamos à beira de uma recessão global", alertou Strauss-Kahn em entrevista coletiva anterior à assembléia anual desse organismo e do Banco Mundial, na qual os ministros de economia de todo o mundo tentarão encontrar uma resposta coletiva para o problema.
O ex-ministro francês insistiu para que os Governos usem todas as ferramentas à sua disposição - monetárias, tributárias e financeiras - para combater uma crise como não se via desde o início do século passado.
Ele ressaltou que o mais importante é restabelecer a saúde dos bancos no mundo desenvolvido, que nos Estados Unidos e em outros países guarda seu capital em vez de emprestá-lo por medo de que os créditos não sejam devolvidos.
"Não há forma de encontrar uma saída sem suficiente recapitalização das instituições financeiras", disse Strauss-Kahn.
Essa posição significa, na prática, que os Governos deverão injetar dinheiro nos bancos, pois atualmente não há fontes privadas dispostas a investir neles, disse à Agência Efe uma fonte do FMI.
É algo que também tem em mente o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que estuda comprar ações de bancos, segundo anunciado hoje.
Em sua entrevista coletiva, Strauss-Kahn ressaltou que como a crise financeira é global, ela deve ser resolvida de forma coletiva.
O ex-ministro francês se referiu especificamente à União Européia (UE), cujos membros foram incapazes de acertar um acordo sobre um plano de ação conjunto porque alguns países, como a Alemanha, se negam a colocar dinheiro próprio para apoiar bancos de outras nações.
"Peço aos países da UE que trabalhem juntos. Não existe uma solução nacional a uma crise como esta", disse Strauss-Kahn.
"As ações solitárias devem ser evitadas e inclusive condenadas", acrescentou.
Além disso, afirmou que "todos os países que tenham possibilidade de adotar um estímulo fiscal deveriam fazê-lo".
Também avaliou positivamente a baixa coletiva das taxas de juros determinada na quarta-feira pelos principais bancos centrais do mundo.
Em todo caso, Strauss-Kahn disse, as medidas macroeconômicas devem ser combinadas com um plano de ação no terreno financeiro, que faça com que os mercados de crédito voltem a funcionar.
"A confiança é a primeira coisa que devemos restabelecer", disse.
O diretor-gerente disse que ativou um programa de empréstimos urgentes do FMI, segundo o qual um país com problemas financeiros pode receber créditos com menos condições e em, no máximo, duas semanas.
Strauss-Kahn afirmou que o FMI conta com reservas suficientes no primeiro ano, e poderá obter mais se for necessário.
Até agora, os países em desenvolvimento, os receptores nas últimas décadas dos empréstimos do FMI, se mostraram mais resistentes à crise do que as nações desenvolvidas.
No entanto, Strauss-Kahn enfatizou que "nenhum país está imune", apesar de que os efeitos poderão ser sentidos com atraso nessas nações e as ondas de instabilidade poderão ser mais débeis.
A última pancada da crise financeira afetou mais diretamente essas nações do que no passado e as bolsas tiveram quedas desde a Rússia até o Brasil. Além disso, viram como se fecharam as linhas de crédito, segundo Strauss-Kahn.
A Global Insight, uma empresa de consultoria, afirmou hoje que aumentaram as pressões sobre os sistemas bancários dos países em desenvolvimento, que são vulneráveis pela rápida expansão do crédito nos últimos anos.
No entanto, Strauss-Kahn ofereceu um raio de luz no meio das sombrias perspectivas econômicas, pois afirmou que o mundo irá se recuperar, embora lentamente, no final de 2009.
"O crescimento voltará", concluiu.
EFE
Globo.com
Tarso: Lula já escolheu Dilma como candidata em 2010
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai defender junto ao PT a indicação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para representar a legenda nas eleições presidenciais de 2010. A afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
Após passar por quatro ministérios no governo Lula, ele se excluiu da disputa ao dizer que como membro do governo, "subordinado politicamente", deve "respeitar a escolha do presidente". E reconheceu que essa escolha é "visível". "É a ministra Dilma".
Tarso também fez uma análise dos possíveis reflexos da atual crise econômica para o governo e para o país. Ressaltou que as alternativas de desenvolvimento econômico criadas pelo governo não serão desconstituídas, criticou a herança recebida do governo Fernando Henrique Cardoso e informou que a estrutura de combate à lavagem de dinheiro redobrará atenções.
O ministro retrucou as afirmações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que o Brasil vive um "estado policialesco". Segundo ele, a preocupação é legítima, mas o funcionamento das instituições do País mostra que Estado policial seria, enquanto conceito, algo sem relação com a realidade.
As investigações contra o banqueiro Daniel Dantas são definidas por Tarso como dignas "de um estudo profundo da academia, dos experts em teoria do Estado e funcionamento das instituições", pela complexidade das relações políticas mantidas pelo investigado.
O ministro também saiu em defesa da Polícia Federal, apesar de reconhecer suas divisões internas. "Duvido que a PF tenha mais grupos do que tem o Judiciário ou o Ministério Público, por exemplo. A PF é uma polícia estabilizada, com direção legitimada, que tem, sim, algumas divisões internas a respeito da própria função da instituição, inclusive se ela deve ou não passar informações sigilosas para a imprensa".
Leia o trecho da entrevista sobre as eleições municipais e a sucessão presidencial.
Que leitura o senhor faz das eleições municipais como ministro e como político?Como ministro, recebi um relatório da PF, e salvo algumas regiões com instabilidade mais grave e mais séria, as eleições transcorreram num ambiente excepcional. A Justiça Eleitoral está de parabéns e a PF sempre esteve disponível, inclusive estará instalando um série de inquéritos para investigar e punir pessoas que tiveram comportamento ilegal. Como dirigente partidário, minha visão é de que o PT saiu fortalecido nas grandes regiões metropolitanas e aumentou em aproximadamente 30% o número de prefeitos, o que reforça a continuidade do projeto representado pelo presidente Lula.
O PT tem divergências internas conhecidas. O partido chegará a 2010 unido e poderá oferecer à sociedade outros candidatos em condição de vencer a eleição que não o presidente Lula? Muitos analistas consideram que o pós-Lula seria de falta de alternativas nacionais no partido. São os mesmos analistas que diziam que o PT tinha terminado, que o presidente Lula era incapaz de governar, que viam a globalização como virtude absoluta a ser recebida de joelhos. O PT está amadurecendo, melhorando seu nível de unidade e não chegará absolutamente unificado em lugar nenhum, porque é um partido plural e tem, dentro de marcos programáticos, diferenças de inflexão sobre várias matérias. Mas chegará suficientemente forte para promover uma coalizão de centro-esquerda e dar continuidade ao trabalho do presidente.
O nome do senhor está à disposição?Para presidente da República, não. Tenho uma avaliação, por uma série de sinais, que o presidente já fez uma escolha, que vai propor ao partido. E eu, como membro do governo e subordinado politicamente ao presidente, devo respeitar a escolha dele. E acho que é uma escolha boa, que tem condições de ser acolhida pelo partido e fazer uma grande campanha.
Ele já lhe falou quem foi a escolha?Ela é visível. É a ministra Dilma.
Agência Brasil
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai defender junto ao PT a indicação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para representar a legenda nas eleições presidenciais de 2010. A afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
Após passar por quatro ministérios no governo Lula, ele se excluiu da disputa ao dizer que como membro do governo, "subordinado politicamente", deve "respeitar a escolha do presidente". E reconheceu que essa escolha é "visível". "É a ministra Dilma".
Tarso também fez uma análise dos possíveis reflexos da atual crise econômica para o governo e para o país. Ressaltou que as alternativas de desenvolvimento econômico criadas pelo governo não serão desconstituídas, criticou a herança recebida do governo Fernando Henrique Cardoso e informou que a estrutura de combate à lavagem de dinheiro redobrará atenções.
O ministro retrucou as afirmações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que o Brasil vive um "estado policialesco". Segundo ele, a preocupação é legítima, mas o funcionamento das instituições do País mostra que Estado policial seria, enquanto conceito, algo sem relação com a realidade.
As investigações contra o banqueiro Daniel Dantas são definidas por Tarso como dignas "de um estudo profundo da academia, dos experts em teoria do Estado e funcionamento das instituições", pela complexidade das relações políticas mantidas pelo investigado.
O ministro também saiu em defesa da Polícia Federal, apesar de reconhecer suas divisões internas. "Duvido que a PF tenha mais grupos do que tem o Judiciário ou o Ministério Público, por exemplo. A PF é uma polícia estabilizada, com direção legitimada, que tem, sim, algumas divisões internas a respeito da própria função da instituição, inclusive se ela deve ou não passar informações sigilosas para a imprensa".
Leia o trecho da entrevista sobre as eleições municipais e a sucessão presidencial.
Que leitura o senhor faz das eleições municipais como ministro e como político?Como ministro, recebi um relatório da PF, e salvo algumas regiões com instabilidade mais grave e mais séria, as eleições transcorreram num ambiente excepcional. A Justiça Eleitoral está de parabéns e a PF sempre esteve disponível, inclusive estará instalando um série de inquéritos para investigar e punir pessoas que tiveram comportamento ilegal. Como dirigente partidário, minha visão é de que o PT saiu fortalecido nas grandes regiões metropolitanas e aumentou em aproximadamente 30% o número de prefeitos, o que reforça a continuidade do projeto representado pelo presidente Lula.
O PT tem divergências internas conhecidas. O partido chegará a 2010 unido e poderá oferecer à sociedade outros candidatos em condição de vencer a eleição que não o presidente Lula? Muitos analistas consideram que o pós-Lula seria de falta de alternativas nacionais no partido. São os mesmos analistas que diziam que o PT tinha terminado, que o presidente Lula era incapaz de governar, que viam a globalização como virtude absoluta a ser recebida de joelhos. O PT está amadurecendo, melhorando seu nível de unidade e não chegará absolutamente unificado em lugar nenhum, porque é um partido plural e tem, dentro de marcos programáticos, diferenças de inflexão sobre várias matérias. Mas chegará suficientemente forte para promover uma coalizão de centro-esquerda e dar continuidade ao trabalho do presidente.
O nome do senhor está à disposição?Para presidente da República, não. Tenho uma avaliação, por uma série de sinais, que o presidente já fez uma escolha, que vai propor ao partido. E eu, como membro do governo e subordinado politicamente ao presidente, devo respeitar a escolha dele. E acho que é uma escolha boa, que tem condições de ser acolhida pelo partido e fazer uma grande campanha.
Ele já lhe falou quem foi a escolha?Ela é visível. É a ministra Dilma.
Agência Brasil
Marcadores: notícia
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial