ATUALIDADES - 19-01-09

Mundo espera as mudanças de Barack Obama

Na manhã de terça- feira (20), o mundo vai parar para ver, pela primeira vez, um negro assumir o comando do mais poderoso país, ironicamente simbolizado pela Casa Branca. Barack Obama chega à Presidência dos EUA com pompas de ídolo pop.

Obama tomará posse na terça-feira (20) em Washington(Foto: Mandel Ngan / AFP)

Na manhã de terça- feira (20), o mundo vai parar para ver, pela primeira vez, um negro assumir o comando do mais poderoso país, ironicamente simbolizado pela Casa Branca. Barack Obama chega à Presidência dos EUA com pompas de ídolo pop. Disse, inclusive, que vai matar o saudita Osama Bin-Laden, inimigo número 1 dos americanos e responsável, entre outros, pelos atentados de 11 setembro de 2001. Como a rede comandada por Bin Laden tem o apoio do Paquistão, o país deverá ser alvo de ações de inteligência e até sanções, caso Obama leve adiante a decisão de acabar com os focos de terrorismo, uma das suas principais promessas de campanha.
COMBUSTÍVEL
Fontes renováveis e redução de gases
Nos últimos dias, Barack Obama prometeu dobrar a produção de energia alternativa nos próximos três anos, uma meta tão ambiciosa quanto questionada pelos especialistas no tema. De concreto, existe apenas uma forte disposição sinalizada desde os primeiros momentos de sua campanha eleitoral de combater de forma mais efetiva as causas das mudanças climáticas.
Obama prometeu incentivo ao uso de fontes renováveis de energia
O plano do novo governo democrata é assegurar em lei que, até 2025, os Estados Unidos busquem 25% de toda a eletricidade de que necessitam em fontes renováveis. No entanto, Obama estaria disposto a alcançar uma meta de pelo menos 10% já em 2012, o que muitos colocam em dúvida.
QUESTÃO DOS NEGROS
Presidente evita discurso sobre raça
Quando a candidatura do republicano John MCain começava a dar sinais de naufrágio, negros do mundo inteiro comemoraram a possibilidade de eleição de Obama. Contudo, o democrata evitou trazer a questão de raça para a campanha.
A não ser para criticar declarações de sua concorrente à indicação do partido, Hillary Clinton, sobre Martin Luther King. Em momento nenhum, anunciou programas ou ações afirmativas para diminuir o fosso que separa brancos e negros em uma nação cujo racismo institucional existia em alguns estados até a década de 60. Sabe que adoção de políticas com foco na cor da pele poderia reincendiar o racismo latente nos EUA.
CRISE E ECONOMIA
Cortes de gastos para conter a recessão
No auge da crise econômica, o então candidato disse que seriam necessárias duas frentes para combater os efeitos da recessão sobre a economia dos EUA, país cujo déficit orçamentário é de US$438 bilhões. A primeira é arrumar a casa: cortar gastos públicos para tentar equilibrar as contas, incluindo programas de saúde, que inicialmente tinham investimentos previstos de US$65 bilhões.
Haverá um grande corte de gastos para conter a crise finaceira mundial(Foto: AFP)
A outra é aumentar impostos para grandes empresas e para a fatia mais rica da população, desonerando as pequenas, que atualmente respondem por 84% dos empregos nos EUA. Ainda não falou se haverá subsídios a alguns setores, como o automobilístico e petroquímico.
Correio da Bahia