CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - 9-02-09
Portugal - Novos ângulos para a cultura
Fórum em Matosinhos proporciona a troca de experiências e exibe espectáculos de dança, teatro e música.
Reflectir sobre a gestão pública e privada na área cultural e simultaneamente mostrar o que neste sector se vai criando é o principal objectivo do Fórum Cultura e Criatividade que decorre até domingo, na Exponor, em Matosinhos.
O evento é fundamentalmente dividido em duas vertentes - os debates e a feira que, por si, será repartida entre o Salão Internacional dos Museus e Património (Tempus) e a Feira Internacional e Arte, Cultura e Indústrias Criativas (Concepta).
Organizado pela agência Inova, o Fórum pretende, segundo disse ao JN o organizador, Jorge Cerveira Pinto, reflectir e promover o sector cultural quer em Portugal quer no estrangeiro.
Referindo-se especificamente às áreas dos debates, que tiveram início ontem, o organizador considera fundamental proporcionar um diálogo estreito entre todos os intervenientes da cultura. "É importante uma troca de experiências entre todas as pessoas que trabalham na área da cultura, desde os próprios criadores, aos ministérios, às entidades culturais e empresariais".
Na opinião de Jorge Cerveira Pinto, a área cultural proporciona uma série de soluções que ainda não estão "exploradas", admitindo mesmo que através da cultura se poderá combater a crise económica que o país atravessa.
A este propósito, deu o exemplo do artesanato, onde considera fundamental que os jovens aprendam as técnicas, pois "há ainda um caminho longo a percorrer. O artesanato pode, a meu ver, abrir perspectivas de emprego a muitos jovens" acrescentou.
A partir de hoje, abrem-se as portas de duas exposições integradas na iniciativa. Trata-se da Tempus - Salão Internacional dos Museus e do Património e da Concepta - Feira Internacional de Arte, Cultura e indústrais criativas.
A Tempus visa reunir os profissionais e as organizações públicas, associativas e privadas que intervêm no estudo, conservação, valorização ou comunicação do património cultural. Enquanto que a Concepta vai mostrar ao grande público o que, diz Jorge Cerveira Pinto, "de melhor se vai fazendo na cul tura, a nível das artes performativas, artes plásticas, literatura, artesanto, arquitectura, design e media e indústrias de conteúdos".
Entretanto, Manuel Maria Carrilho, um dos participantes do debate inaugural do Fórum Cultura e Criatividade, considerou que "a Europa é uma desilusão do ponto de vista cultural". O ex-ministro da Cultura referia--se especificamente ao orçamento de "400 milhões de euros, divididos por 27 países, por sete anos", atribuído pela União Europeia para esta área.
O actual embaixador de Portugal na UNESCO frisou ainda a necessidade de "ser preciso recolocar na agenda política o 1% (do Orçamento) para a cultura".
Carrilho referiu ainda que "o momento que hoje vivemos é adequado para repensar as políticas culturais" e que a sua actualização passa pela "articulação com as políticas de desenvolvimento do país".
Uma nova política cultural deverá, para Carrilho, assentar em dois eixos: as responsabilidades estruturais e as estratégicas.
Fórum em Matosinhos proporciona a troca de experiências e exibe espectáculos de dança, teatro e música.
Reflectir sobre a gestão pública e privada na área cultural e simultaneamente mostrar o que neste sector se vai criando é o principal objectivo do Fórum Cultura e Criatividade que decorre até domingo, na Exponor, em Matosinhos.
O evento é fundamentalmente dividido em duas vertentes - os debates e a feira que, por si, será repartida entre o Salão Internacional dos Museus e Património (Tempus) e a Feira Internacional e Arte, Cultura e Indústrias Criativas (Concepta).
Organizado pela agência Inova, o Fórum pretende, segundo disse ao JN o organizador, Jorge Cerveira Pinto, reflectir e promover o sector cultural quer em Portugal quer no estrangeiro.
Referindo-se especificamente às áreas dos debates, que tiveram início ontem, o organizador considera fundamental proporcionar um diálogo estreito entre todos os intervenientes da cultura. "É importante uma troca de experiências entre todas as pessoas que trabalham na área da cultura, desde os próprios criadores, aos ministérios, às entidades culturais e empresariais".
Na opinião de Jorge Cerveira Pinto, a área cultural proporciona uma série de soluções que ainda não estão "exploradas", admitindo mesmo que através da cultura se poderá combater a crise económica que o país atravessa.
A este propósito, deu o exemplo do artesanato, onde considera fundamental que os jovens aprendam as técnicas, pois "há ainda um caminho longo a percorrer. O artesanato pode, a meu ver, abrir perspectivas de emprego a muitos jovens" acrescentou.
A partir de hoje, abrem-se as portas de duas exposições integradas na iniciativa. Trata-se da Tempus - Salão Internacional dos Museus e do Património e da Concepta - Feira Internacional de Arte, Cultura e indústrais criativas.
A Tempus visa reunir os profissionais e as organizações públicas, associativas e privadas que intervêm no estudo, conservação, valorização ou comunicação do património cultural. Enquanto que a Concepta vai mostrar ao grande público o que, diz Jorge Cerveira Pinto, "de melhor se vai fazendo na cul tura, a nível das artes performativas, artes plásticas, literatura, artesanto, arquitectura, design e media e indústrias de conteúdos".
Entretanto, Manuel Maria Carrilho, um dos participantes do debate inaugural do Fórum Cultura e Criatividade, considerou que "a Europa é uma desilusão do ponto de vista cultural". O ex-ministro da Cultura referia--se especificamente ao orçamento de "400 milhões de euros, divididos por 27 países, por sete anos", atribuído pela União Europeia para esta área.
O actual embaixador de Portugal na UNESCO frisou ainda a necessidade de "ser preciso recolocar na agenda política o 1% (do Orçamento) para a cultura".
Carrilho referiu ainda que "o momento que hoje vivemos é adequado para repensar as políticas culturais" e que a sua actualização passa pela "articulação com as políticas de desenvolvimento do país".
Uma nova política cultural deverá, para Carrilho, assentar em dois eixos: as responsabilidades estruturais e as estratégicas.
Jornal de Notícias
Opinião: Trabalhar eventos culturais na escola ajuda criança a ter ideia de tempo
Muitos consideram maneira simplista de preencher o planejamento de aula.No entanto, conceitos podem ser muito produtivos para os alunos.
Comemorar eventos culturais ajuda a criança a desenvolver a noção de tempo (Foto: Arte G1)
O tempo passa. Há pouco falávamos do natal e ano novo. Agora, já vemos o país se organizar para o carnaval. Dizem que o ano começa mesmo após essa data. Alguns prolongam as férias de janeiro, emendando-as com a folia.
Essa festa geralmente acontece em fevereiro, às vezes, em março. Mas não tem jeito. Fevereiro ficou marcado como o mês do carnaval. Assim como outros fatos marcam outras épocas do ano: as festas caipiras em junho, e o natal em dezembro.
As escolas costumam trabalhar essas datas. Muitos torcem o nariz, considerando projetos assim uma mesmice, uma maneira simplista de preencher o planejamento. Pode ser mesmo que algumas instituições utilizem esses temas apenas com esse objetivo. Porém, dependendo do modo como forem trabalhados, podem ser de grande proveito para as crianças.
Um deles é justamente conhecer e perpetuar as tradições de um país. Elas são necessárias para a formação de um povo. Permitem que nos situemos dentro de uma cultura, com determinadas características que também são nossas. Ajuda a criarmos a noção de ser.
Por exemplo, agora no carnaval podemos trabalhar com os pequenos suas origens, o que significam as máscaras, como se forma uma escola de samba. Já na festa junina, entra-se em contato com comidas típicas da roça, com as quais nos deliciamos e nem sabemos de onde vieram. Sem contar as músicas e danças que não fazem parte do dia-a-dia, mas que já ouvimos em algum lugar _entramos em contato com aquilo que faz parte de nossas vidas em sua origem.
Música
Já que falamos em música – e esses diferentes eventos têm as suas próprias – elas possibilitam trabalhar coisas fundamentais. Além de introduzir a criança na poesia através das letras, ajudam no desenvolvimento do ritmo e na discriminação e consciência dos sons _pré-requisitos para o aprendizado da leitura e da escrita. Esses são só alguns exemplos.
Quando comemoramos os diferentes eventos culturais ao longo do ano, incluindo os do círculo familiar, também ajudamos as crianças a desenvolverem a noção de tempo. Sabem que antes da Páscoa vem o carnaval. E que antes de seu aniversário, acontece determinada comemoração. Pouco a pouco, vão construindo a noção de meses e anos, do antes e depois. Até porque, determinadas coisas só ocorrem uma vez ao ano e essa cronologia propicia que pautemos nossa vida por nos situarmos no tempo.
Integração
Sendo referência de nossa existência, termos consciência dessa dimensão ajuda a nos sentirmos mais integrados – não estamos soltos num tempo qualquer. É só pensarmos da necessidade de uma rotina em nossas vidas.
Daí também a importância, voltando ao início do que falamos, de nos apreendermos de nossa cultura. Ela nos ajuda a conhecermos quem somos e a desenvolvermos nossa identidade. Existo num tempo e num lugar. Lugar esse que tem determinadas características.
Sendo assim, as escolas devem ter seus projetos envolvendo datas. Com muita seriedade. Além das diversas possibilidades pedagógicas, eles são importantes por ajudarem no nosso desenvolvimento pessoal.
Ana Cássia Maturano, psicóloga e psicopedagoga
G 1
Igreja histórica do centro de São Paulo ameaça ruir
SÃO PAULO - A Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, conhecida também por Igreja das Chagas, no centro de São Paulo, está prestes a ruir. Há um ano lacrada pela Prefeitura, a igreja tem cupins por todos os lados. Até agora, não há parceiros para bancar os R$ 16 milhões da reforma e nem um único projeto em andamento. Conforme mostrou um levantamento inédito feito pelo Estado, 40% dos 1.813 imóveis tombados ou em processo de tombamento de toda a capital estão abandonados, destruídos ou totalmente desfigurados. No centro paulistano, por exemplo, 429 dos 1.272 imóveis históricos da região fazem parte dessa estatística. E o abandono da Igreja da Ordem Terceira talvez seja o exemplo mais gritante do desleixo com o patrimônio público de São Paulo, justamente por causa da sua beleza e importância para a capital.Projetada pelo Frei Galvão (o primeiro santo brasileiro) e construída em taipa de pilão, com 220 anos de história, seus deslumbrantes altares e estátuas abrigam três fases do estilo barroco: a clássica, a primitiva e a posterior. Lá se encontram os restos mortais do militar Rafael Tobias de Aguiar, que deu nome à Rota, da Polícia Militar, e o coração do sacerdote e político Diogo Antônio Feijó, o Regente Feijó, um dos personagens mais importantes da história da capital. A igreja fica ao lado do que foi o Convento de São Francisco, demolido em 1827 para dar lugar à Faculdade de Direito (na demolição, conta-se, houve espanto com a resistência da taipa, porque as picaretas, ao golpeá-las, provocavam faíscas).Apesar dessa história, a igreja acabou degradada pelo tempo e pela falta de restauro. E tombada pelos três órgãos de patrimônio histórico - nacional, estadual e municipal -, tudo ficou mais complicado e, principalmente, mais caro para reformar. Passeando pelos seus corredores e salões é possível notar que a imponência ainda está lá, com os altares reluzindo com o ouro das talhas, mas a destruição está em todos os cantos. A cada rangido da madeira, dá um medo tremendo de tudo cair. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
SÃO PAULO - A Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, conhecida também por Igreja das Chagas, no centro de São Paulo, está prestes a ruir. Há um ano lacrada pela Prefeitura, a igreja tem cupins por todos os lados. Até agora, não há parceiros para bancar os R$ 16 milhões da reforma e nem um único projeto em andamento. Conforme mostrou um levantamento inédito feito pelo Estado, 40% dos 1.813 imóveis tombados ou em processo de tombamento de toda a capital estão abandonados, destruídos ou totalmente desfigurados. No centro paulistano, por exemplo, 429 dos 1.272 imóveis históricos da região fazem parte dessa estatística. E o abandono da Igreja da Ordem Terceira talvez seja o exemplo mais gritante do desleixo com o patrimônio público de São Paulo, justamente por causa da sua beleza e importância para a capital.Projetada pelo Frei Galvão (o primeiro santo brasileiro) e construída em taipa de pilão, com 220 anos de história, seus deslumbrantes altares e estátuas abrigam três fases do estilo barroco: a clássica, a primitiva e a posterior. Lá se encontram os restos mortais do militar Rafael Tobias de Aguiar, que deu nome à Rota, da Polícia Militar, e o coração do sacerdote e político Diogo Antônio Feijó, o Regente Feijó, um dos personagens mais importantes da história da capital. A igreja fica ao lado do que foi o Convento de São Francisco, demolido em 1827 para dar lugar à Faculdade de Direito (na demolição, conta-se, houve espanto com a resistência da taipa, porque as picaretas, ao golpeá-las, provocavam faíscas).Apesar dessa história, a igreja acabou degradada pelo tempo e pela falta de restauro. E tombada pelos três órgãos de patrimônio histórico - nacional, estadual e municipal -, tudo ficou mais complicado e, principalmente, mais caro para reformar. Passeando pelos seus corredores e salões é possível notar que a imponência ainda está lá, com os altares reluzindo com o ouro das talhas, mas a destruição está em todos os cantos. A cada rangido da madeira, dá um medo tremendo de tudo cair. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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