ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

10 junho, 2009

ATUALIDADES - 10-6-09

Pane afeta 85,5 mil telefones fixos
Usuários da Telefônica em Bauru não conseguiam fazer e receber ligações; falha humana provocou “apagão” no Estado.
Quem precisou usar o telefone fixo na manhã de ontem ficou na mão. Uma pane no sistema da Telefônica afetou os 11,6 milhões de assinantes da empresa em todo o Estado de São Paulo. Em Bauru, os 85,5 mil usuários da empresa foram atingidos pelo problema entre as 9h e o início da tarde e não conseguiam fazer e receber ligações. Os 2.573 telefones públicos instalados na cidade também ficaram mudos em alguns momentos do dia, principalmente pela manhã. Parte dos telefones voltou a funcionar normalmente ainda pela manhã, mas outra voltou a a receber ou completar ligações só no início da tarde. O prejuízo foi grande para empresas de telemarketing, cobranças, serviços como o de mototáxi e de entregas, como de gás de cozinha e de refeições.
Entre clientes comerciais que sofreram prejuízos com a pane no sistema telefônico está Ricardo Alexandre Orestes, proprietário de um ponto de mototáxi, na região central de Bauru. Segundo ele, o telefone mudo durante aproximadamente três horas resultou num prejuízo estimado em R$ 200,00. “Apesar do movimento na terça ser mais fraco em comparação com outros dias, devemos ter perdido cerca de 40 corridas”, estima.
Além da perda de passageiros, que não conseguiram contratar o serviço por telefone, ele também cita outras dores de cabeça ocasionadas pelo telefone mudo. “Tentei alugar um carro hoje (ontem) em contato com locadora de São Paulo. Como eu não conseguia ligação, acabei perdendo o carro para outra pessoa em questão de meia hora”, lamenta. O mototaxista Nelson Miranda, que trabalha numa central da avenida Castelo Branco, conta que a empresa ficou sem telefone por cerca de duas horas. “Só voltou a funcionar ao meio-dia. Ficamos assim bem no horário de pico, causando um prejuízo razoável. Acredito que perdemos cerca de dez corridas”, calcula.
Em uma revendedora de gás com quatro postos de atendimento na cidade, o telefone não tocou das 10h às 11h. “Bem no horário de maior movimento ficou tudo mudo. Não recebemos nenhuma chamada. Não calculamos ainda qual foi o prejuízo, mas atrapalhou o nosso comércio”, observa Cláudio Leandro, funcionário da empresa.
Em nota divulgada à imprensa, a Telefônica informou que o serviço tinha sido completamente restabelecido em todo o Estado às 15h. Cerca de três horas antes, 95% das comunicações tinham voltado ao normal. A pane foi detectada às 9h. De acordo com a empresa de telefonia, o problema aconteceu em parte da rede de sinalização, necessária para que as chamadas de voz sejam completadas. As ligações locais, de longa distância nacionais e internacionais, serviços de 0800, para celulares e call centers foram afetados. Apesar do restabelecimento das comunicações à tarde, alguns usuários como empresas e clientes que aderiram à portabilidade numérica ainda enfrentavam oscilações no sistema à noite.
A coordenadora do Procon de Bauru, Fernanda de Assis Martins, observa que os usuários que tiveram prejuízos causados pela suspensão do serviço de telefonia na cidade podem procurar o órgão de defesa do consumidor, no Poupatempo. Porém, ela informa que é necessário apresentar documentação que comprove o prejuízo. Já quem avalia que sofreu danos morais, a alternativa é procurar a Justiça. Também é necessário juntar provas.
Até o final da noite de ontem, a Telefônica não tinha esclarecido totalmente o problema. Mas em nota divulgada às 20h, a empresa adiantou que houve uma falha humana cometida pela equipe de um fornecedor que presta serviços na rede da empresa. Ainda na nota, a Telefônica lamentou os transtornos causados e afirmou que irá cumprir a legislação vigente, ressarcindo os usuários por conta dos problemas ao completar chamadas.
Emergência
Os números de emergências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o do Corpo de Bombeiros de Bauru não foram afetados pela pane do serviço de telefonia fixa, ocorrida ontem em todo o Estado. No Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), houve uma diminuição das chamadas.
De acordo com o porta-voz do Comando de Policiamento do Interior 4 (CPI-4), tenente Nilson César Pereira, das 9h às 10h de ontem, o telefone de emergência da PM recebeu 24 chamadas. No dia anterior, foram 47 ligações. Ele informa que depois das 10h de ontem, o serviço voltou a receber o número normal de chamadas. Apesar disso, ele informou não ser possível atribuir a oscilação à instabilidade dos serviços da Telefônica.
Anatel investiga o caso
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que acompanhava com extrema preocupação as falhas nos serviços de telefonia fixa prestados pela Telefônica, ontem. De acordo com a agência, a entidade foi informada da ocorrência pelo presidente da empresa, Antônio Carlos Valente da Silva. Agentes de fiscalização do Escritório Regional de São Paulo da Anatel foram destacados para apurar o caso. Se for constatado alguma irregularidade, será aberto processo administrativo para ser apurada a responsabilidade da prestadora do serviço. Após a conclusão desse procedimento, a empresa pode receber alguma sanção da agência.
De acordo com a assessoria de comunicação da Anatel, o contrato de concessão da Telefônica prevê ressarcimento ao usuário em caso de interrupção do serviço. A prestadora deve conceder ao assinante o crédito proporcional ao período de ausência de comunicação.
Além disso, a Anatel explica que o problema vai impactar nas metas de qualidade que a Telefônica deve apresentar mensalmente à agência reguladora. Quando os pontos avaliados, como tempo sem o serviço e usuários afetados forem totalizados, haverá uma queda nos índices de qualidade da empresa. De acordo com a Anatel, quando há redução nesses números, é aberto procedimento administrativo para verificar os motivos e analisar as medidas a serem tomadas.
Jornal da Cidade de Bauru

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