CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 3-11-09
RIO DE JANEIRO – Os técnicos do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) começaram ontem a mexer nas obras mais atingidas pelo incêndio que destruiu boa parte do acervo de Hélio Oiticica na noite de sexta-feira, no Rio de Janeiro.
"Temos chance de recuperar bastante coisa. Mas ainda estamos cautelosos", explicou José do Nascimento Júnior, presidente da entidade, que ontem visitou a casa da família Oiticica no Jardim Botânico, onde as obras eram mantidas. "É um trabalho lento que precisa ser muito bem feito. Só agora nossos técnicos começaram a mexer nas obras que estavam na área mais atingida pelo incêndio."
Cinco técnicos do instituto trabalham para salvar o que restou do acervo de quase mil obras do artista. Ontem, começou a ser montado na sala da casa do irmão de Oiticica, César, um laboratório de restauro. "A família desmontou a casa para instalar o laboratório. É uma espécie de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Estamos levando desumidificadores, equipamentos de controle ambiental, de secagem, tudo o que é necessário para este trabalho. Só assim poderemos ter condições emergenciais de tratamento e depois de avaliação de cada item da coleção."
Na noite do incêndio, a expectativa era que 90% das obras tinham sido totalmente destruídas. As esperanças de o estrago ter sido muito menor agora aumentaram, mas a avaliação do Ibram só deve ficar pronta na sexta-feira. "Estamos fazendo o possível para recuperar o máximo de obras. Mas ainda é cedo para dizer quantas."
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2009/10/22/comeca+restauro+de+obra+de+oiticica+atingidas+por+fogo+8910938.html
Bauru-SP - Igreja Santa Teresinha é interditada
Problemas na fundação acarretaram rachaduras, inclinação das paredes e risco de perda da sustentação do telhado.
O prédio da igreja de Santa Teresinha, uma das mais tradicionais da cidade, foi interditado ontem por decisão do Conselho de Presbíteros da Diocese de Bauru. A medida foi tomada com base em um laudo solicitado pela própria diocese à empresa de engenharia M.S. Tecnologia e Consultoria, que apontou graves falhas na fundação do prédio. As obras estruturais e de restauração devem custar R$ 2 milhões e não tem data para começar.Segundo Eric Fabris, engenheiro responsável pelo laudo, a fundação da igreja é muito rasa, fica há apenas 1,8 metro de profundidade da superfície, quando o ideal seria, no mínimo, mais de 6 metros. Com a infiltração de água no solo, a estrutura cedeu provocando rachaduras, inclinação das paredes no sentido externo e, com isso, a necessidade de avaliar a estrutura do telhado, que poderia ceder devido ao movimento das paredes.“Há dois anos fizemos uma medição do muro e das paredes e elas estavam desaprumadas. Agora fizemos uma nova medição e isso aumentou. Teve ponto em que a evolução chegou a 400%. A inclinação máxima para que comecem a ter danos na estrutura é de 0,5%. Algumas paredes da igreja atingiram 1% de inclinação”, explica o engenheiro.Fabris acrescenta que, diante das informações constatadas, a interdição foi uma medida acertada da Diocese. “Foi um ato de bom senso. A deformação das paredes pode estar provocando a perda de sustentação do telhado e isso pode ser um risco grande”, comenta.
HistóriaIdealizada pelo padre João Van der Hulst, a Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus foi inspirada na planta do arquiteto holandês João Stiit. A construção teve início em outubro de 1931 e foi inaugurada em 15 de novembro de 1934, como a principal igreja católica de Bauru, pois era maior do que a matriz e traz na sua arquitetura a influência do estilo neogótico.
Maíra Soares
Jornal da Cidade de Bauru
Prefeito de Porto Velho é destruidor e aloprado
Amigos da Madeira-Mamoré criticam obras da Prefeitura.
A capital do Estado de Rondônia está correndo eminente risco de perder o monumento nacional e histórico pertencente ao seu povo, todo o acervo pertencente à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cujo monumento é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 2006 e pelo Estado de Rondônia, através da Constituição Estadual de 1989.
Para a presidenta da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Estado de Rondônia e Amigos da Madeira-Mamoré (AMMA), Mayra Banchieri, “o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT) ao invés de restaurar E.F.M.M, está reformando. Restauração e reforma são coisas totalmente diferentes, pois, com a restauração se recupera as peças por especialistas, enquanto que na reforma se substitui peças antigas por outras novas, fato que vem acontecendo no pátio da ferrovia”.
Para o delegado federal aposentado e defensor do patrimônio histórico de Rondônia, José Augusto, “é muito grave o processo de descaracterização do centro histórico de Porto Velho, reconhecidamente o mais homogêneo conjunto arquitetônico de origem norte americano, destruído pelo atual prefeito de Porto Velho, com aval de instituições de Estado como IPHAN e GRPU”, e acrescenta: “esse prefeito ‘aloprado’ abandonou no pátio da ENARO todo acervo material que fazia funcionar os troles de embarque e desembarque de carga pesadas para os navios; o sino de bronze forjado, de uma das locomotivas que deve pesar cerca de 80 kg e duas lunetas que foram utilizadas na época da construção por engenheiros e topógrafos estão desaparecidos, assim como vinte e dois pares de rodeiras próprios de locomotivas, também estão desaparecidos; destelhou o prédio do museu que era coberto com zinco-ferro e substitui por alumínio, perdendo o seu valor histórico”. Diz ainda que até um vagão pertencente ao acervo ferroviário foi emprestado para escola de samba Grande Rio em 1997 pelo ex-governador e atual senador Waldir Raupp.
Hoje temos notícias que esse vagão se encontra transformado em atelier de luxo em Brasília. Dr. José Augusto finaliza dizendo “Roberto Sobrinho deve sair da prefeitura de Porto Velho, algemado e mandado diretamente para o presídio Urso Branco como criminoso comum, pois segundo ficou sabendo a sua autorização de psicólogo foi cassada pelo Conselho Regional de Psicologia”.
A advogada da AMMA, Adriana Oliveira, diz: “há trinta anos a Associação vem promovendo registros, denúncias e protestos às Autoridades Públicas competentes para tutelar o patrimônio histórico do Estado de Rondônia, o acervo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré como o Cemitério da Candelária e o Museu Ferroviário dentre outros e, diante da ausência destas autoridades, acionam o Poder Judiciário para que o Estado Democrático de Direito seja restabelecido”.
Já para Silvia Freitas, membro da AMMA, diz que o que o Prefeito Roberto Sobrinho vem fazendo contra o patrimônio histórico – acervo da E.F.M.M que inclui o complexo da Candelária (cemitério e antigo hospital) “representa um verdadeiro atentado contra a história e a própria identidade do povo rondoniense. O poder público que tem a obrigação de preservar esse arcevo histórico é quem vem praticando o verdadeiro crime” e acrescenta, “como se não bastasse esse prefeito, demonstra que não gosta do povo de Porto Velho; agora recentemente com intuito de alargar a avenida Farquar mandou aterrar parte do acervo histórico, cortou árvores quase centenárias, e com a trepidação dos tratores rachou oito casas da vila ferroviária e o mais grave dessa situação é que esse crime conta com a permissão do IPHAN e a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU)”, conclui Sílvia Freitas.
Assessoria/Associação dos Amigos da Madeira-Mamoré
Silvana Losekann
www.defender.org.br
São Luis-MA - Prédio da Fundação Sarney deve ser devolvido ao governo do Maranhão
BRASÍLIA - O Convento das Mercês, prédio que abriga a Fundação Sarney em São Luís, deverá ser devolvido ao governo do Maranhão quando formalizado o fechamento da entidade.
Hoje, há um imbróglio judicial em torno do edifício histórico. Em 1990, o governo estadual autorizou a doação do convento à fundação. Em junho deste ano, no entanto, a Justiça Federal acatou pedido do Ministério Público Federal no Maranhão e anulou a lei estadual que regulamentava a incorporação do prédio. A entidade entrou com um recurso para manter a legislação estadual.
Segundo a assessoria do presidente do Senado, José Sarney, assim que encerradas as atividades da instituição, essa discussão deixa de existir.
O impasse gira em torno de um decreto-lei, assinado em 1937, que impede que bens tombados pela União, como é o caso do Convento das Mercês, sejam doados a qualquer entidade de direito privado.
A defesa alega que a fundação é uma entidade pública federal. Contudo, está registrado em cartório que instituição tem como um de seus objetivos “organizar e perpetuar a memória dos presidentes da República tendo por base o acervo privado do presidente José Sarney”, o que explicita o caráter privado da fundação.
O Convento das Mercês tem mais de cinco mil metros quadrados de área construída e outros sete mil de área livre. Tombada em 1974 pelo Patrimônio Histórico da União, a área é um dos principais pontos turísticos do Centro Histórico de São Luís.
Último Segundo
Corumbá-MS - Emissora de TV vai recuperar casa histórica
A Rede MS Integração de Rádio e TV, afiliada da Rede Record, assinou termo de ajustamento de conduta para recuperar e restaurar o imóvel conhecido como Casa Tamandaré, em Corumbá, a 426 quilômetros da Capital. O bem é tombado como patrimônio histórico nacional.
Campo Grande News
São Bernardo tem esperanças de tombar Pavilhão Vera Cruz
A Prefeitura de São Bernardo discute o tombamento dos pavilhões da Cia. Cinematográfica Vera Cruz e de outros patrimônios da cidade no Plano de Ação para Cidades Históricas do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN). Em todo o estado de São Paulo, apenas 12 municípios participam do grupo; no ABC apenas São Bernardo e Santo André foram selecionados.
Jornal ABC reporter
Os tesouros da Faap
Concebida como centro cultural, Faap tem museu com 3,5 mil obras, parte delas espalhadas por prédios e jardins
SÃO PAULO - A vocação artística salta aos olhos de quem visita a Fundação Armando Alvares Penteado. Espalhadas por seu câmpus, onde circulam 8,5 mil estudantes, estão esculturas de artistas como Bruno Giorgi e Arcangelo Ianelli. No saguão do prédio principal da universidade, que abriga o museu, o teatro e a Faculdade de Artes Plásticas, réplicas inspiradas nas estátuas dos profetas de Aleijadinho recepcionam os estudantes.
Quando idealizou a Faap, o conde Armando Alvares Penteado pensou na instituição como um centro cultural que reunisse talentos. Fundada, em 1947, na Rua Alagoas, em Higienópolis, a Faap começou a cumprir esse objetivo com a criação de cursos de artes para crianças e professores, nas décadas de 50 e 60. Esses foram os embriões da Faculdade de Artes Plásticas.
Em 1961, a universidade assumiu de vez seu lado cultural abrindo as portas do Museu de Arte Brasileira, que hoje tem um acervo de 3,5 mil peças. Algumas ficam à vista dos visitantes e estudantes, como as esculturas de mármore e aço expostas nas praças e jardins da universidade.
Portinari
Um destaque do câmpus é o vitral do prédio principal. Trata-se de um mosaico com 216 quadrados de 1 metro de lado; 56 deles foram desenhados sob encomenda por artistas como Candido Portinari e Lina Bo Bardi e executados pela tradicional Casa Conrado.
Renato Maretti, de 20 anos, no 6º semestre do curso de Educação Artística, gosta do câmpus-museu. “Acrescenta bastante. Mas o principal aqui é o quadro de professores, que é incrível”, diz.
O estudante reclama apenas da burocracia da universidade. “Para tudo, precisamos de autorização. Antes, os artistas ficavam lá até meia-noite, pintavam paredes e não pediam autorização para nada.”
Raphael Emmerich, de 23 anos, admite que não repara tanto na vocação artística da universidade. “Eu gosto dessa parte cultural, mas não frequento os eventos. Vou mais às palestras sobre empreendedorismo”, diz o estudante do 6º semestre de Administração de Empresas.
Para Emmerich, a grande vantagem de estudar na Faap é a possibilidade de criar uma boa rede de contatos. “Tem muito aluno que é filho de dono de empresa. Você tem a chance de sair daqui empregado.”
Carolina Stanisci - Especial para O Estado de S. Paulo
O doce de Pelotas como patrimônio cultural brasileiro
Nesta sexta-feira(30), às 17h, no auditório do Colégio São José, como atividade paralela do III Seminário Internacional de Memória e Patrimônio, promovido pelo curso de mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPel, ocorrerá a entrega oficial à representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de solicitação de registro do doce pelotense como patrimônio cultural imaterial brasileiro.
O pedido será encaminhado ao presidente do Iphan e é assinado por representantes do setor doceiro e colaboradores do projeto de pesquisa Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) Doce de Pelotas, que foi realizada por equipe do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia(Lepaarq) do Instituto de Ciências Humanas(ICH) da UFPel, sob coordenação da professora e antropóloga Flavia Maria Silva Rieth.
A pesquisa e o pedido de registro resultam de uma parceria interinstitucional que envolveu a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a 12ª SR-Iphan, a Secretaria da Cultura de Pelotas e o Lepaarq.
Participaram da pesquisa, além da coordenadora, os professores Fábio Vergara Cerqueira, Maria Letícia Mazzucchi Ferreira, Rogério Rosa, Mario Osório Magalhães, Cláudio Turra Magni, do ICH, e Francisca Michelon, do Instituto de Artes e Design(IAD), além dos estudantes Marília Kosby, atualmente mestre em Ciências Sociais pelo Instituto de Sociologia e Política(ISP), e o acadêmico de História Tiago Lemões da Silva.
Clique no arquivo a seguir para conferir o convite.pdf para a cerimônia .
Coordenadoria de Comunicação Social
Universidade Federal de Pelotas
Palacete Dom João VI, na Praça Mauá, teve grades, luminárias e até janelas furtadas
RIO - Uma vistoria feita pela prefeitura no Palacete Dom João VI, na Praça Mauá, revelou o que décadas de abandono e vandalismo são capazes de fazer com um patrimônio cultural. Realizada há 12 dias, assim que a prefeitura tomou posse oficialmente do palácio, a fim de catalogar seu estado, a visita técnica mostrou que o prédio teve grades de ferro, luminárias, portas, janelas, vitrais e até mesmo as chapas de cobre que recobriam a cúpula furtados.
Construído para abrigar escritórios de órgãos públicos e companhias ligadas ao setor marítimo, o prédio - exemplar da arquitetura eclética do início do século passado - deverá exigir do poder público um grande esforço de recuperação. No local, o município pretende implantar a Pinacoteca do Estado, uma das âncoras culturais do projeto de revitalização da Zona Portuária.
A desapropriação do palacete, que era alvo de uma disputa judicial entre o Fundo de Pensão Porthus e a massa falida do antigo Banco Santos, custou aos cofres públicos R$ 3,5 milhões, segundo informou o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho. O valor da reforma, que será custeada pelo município, porém, ainda será calculado. Um levantamento vem sendo elaborado pela Fundação Roberto Marinho, que assinou, em junho, um convênio com a prefeitura para fazer os estudos preliminares da planta da Pinacoteca, o projeto executivo de restauração da fachada do imóvel e a formatação das exposições que serão apresentadas no local. Orçado em R$ 500 mil, esse estudo tem prazo de 12 meses para ficar pronto.
O Globo
Em uma visita ao canteiro de obras do complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o arquiteto e pesquisador da história de Rondônia, Luiz Leite de Oliveira, falou sobre o projeto da obra e como isso vai afetar todo o acervo histórico da EFMM.
De acordo com Luiz Leite a construção é tida por ele como criminosa, pois em vez da obra realizar uma restauração do complexo ferroviário para abrigar um ponto turístico de relevância internacional, a obra é apenas uma construção em cima da história da estrada de ferro – considerada gênese de Porto Velho.
“Essa obra é criminosa, o que estão fazendo com a cultura e a história de Porto Velho é algo incompressível e inaceitável”, disse Luiz Leite.
De acordo com as placas colocadas no local onde está o canteiro de obras a informação passada é que se trata de uma restauração, porém a empresa contratada para o serviço é uma construtora, fato que descaracteriza as normas de restauração do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Uma denúncia feita pela AAMA (Associação dos Amigos da Madeira Mamoré) no mês de setembro de 2009 conta o que eles chamam de "fuga das normas legais" no projeto de revitalização do pátio da extinta Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Esse fato repercutiu no Brasil e também na Europa e Estados Unidos, pois segundo Luiz Leite e vários membros da AAMA que andam pela estrada de ferro, dormentes do trilho estão sendo arrancados sem nenhuma norma legal em consideração ao valor histórico do patrimônio tombado.
Rondoniaovivo
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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