ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 dezembro, 2009

CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL - 14-12-09

Centro Histórico de Iguape (SP) é Patrimônio Nacional
Nesta quinta (dia 3), o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou como patrimônio nacional o Centro Histórico de Iguape, no litoral sul de São Paulo. No mesmo dia do anúncio, a cidade celebrou 471 anos de fundação.“O título é o reconhecimento do valor do conjunto urbano de Iguape, não só com o processo histórico da formação e ocupação do território brasileiro, mas também com o desenvolvimento do País, desde o início da colonização, passando pelo Ciclo do Ouro, no século 16, a cultura do arroz, no século 19, e a do chá, no século 20, diretamente vinculada com a imigração japonesa para a região”, diz o Iphan por meio de um comunicado.
Panrotas

Livros são descartados e queimados em escola
O fotógrafo João Roberto Alcará flagrou na manhã de ontem, em Bauru, um ato que demonstra, no mínimo, descaso com o patrimônio cultural e histórico. E o pior: cometido em uma escola, que deveria dar exemplo a seus alunos e à população em geral. Ele fotografou o momento em que dezenas de livros antigos eram colocados na rua dentro de sacos de lixo e jogados em uma caçamba, onde foram, inclusive, queimados. O fato aconteceu ao lado da Escola Estadual Ernesto Monte, localizada na Praça das Cerejeiras.“Eu estava passando pelo local entre 11h e meio-dia e vi uma movimentação estranha de pessoas saindo (por um dos portões) da escola carregando pilhas de livros. Uma grande quantidade deles foi deixada na calçada, e muitos outros foram jogados dentro de uma caçamba. Vários deles foram queimados”, conta Alcará.
Segundo ele, quando se aproximou e viu que eram livros, perguntou para as pessoas que estavam no local o motivo do material estar sendo descartado. “Todo mundo se esquivou e não respondeu nada. Como eu continuei insistindo, eles ficaram nervosos e começaram a discutir comigo. Eu disse que ia levar as fotos que tinha feito para o Jornal”, diz o fotógrafo. Indignado, ele pegou alguns livros que estavam no chão para observá-los de perto. “Eram livros, basicamente, das décadas de 30 e 40. Havia livros de história do Brasil, de história infantil e até uma coleção de história natural editada em francês. É um absurdo simplesmente jogarem fora e queimarem tudo isso. Eram muitos livros. Alguns eu peguei, e em todos eles tem o carimbo da escola”, diz Alcará, ao mostrar dois livros “resgatados” por ele. Durante toda a tarde de ontem, a reportagem tentou falar com a diretoria da escola Ernesto Monte, mas a informação passada por uma funcionária foi de que “a escola está proibida de falar com a imprensa sobre o assunto”.
Diante disso, foi consultada também a Diretoria Regional de Ensino, e a informação obtida foi de que a titular do órgão, Ângela Maria Furquim Carneiro, não estava. Por fim, o contato foi feito com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Educação, que no final da tarde respondeu apenas com um e-mail: “A Secretaria de Estado da Educação já determinou que a Diretoria de Ensino de Bauru faça uma apuração preliminar para averiguar responsabilidades e tomar as medidas cabíveis. É importante destacar que a secretaria repudia qualquer ação de desperdício do bem público”.
Jornal da Cidade de Bauru

Teste de DNA pode solucionar mistério da morte de Caravaggio
ROMA (Reuters Life!) - O mistério em torno da morte do mestre da pintura barroca Caravaggio pode ser desvendado em breve graças a testes de DNA - contanto que o corpo certo seja encontrado.
A causa da morte do pintor em 1610 e o paradeiro de seu corpo nunca ficaram claros. Mas uma equipe de antropólogos italianos acredita que os restos mortais de Caravaggio podem estar entre dezenas de corpos enterrados em uma cripta na Toscana graças a recentes pistas históricas.
"Se tivermos a sorte de descobrirmos o crânio de Caravaggio, também seremos capazes de reconstruir sua face, como fizemos em 2007 com Dante Alighieri", disse à Reuters Silvano Vinceti, chefe do Comitê Nacional para o Patrimônio Cultural. As únicas imagens disponíveis do artista até agora são autorretratos.
Especialistas têm várias teorias sobre a morte de Caravaggio. As mais populares são de que o pintor foi assassinado por razões religiosas ou morreu de malária em uma praia deserta da Toscana.
No entanto, em 2001, um pesquisador italiano alegou ter encontrado a certidão de óbito do pintor, provando que ele morreu no hospital.
"Esse documento histórico mostra que Caravaggio não morreu sozinho na praia, mas depois de três dias no hospital, o que significa que o corpo foi enterrado no cemitério de San Sebastiano", disse Vinceti, referindo-se à cidade na Toscana perto de Grosseto.
Mas em 1956, corpos enterrados no pequeno cemitério foram transferidos para Porto Ercole, e especialistas esperam que os restos de Caravaggio estejam entre eles.
A equipe vai ter que examinar os ossos de entre 30 e 40 pessoas, selecionando os que pertencem a jovens que morreram no início do século 17.
"Vamos checar o DNA extraído dos ossos e dentes de combinações possíveis contra os de descendentes do pintor", disse à Reuters o professor Giorgio Gruppioni, que lidera a equipe.
"Infelizmente Caravaggio não teve filhos, mas seus irmãos tiveram e alguns descendentes ainda vivem na cidade no norte da Itália que leva seu nome", disse Gruppioni.
Caravaggio, que criou a técnica da pintura barroca conhecida como "chiaroscuro" (luz e sombra), era famoso por sua vida desregrada.
Ella Ide
O Globo

Segurança em museus se faz também de dentro para fora
Com a citação da frase acima, o presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM-BR), Carlos Roberto Ferreira Brandão, resumiu o que foi discutido durante o seminário “Segurança em Museus: um olhar multidisciplinar”, promovido pela instituição, de 23 a 27 de novembro no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com Brandão, a questão da segurança em museus, arquivos e bibliotecas ultrapassa o trabalho da polícia, dos bombeiros ou dos agentes que guardam as obras nas instituições e diz respeito também às formas como estas são geridas, à educação e à ética no trato com o patrimônio cultural. Propostas sobre essas questões, aprovadas em plenário durante o Seminário, serão dirigidas a vários órgãos públicos, principalmente às Secretarias de Cultura dos estados – para melhorar a segurança das instituições museológicas.
Um exemplo de questão ética, de acordo com Brandão, é a preocupação dos que estão dentro dos museus – e que são responsáveis em dar um valor de mercado para as obras de arte – com a procedência dessas obras. Sem essa diretriz, pode-se contribuir para uma atividade antiética e até ilegal, como o tráfico ilícito de bens culturais.
Entre outras conclusões para melhorar a segurança estão a criação de inventários com a descrição das coleções sob guarda das instituições culturais – para, em caso de furto, poder identificar rapidamente e dar à polícia e órgãos competentes a descrição completa do objeto furtado (com fotografia) – e a criação de uma área específica para gestão de segurança dentro dos quadros de servidores de museus, envolvendo desenvolvimento de estratégias e formação de recursos humanos.
Cerca de 150 profissionais de todo o país participaram das atividades, entre eles museólogos, conservadores, bibliotecários, restauradores, historiadores, especialistas em documentação, em políticas públicas, em gestão cultural, arquitetos, pesquisadores. A meta é que atuem como multiplicadores de práticas de segurança nas instituições de seus estados. Os debates e oficinas contaram com a participação de conferencistas brasileiros e estrangeiros, como gestores de museus, historiadores, representantes do Judiciário e da Interpol, entre outros de diferentes áreas.
Nos últimos anos, no país, inúmeras peças sacras e obras de arte valiosas foram roubadas. Alguns desses roubos tiveram grande repercussão, inclusive internacional, como o dos quadros de Dalí, Matisse, Monet e Picasso do Museu da Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, em 2006. O tráfico de bens culturais já é o quarto crime com maior incidência no país, perdendo apenas para o tráfico de drogas, de armas e o de animais silvestres e espécimes da flora, segundo o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Na questão da segurança, os museus vivem um aparente paradoxo; ao mesmo tempo em que têm de conservar, têm de expor os bens culturais”, diz o presidente do ICOM-BR.
Rio 2013O Brasil, pela primeira vez, foi escolhido para sediar o evento mais importante do Conselho Internacional de Museus, que ocorre a cada três anos. A 23ª Conferência Internacional do ICOM será em 2013 no Rio de Janeiro.
Instituição vinculada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o ICOM foi criado em 1946 e hoje está presente em 150 países. Segundo o presidente do ICOM-BR, Carlos Roberto Ferreira Brandão, a maioria dos participantes do ICOM é de profissionais de países europeus. Um dos objetivos de trazer o congresso internacional para o Brasil é estimular a maior participação de países da América Latina – “onde estão acervos importantíssimos” – e também do Canadá e dos Estados Unidos, que mantém uma organização muito atuante e com objetivos semelhantes que é Associação Americana de Museus.
Segundo Brandão, o ICOM-BR, em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), trabalhará para que o próximo Fórum Nacional de Museus (iniciativa do Ministério da Cultura, o MinC), em 2010, mobilize os profissionais para o evento de 2013. Um dos esforços será para que o Brasil tenha representantes em cada um dos 30 comitês internacionais temáticos do ICOM, entre os quais está o ICMS, voltado para as questões de segurança em museus. Hoje a maior participação brasileira é no comitê internacional de educação.
“O Brasil tem chamado a atenção internacional por sua contribuição no que diz respeito a museus como agentes de mudança social e de novos tipos, como os museus de comunidades indígenas, de favelas, de cultura imaterial – Museu da Língua Portuguesa e do Futebol – e até de eco museus”, revelou Brandão.
Silvana Losekann
Defender

Reforma do Cristo Redentor será concluída neste mês

O Cristo Redentor, monumento visitado por milhares de turistas estrangeiros e brasileiros todos os anos, está sendo reformado. As obras serão concluídas ainda neste mês de dezembro. O projeto prevê a troca de parte do piso que está solto, a limpeza dos balaústres, a troca da grade do estacionamento, a impermeabilização do teto da capela, que apresenta infiltração, e a troca do sistema de pára-raios, que já estava desconectado em alguns pontos do monumento e colocava em risco a segurança dos visitantes.
A revitalização do monumento, considerado não somente um símbolo do Rio, mas também do país, chega em boa hora, porque o Cristo foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, no início deste mês.
O projeto da Arquidiocese do Rio de Janeiro vem sendo executado pela Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop).
Monumento histórico
A estátua do Cristo Redentor tem 38 metros e foi inaugurada em 12 de outubro de 1931. As obras tiveram início em 1926. Projetado por Heitor da Silva Costa, com base em desenho do artista plástico Carlos Oswald, a escultura em pedra-sabão ficou sob a responsabilidade do francês de origem polonesa Paul Landowski.
O acesso mecânico ao monumento, composto por elevadores e escadas rolantes, foi inaugurado em 2002. Em 2007, a estátua foi eleita uma das sete maravilhas do mundo moderno, em votação popular, realizada via internet e celular.
Em outubro deste ano, a Arquidiocese do Rio lançou campanha para arrecadar fundos para a reforma da estátua e de seu entorno.

Agência Rio

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