ATUALIDADES - 5-2-10
Cédulas vão mudar de visual em abril
Mudança anunciada ontem busca garantir maior rigor contra falsificação.
O governo federal lançou ontem uma nova família de cédulas do real que deve chegar às mãos dos brasileiros a partir de abril. A estreia será com as notas de R$ 50 e R$ 100, cédulas que concentram cerca de 95% das falsificações do dinheiro brasileiro. A troca será feita gradualmente, conforme as notas velhas fiquem desgastadas e saiam de circulação.
A impressão das novas moedas de real custará entre 25% e 28% a mais, de acordo com o Banco Central (BC). Isso significa que o custo anual poderá subir dos atuais R$ 300 milhões para R$ 384 milhões.
A expectativa é que as novas notas – com itens de segurança mais modernos e tamanhos diferentes – dificulte a vida dos falsificadores, diminuindo os gastos por conta de fraudes. Dados do Banco Central mostram que, atualmente, existem 143 notas falsas para cada 1 milhão de cédulas em circulação. Em 2009, o prejuízo por conta de falsificações somou R$ 23,5 milhões.
Entre as mudanças para aumentar a segurança está a maior tonalidade na marca d’água, que poderá ser colorida. Além disso, a marca d’água trará o animal de cada nota, como já ocorre nas notas de R$ 2 e R$ 20. Outra diferença é que o registro coincidente visto no contraluz formará o número que corresponde ao valor de cada nota.
Notas passam a ter tamanhos diferentes
As novas notas terão ainda tamanhos diferentes: a nota de R$ 10 terá o tamanho das cédulas atuais. Cédulas de menor valor terão tamanho menor e, de maior valor, serão maiores. De acordo com o diretor de administração do BC, Antero Meirelles, o Brasil já teve cédulas de tamanhos diferentes na década de 1970, na época do cruzeiro. Atualmente 83% dos países têm moedas de tamanhos variados, incluindo o euro e a libra.
Hoje, existem 4,2 bilhões de notas em circulação. A previsão é que a substituição pelas da segunda família seja concluída em 2014.
Para a impressão das novas notas, foi preciso trocar todo o parque gráfico da Casa da Moeda do Brasil no Rio de Janeiro. Foram gastos R$ 400 milhões na modernização da empresa, sendo que um valor entre R$ 200 milhões e R$ 230 milhões foi destinado apenas à compra de novos equipamentos para impressão.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ressalta que, com a consolidação da estabilidade econômica ocorrida nos últimos anos, o real passa a ser tratado também como reserva de valor.
– É natural que a população pense em manter moeda física em casa.
Cronograma de lançamento
Até 2014, previsão é substituir todas as notas hoje em circulação.
As primeiras das novas versões de R$ 50 e R$ 100 chegam em abril.
Diário Catarinense
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