ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

03 fevereiro, 2010

EXPOSIÇÕES - 3-2-10

Campinas-SP - Exposições resgatam obras de pintor acadêmico
Telas de Maurito Ganzarolli estão na Estação Cultura e Estação Ambiental de Joaquim Egídio.
O artista Maurito Ganzarolli é tema de duas exposições em Campinas. A primeira, chamada de "Belas Artes", está na Estação Cultura e é composta de telas de natureza morta. Já a segunda, intitulada "Paisagens", fica na Estação Ambiental de Joaquim Egídio, onde estão organizados alguns dos trabalhos do pintor de cenas e casarões da cidade. As mostras ficam em cartaz até dia 28 de fevereiro.
Gazarolli, morto em 2007, foi famoso no interior do esstado, tendo ganhado o primeiro lugar no Salão de Belas Artes de Limeira e Poços de Caldas, em 1987 e 1990, respectivamente. O artista foi também presidente da Sociedade dos Artistas Plásticos de Campinas e Região.
As exposições são gratuitas. A Estação Culura (aberta diariamente das 8h às 18h) fica na Praça Floriano Peixoto, s/nº, Centro. A Estação Ambiental de Joaquim Egídio (aberta de quarta a sexta das 8h às 17h e aos sábados e domingos das 9h às 13h) está na Rua Professor Manoel Saturnino do Amaral, 19, Joaquim Egídio.
EPTV

Mostra em São Paulo reúne cordéis do pernambucano J. Borges
SÃO PAULO - Na década de 1940, sem rádio e sem televisão, a única forma de se conseguir informação e diversão no agreste pernambucano era pela leitura dos cordéis. Foi nesse ambiente que o então menino José Francisco Borges, natural de Bezerros, começou a se interessar pelos relatos do folclore nordestino e situações do cotidiano da população pobre daquela região que eram publicados em panfletos ilustrados com xilogravuras e vendidos nas feiras locais. "O cordel em mim nasceu desde criança", conta o autor de cordéis e xilografista, conhecido como J. Borges. Aos 74 anos, os trabalhos e a vida do artista autodidata são tema da exposição "A Arte de J. Borges: do Cordel à Xilogravura", em cartaz na Caixa Cultural, em São Paulo.
A mostra abrange a produção mais significativa de Borges em mais de 50 anos de carreira artística. São pelo menos 50 trabalhos, entre cordéis, xilogravuras - técnica de gravura em madeira que reproduz imagens e textos em papel - e matrizes originais. Numa área do espaço destinado à exposição na Caixa Cultural, os organizadores tentam reproduzir a oficina da casa do artista, com objetos e fotos dos filhos e aprendizes do cordelista e imagens da cidade natal dele. No cenário, há também uma barraquinha com os panfletos pendurados em cordas - daí vem o nome cordel.
Ainda que o cordelista já tenha participado de exposições em São Paulo e Brasília, entre outras cidades brasileiras, Pieter Tjables, que divide a curadoria da mostra com Tânia Mills, avalia que artistas populares como J. Borges ainda não estão inseridos no circuito de museus brasileiros, ficando sem locais de exposição permanente de seus trabalhos. "É uma arte pouco visível aqui", comenta Tjables. Otimista, o curador espera que esse "erro histórico" possa ser um dia saldado e observa uma aceitação maior das expressões artísticas populares entre os acadêmicos.
Apostando sempre no humor para mostrar as histórias de sobrevivência, tristezas e alegrias do povo nordestino, aos 21 anos, Borges sentiu a necessidade de ele mesmo ilustrar os seus "gracejos" e, também por conta própria, aprendeu a fazer as xilogravuras. Hoje, ele passa seus conhecimentos para aprendizes e familiares. "Tem artista que acha que ensinar é criar um concorrente, mas eu não acho isso não", diz ele. "Essa arte, quando eu for, embora, tem de ficar divulgada por muitas pessoas." Para Tjables, a continuidade dessa arte popular está garantida. "No dia em que o Borges parar ou vier a falecer, nós temos certeza de que o universo dele irá continuar, vivendo através dos familiares dele", opina.
Borges conta que um cordel pequeno, de oito páginas, consome de três a quarto horas para ficar pronto, mas para publicações mais extensas, em que precisa "criar episódios fortes", a produção pode levar alguma semanas. "E não é qualquer coisa que dá um cordel", enfatiza ele. Rigoroso com as regras do cordel, Borges critica cordelistas das novas gerações, que, segundo ele, não respeitam características como as métricas e a rima positiva. "Tem poetas novos que escrevem muita besteira, que não respeitam a rima e são muito fracos de criação."
Visitas Monitoradas
Para aprender mais sobre o universo de rimas, métricas e xilogravuras, o serviço educativo da Caixa Cultural realiza visitas-ateliês, com jogos e brincadeiras que exploram a obra de Borges, direcionadas a famílias e crianças, aos sábados e domingos, às 10h30 e 14h30. Também aos sábados, das 14h30 às 17 horas, são oferecidas oficinas gratuitas de xilogravura, voltadas a iniciantes e interessados em conhecer a técnica. Há ainda visitas mediadas gratuitas para grupos de até 20 pessoas, que precisam ser agendadas antecipadamente e ocorrem de terça a sexta-feira, às 10, 14, 16 e 19 horas.
A Arte de J. Borges: do Cordel à Xilogravura. Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111, centro). Telefone: (11) 3321-4400. De 31 de janeiro a 28 de fevereiro. De terça a domingo, das 9 horas às 21 horas. Entrada gratuita. www.caixa.gov.br/caixacultural
IGOR GIANNASI
estadao.com.br
Caderno 2


Exposição realizada em Dubai premia artista plástica rio-pretense com um óleo sobre tela que retrata cenas cotidianas
Para confirmar o ditado popular que diz que o que (realmente) importa é a beleza interior foi organizada em Dubai uma exposição de artes de interiores. Além de quadros, a exposição contou com artigos para decoração dos mais diferentes materiais e estilos. Realizada em novembro, a exposição contou com a participação de artistas de vários países e de 40 artistas brasileiros, dentre eles a artista plástica rio-pretense Reasílvia Simardi Toscano.
Com a participação de artistas plásticos, críticos de arte, investidores e empresários de vários países do mundo, a exposição internacional de exibidores e indústrias de design de interiores revelou novos ângulos para os mesmos olhares.
Reasílvia nasceu na Capital. Veio para Rio Preto trabalhar com arquitetura de interiores e há oito anos se dedica apenas às artes plásticas. As artes de Reasílvia já são conhecidas na cidade.
Além das visitas que recebe em seu ateliê, a artista ainda promove e participa de algumas exposições em várias cidades brasileiras. “Já fiz algumas exposições no Sesi e em outras cidade do estado”, diz Reasílvia.
A participação na exposição em Dubai foi intermediada pelo curador Eric Landmayer, da galeria Eric Art Gallery, de São Paulo, que enviou para Reasílvia um convite.
A artista plástica enviou ao curador três de seus quadros, dos quais dois foram selecionados para a exposição. O primeiro, Recife, retrata uma cena comum, que pode ser visualizada por qualquer pessoa que visita a cidade. Ao fundo o mar com um barco de pesca, em primeiro plano, um casal passa as tardes pernambucanas sentados em uma mesa de bar.
No segundo quadro, a cena retratada é na cidade histórica de Parati, do Rio de Janeiro. O pierro, figura popular do Carnaval, é o personagem principal dessa cena. “Não costumo nomear meus quadros. A característica de cada um deles é a representação viva das cenas do cotidiano”, diz.
Na última terça, 26, Reasílvia recebeu a medalha de prata pelo quadro Parati, exposto em Dubai. O quadro de óleo sobre tela encantou os jurados por sua suavidade de cores e profundidade de sentimentos e sensações.
“Além da medalha, Reasílvia ainda recebeu menção honrosa por ter participado da exposição, que foi entregue por Eric Landmayer. Além da premiação, a artista plástica ainda recebeu o convite para participar de outra feira de artes, que será realizada em Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 20 de março.
Rede Bom Dia

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