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s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

15 março, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 15-3-10

Descoberto no Egito sarcófago de rainha desconhecida

Uma missão de arqueologia francesa descobriu, perto do Cairo, o sarcófago de uma rainha da sexta dinastia até agora desconhecida, anunciou nesta quarta-feira o serviço de antiguidades egípcias.
Identificada como Bahnu, ela foi "uma das rainhas da sexta dinastia, que reinou no Egito de 2.374 a 2.192 antes de Cristo. Mas, por enquanto, não sabemos se era esposa de Pepi 1º (2.354-2.310) ou de Pepi 2º (2.300-2.206)", revelou, em comunicado, o chefe do Conselho Supremo de Antiguidades (CSA), Zahi Hawass.
Segundo Philippe Collombert, chefe da equipe francesa, se tratava "provavelmente" da esposa de Pepi 2º.
"Estamos contentes por acrescentar uma rainha até agora desconhecida à história do Egito", disse à AFP Collombert, que é diretor da missão arqueológica francesa de Saqqara e professor da Universidade de Genebra.
A missão fazia escavações na pirâmide que se revelou ser da rainha Bahnu, situada entre um grupo de pirâmides de rainhas, perto da do faraó Pepi 1º, ao sul da pirâmide escalonada de Saqqara, ao sul do Cairo.
A equipe descobriu o sarcófago de 2,6 metros de comprimento e um de altura na câmara funerária.
Em uma lateral do sarcófago, hieróglifos indicam que a rainha é "a esposa do rei e sua amada".
No entanto, a câmara sofreu alguns saques, provavelmente na época do "primeiro período intermediário" (por volta de 2.200 antes de Cristo).
No interior do sarcófago não há mais nada além de bandagens de linho que serviram para envolver a múmia de Banhu, pedaços de madeira, fragmentos ósseos e cacos de cerâmica.
Galal Muawad, inspetor de antiguidades que trabalhou com a equipe francesa, destacou que descobertas deste tipo são muito pouco frequentes.
"A raridade deste sarcófago (...) se deve ao fato de que o corpo principal é de granito rosa, enquanto a tampa é de basalto negro", disse.
AFP


Itália faz acordo com Google para digitalizar um milhão de livros
A Itália e o Google firmaram nesta quarta-feira em Roma um acordo para digitalizar um milhão de livros pertencentes às bibliotecas públicas de Roma e Florença, entre eles obras clássicas de Dante e Petrarca. “O Google financiará a digitalização de tais obras e instalará um centro na Itália para sua realização”, indicou o famoso site de busca em um comunicado. “Trata-se do primeiro acordo que assinamos com um ministério de Cultura de um país”, indicou Nikesh Arora, chefe de vendas do Google, durante uma coletiva de imprensa. “É um acordo muito importante do ponto de vista político. A Itália se coloca na vanguarda neste setor com o desejo de enriquecer consideravelmente o patrimônio cultural gratuito na Internet”, assegurou o ministro italiano de Cultura, Sandro Bondi. Entre os livros que serão digitalizados figuram as obras completas de Dante, autor de “A Divina Comédia”, um dos textos mais importantes da literatura e considerado o “pai do idioma” italiano. Os livros poderão ser consultados na página Google Books. Também será levada para a Internet a obra do poeta humanista Petrarca, assim como as do erudito Giacomo Leopardi e do poeta e escritor Alessandro Manzoni. O Google disponibilizará também cópias digitalizadas de todas as obras nas bibliotecas, que poderão ser consultadas também por outros sites na Internet. Cerca de 285 mil libros já foram catalogados e traduzidos pelo Serviço Nacional de Bibliotecas (SBN), informou o Google. Entre os documentos escolhidos figuram obras raras da biblioteca de Florença, como tratados científicos do século XVIII e textos literários do séxulo XIX. Também poderão ser consultadas a obra de Galileu Galilei e antigos estudos de farmacologia que pertencem à biblioteca de Roma.
Silvana Losekann
AFP
Defender


Bauru-SAP - Burocracia impede passeios da Maria Fumaça Exigência de seguro e nova documentação atravancam projeto cultural
Alex Sanches no galpão ferroviário em que a Maria Fumaça está guardada

Até hoje o telefone de Alex Sanches, do programa Ferrovia para Todos, recebe ligações de pessoas interessadas em participar de passeios na Maria Fumaça 278.
Muitas não sabem que a locomotiva não circula há um ano e meio. Está estacionada num galpão cedido pela ALL (América Latina Logística), impedida de percorrer os trilhos por causa de entraves burocráticos.
“Acho que são questões simples de resolver, mas a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) atravanca”, acusa Alex, que é assistente de maquinista e trabalha na Secretaria Municipal de Cultura.
Os problemas começaram em 2008, com a exigência de seguro específico. Cumprida a determinação, surgiram outros entraves.
Agora a ANTT pediu novo cadastro do projeto, apesar de toda a documentação ter sido enviada em 2004. Depois ainda será necessária a vistoria dos dormentes. A ANTT não respondeu.
‘Fico indignado com a situação’
Defensores da preservação da história estão mobilizados para reverter a situação da Maria Fumaça e ampliar o projeto turístico ferroviário de Bauru.
“Fico indignado com essa situação”, diz o engenheiro Ricardo Bagnato, vice-presidente da Associação de Preservação Ferroviária e Ferromodelismo de Bauru.
Ele encaminhou uma carta a autoridades pedindo mais atenção ao potencial turístico de uma cidade que possui uma locomotiva a vapor e carros de passageiros antigos, tudo restaurado.
“São muitas as prefeituras que investem milhões de reais para ter uma estrutura próxima a de Bauru e criar projetos de passeios turísticos ferroviários”, afirma. “Temos todas as condições e o trem está parado”.
Os preservacionistas temem a perda de parte do patrimônio e citam como exemplo o caso da Maria Fumaça 401, que estava abandonada e foi levada para Campinas pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).
Passeio conquistou simpatia popular
Iniciado em 2004, o passeio na Maria Fumaça era gratuito e conquistou a simpatia popular. No primeiro ano, transportou dois mil passageiros. Em 2007, o número já havia saltado para 22 mil pessoas. No primeiro semestre de 2008, foram 16 mil passageiros.
A locomotiva 278 é de 1919 e chegou a Bauru no ano seguinte. Foi restaurada por meio do projeto Ferrovia para Todos. Parada, recebe manutenção constante.
Bauru tem outra Maria Fumaça, a 404, instalada no Bosque da Comunidade.
A 401, que foi para Campinas, dificilmente volta. “A perda dói a todos que entendem seu significado. Há interesse no retorno, mas temos de fazer a lição de casa. Temos duas Marias Fumaças, uma que funciona e não anda e outra em demonstração. Falta a população se apropriar deste tipo de patrimônio”, diz o presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural, Sérgio Losnak.
Cristina Camargo
Agência BOM DIA
O sarcófago tem 2,6 metros de comprimento e um de altura na câmara funerária

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