ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

14 maio, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 14-5-10




Bienal do Livro de São Paulo faz concurso para escolher slogan
Para concorrer, é necessário escrever frase de até 50 caracteres.
Edição deste ano da festa literária vai acontecer de 12 a 22 de agosto.Clarice Lispector é uma das principais temas da festa (Foto: Site oficial)

A organização da Bienal do Livro 2010 lançou um concurso para escolher o slogan do evento. A 21ª edição da festa literária vai acontecer de 12 a 22 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi, Zona Norte de São Paulo.
Para concorrer, é necessário escrever uma frase original de até 50 caracteres e enviar para o site do concurso www.concursobienaldolivro.com.br. Pode participar quantas vezes quiser, até o dia 11 de junho. O resultado sai, também no site, dia 14, e a premiação acontece dia 17. Os três vencedores, que serão escolhidos por uma comissão, ganharão prêmios.
A Bienal deste ano terá como temas principais do evento Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Lusofonia e livro digital.
Do G1, no Rio

A outra Bíblia - Os Manuscritos do Mar Morto
As escavações em Qumram trouxeram à luz as ruínas de um conjunto de edificações sobre as quais não há consenso entre os arqueólogos: o local pode ter sido um mosteiro, um forte ou um palácio. Um dos inúmeros fragmentos dos pergaminhos e urnas onde ficaram guardados durante 2 mil anos.
Muitos dos eruditos que mantiveram durante décadas o maior segredo em torno dos pergaminhos judaicos encontrados em 1947 terminaram como vítimas da misteriosa descoberta do Mar Morto. Os manuscritos revelam aspectos que eram desconhecidos dos primeiros anos do cristianismo.
John Strugnell era um respeitado erudito, professor das universidades de Oxford, na Inglaterra e Harvard nos Estados Unidos e chefe dos pesquisadores da Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém, que guarda os pergaminhos do Mar Morto desde 1953. Numa tarde de 1990, ele começou a delirar. Proclamava que o Judaísmo era uma “religião horrorosa, abominável”, que “devia ser apagada da face da Terra, como Jesus havia tentado fazer”. A Escola Bíblica de Jerusalém decidiu demiti-lo, devido à pressão do governo israelense, segundo o qual as declarações se Strugnell ofendiam os judeus e o povo israelense. Oficialmente, Strugnell fora demitido “por motivos de saúde”. Entretanto o ataque de loucura de Strugnell não foi algo fora do comum.
Muitos dos eruditos que mantiveram durante décadas o maior segredo em torno dos manuscritos do Mar Morto teriam terminado vítimas em série de uma misteriosa maldição. Os Manuscritos do Mar Morto são dezenas de rolos de pergaminho e milhares de fragmentos escritos no século I por membros seita judaica dos Essênios e encontrados em 1947 em 11 cavernas de Qumram, às margens do Mar Morto, em Israel. Sua leitura revelaria aspectos desconhecidos dos primeiros anos do cristianismo que o Vaticano preferiria manter em segredo.
Quanto à maldição ligada a esses textos, seria uma dramática ameaça que teve seu antecedente no século XIX, quando o arqueólogo Stanley Shapira encontrou textos Essênios na costa do Mar Morto. Shapira acabou suicidando-se alguns anos mais tarde, depois de um prolongado período de críticas mordazes de seus colegas, que não acreditavam na veracidade do achado e o acusavam de haver falsificado os manuscritos, que se perderam para sempre.
Em 1956, três anos depois que a equipe de estudiosos da Escola Bíblica de Jerusalém, encabeçada pelo padre dominicano Roland de Vaux, passou a custodiar e a pesquisar os manuscritos das cavernas de Qumram, John Allegro se rebelou. Esse renomado pesquisador da Bíblia na Universidade de Oxford e único membro leigo do grupo disse publicamente que:
“Os livros do Novo Testamento eram senão uma versão secundária de certos textos achados no Mar Morto e que o “verdadeiro” Jesus havia vivido durante o século II da nossa era”.
Rapidamente desacreditado por seus antigos colegas, bastou para que Allegro se convertesse em um fanático . Lançado em uma luta cega contra o cristianismo, terminou negando enfaticamente a própria existência de Jesus. Allegro não foi o único erudito da escola dominado por complexas paixões.
Vários estudiosos passaram a abraçar o mais desconsolador ceticismo. O lexicógrafo israelense Geza Vermes, professor em Oxford, converteu-se ao catolicismo e depois voltou ao judaísmo, enquanto seu compatriota David Flusser deixou o judaísmo para se tornar pregador do Evangelho. James Tabor abandonou sua fé protestante para se converter em novo fundador da antiga seita judaica dos Ebionitas. Segundo Tabor, foram os herdeiros dos Essênios que habitaram Qumram nos tempos de Jesus.
Uma das maiores fontes de conflito, que perturbou o relacionamento dos pesquisadores dos manuscritos de Qumram, é o segredo imposto pela escola sobre seus achados. Não faltou quem suspeitasse que se tratava de uma confabulação da Igreja Católica para manter intacta a interpretação da Bíblia (como disseram Michael Baigent e Richard Leigh no Livro A Decepção pelos Rolos do Mar Morto). Somente depois que a Biblioteca Huntington da Califórnia obteve fotografias dos manuscritos em 1991 foi que a Secretaria da arqueologia de Israel permitiu a difusão de microfilmes autorizados dos manuscritos. Contudo, a “liberação” dos pergaminhos não aliviou os ânimos. Pelo contrário, jogou mais lenha na fogueira das discussões.
Entre os textos que os estudiosos da Escola Bíblica de Jerusalém haviam publicado antes de 1991, estão partes da Bíblia judaica - os textos conhecidos como Velho Testamento pela Bíblia cristã – da qual foram achados praticamente todos os livros, exceto o de Éster. Outras duas coleções transcritas nos manuscritos de Qumram são os antigos livros apócrifos e os pseudo-epígrafes. Os apócrifos são textos protobíblicos que, segundo alguns eruditos, deveriam fazer parte das Sagradas Escrituras. Os epigrafes são escritos proféticos que a tradição atribui aos patriarcas bíblicos. Também foram publicados partes dos manuscritos que contêm textos referentes às práticas das seitas dos Fariseus, Saduceus e Essênios. Esses últimos são os manuscritos que provocam mais polêmicas, alimentam fantasias e despertam as maiores desconfianças entre os pesquisadores.
Em 1952, estando pacificada temporariamente a Cisjordânia, área de conflito entre Israel e Jordânia, os estudiosos voltaram às cavernas da região onde, em 1947, um ou dois pastores árabes haviam encontrado os primeiros rolos de pergaminho. Com a ajuda dos beduínos, os pesquisadores da Escola Bíblica e da escola Americana de Estudos Orientais percorreram a região durante ano e encontraram nove cavernas, cujo número agora chegava a 11.
Um método derivado da exploração espacial permite ler fragmentos de manuscritos que se pensava serem indecifráveis. Uma grande parte dos pergaminhos não pode ser lida a olho nu e mesmo com métodos fotográficos com luz infravermelha. Entretanto, com o novo sistema , conhecido como Processamento Multiespectral de Imagens, isso torna-se possível. Duas câmeras de vídeo sensíveis a raios infravermelhos – uma para ondas de mil nanômetros e outra para ondas entre mil e 5 mil nanômetros – fotografam os fragmentos e transmitem seus impulsos a um computador, que discrimina cada pequeno detalhe a partir dos pixels em que se dividem os painéis sensores de vídeo e os reordena digitalmente. Dessa forma aparece, aparece na tela a imagem reconstruída até em seus detalhes mais ínfimos. Geregory Bearman foi quem tornou possível o uso desta técnica para ter documentos quando decidiu aplicar seus conhecimentos de análise por meio de raios infravermelhos das superfícies planetárias, pois é especialista nesse assunto no Laboratório de jato Propulsão da Nasa.
Entretanto, foi na caverna III que apareceu o misterioso rolo de cobre, uma verdadeira exceção entre os manuscritos achados até então.
O rolo de cobre estava no fundo da caverna, escondido entre as pedras soltas e dividido em duas partes. Sem necessidade de abri-lo foi possível ver que estava coberto de textos, pois as incisões feitas pelo escriba eram tão fundas que haviam ficado marcadas em relevo no verso. O rolo pode ser aberto algum tempo depois no Instituto Tecnológico de Manchester, Inglaterra, pois o cobre estava completamente oxidado. Assim que viu uma pequena parte do material, o pesquisador alemão Karl G. Kuhn descobriu que não se tratava de um escrito religioso, mas de uma espécie de mapa do tesouro. Quando foram fotografadas as diversas partes do rolo, os fascinados estudiosos trataram de decifrar o “mapa” para encontrar as “riquezas dos essênios”.
John Allegro, ansioso para encontrar as fabulosas riquezas que o rolo de cobre parecia anunciar, dirigiu-se à região e percorreu, incansável, cada metro da área sem o menor êxito. A frustração derivada dessa experiência foi uma das causas de sua doença e desvario.
O rolo de cobre é completamente diferente dos demais. Em vez de textos religiosos ou históricos, contém exclusivamente uma longa lista de 64 lugares onde há ouro e prata escondidos que dariam toneladas. Até agora, ninguém encontrou uma só pista que pudesse levar a um tesouro de verdade. Especialistas acreditam que o tesouro é imaginário. Nem foi possível descobrir a causa de outra das anomalias próprias do rolo de cobre: a existência de textos em grego, únicos no conjunto de manuscritos do Mar Morto.
A supressão dessas “Escrituras apócrifas” – designação popular de Evangelhos Gnósticos – que registram fatos específicos e documentáveis sobre o início da história cristã, representou o triunfo daquilo que hoje conhecemos como a doutrina central da igreja sobre uma grande variedade de outras formas de pensamentos religiosos.

Carta-resposta de uma Professora e Doutora Portuguesa para Maité Proença
Exma. Senhora:
Foi com indignação que vi a ‘peça cómica’ que fez em Portugal e passou no programa Saia Justa em que participa. Não que me espante que o tenha feito – está à altura da imagem que há muito tenho de si, pelo que me tem sido dado ver pelos seus desempenhos – mas sim pelo facto da TV Globo ter permitido que tal ignorância fosse para o ar.
Só para que possa, se conseguir, ficar um pouco mais esclarecida:
A ‘vilazinha’ de Sintra é património da Humanidade, classificada pela UNESCO e unanimemente reconhecida como uma das mais belas e bem preservadas cidades históricas do mundo; Em Portugal, onde existem pessoas que olham para o mouse do seu computador como se de uma capivara se tratasse, foi onde foi inventado o serviço pré-pago de telefones móveis (os celulares) – não existia nenhum no mundo que sequer se aproximasse e foi também o que inventou o sistema de passagem nas portagens (pedagios, se preferir), sem ter que parar – quando passar por alguma, sem ter que ficar na fila, lembre-se que deve isso aos portugueses.
É um dos países do Mundo com maior taxa de penetração de computadores e serviços de internet em ambiente doméstico. É o único país do mundo onde TODAS as crianças que frequentam a escola têm acesso directo a um computador (no próprio estabelecimento de ensino) – e em Portugal TODAS as crianças vão à escola... Muitas delas até têm um computador próprio, para seu uso exclusivo, oferecido ou parcialmente financiado pelo Ministério da Educação – já ouviu falar do Magalhães? É natural que não... mas saiba que é uma criação nossa, que está a ser adquirida por outros países.
Recomendo-o vivamente – é muito simples e adequado para quem tem poucos conhecimentos de informática.
Somos tão inovadores em matéria de utilização de tecnologia informática e web nas escolas, que o nosso caso foi recomendado por especialistas americanos, como exemplo a seguir, a Barack Obama, que é só o
Presidente dos Estados Unidos – ao Sr. Lula da Silva tal não seria oportuno, porque ele considera que a Escola não é determinante no sucesso das pessoas (e, no Brasil, a julgar pelo próprio, tem toda a razão).
A internet à velocidade de 1 Mega, em Portugal há muito que é considerada obsoleta – eu percebo que não entenda porquê, porque no Brasil é hoje anunciada como o grande factor diferenciador a transmissão por cabo que já não nos interessa. Já estamos noutra – estamos entre os países do mundo com a rede de fibra óptica mais desenvolvida.E nesse contexto 1 Mega é mesmo uma brincadeira.
O ditador a que se refere – o Salazar – governou, infelizmente, ‘mais de 20 anos’, mas para a próxima, para ser mais precisa, diga que foram 48 (INFELIZMENTE, é mais do dobro de 20). Ainda assim, e apesar do muito dano que nos causou a sua governação, nós, portugueses, conseguimos em 35 anos reduzir praticamente a ZERO a taxa de analfabetos e baixar para cifras irrisórias o nível de mortalidade infantil e de mulheres no parto onde estamos entre os melhores do mundo.
Criar uma rede viária que é das mais avançadas do mundo – em Portugal, sem exceder os limites de velocidade e sem correr risco de vida, fazemos 300 km em duas horas e meia (daria tanto jeito que no Brasil também fosse assim!).
Melhorar muito o nível de vida das pessoas, promovendo salários e condições de trabalho condignos. Temos ainda muito para fazer nesta matéria, mas já não temos pessoas fechadas em elevadores, cuja função é apenas carregar no botão do andar pretendido – cada um de nós sabe como fazê-lo e aproveitamos as pessoas para trabalhos mais estimulantes e úteis; também já não temos trabalhadores agrícolas em regime de escravatura – cada pessoa aqui tem um salário, não trabalha a troco de um prato de comida.
Colocar-nos na vanguarda mundial das energias renováveis, menos poluentes, mais preservadoras do planeta; enquanto uns continuam a escavar petróleo, nós estamos a instalar o maior parque de energia eólica do mundo(é a energia produzida a partir do vento).
Poderia também explicar-lhe quem foi Camões, Fernando Pessoa, etc., cujos túmulos viu no Mosteiro dos Jerónimos, mas eles merecem muito mais.
Ah!, já agora, deixe-me dizer-lhe também que num ponto estou muito de acordo consigo: temos muito pouco sentido de humor. É verdade. Não acharíamos graça nenhuma se tivéssemos deputados a receber mesada para votarem num certo sentido, não nos divertiria muito se encontrassem dirigentes políticos com dinheiro na cueca, não nos faria rir ter senadores a construir palácios megalómanos à conta de sobre-facturação do Estado, não encontramos piada quando os políticos favorecem familiares e usam o seu poder em benefício próprio. Ficaríamos, pelo contrário, tão furiosos, que os colocaríamos na cadeia. Veja só – quanta falta de humor. Mas, pelo contrário, fazem-me rir as sessões plenárias do senado brasileiro. Aqui em
Portugal , e estou certa que em toda a Europa, tal daria um excelente programa de humor.
Que estranho, não é?
Para terminar só uma sugestão: deixe o humor para quem no Brasil o sabe fazer com competência (e há humoristas muito bons no Brasil). Como alternativa, não sei o que lhe sugerir, porque ainda não a vi fazer nada que verdadeiramente me indicasse talento...
Peço desculpa por não poder contribuir.
Mafalda Carvalho - Professora Doutora da Universidade de Coimbra

Na briga política da Bahia, Pelourinho é que sofre

SALVADOR. É tarde de segunda-feira e os termômetros do Pelourinho, no Centro histórico de Salvador, marcam 29 graus. Sentado ao lado do prédio da antiga Faculdade de Medicina da Bahia, o artista de rua e artesão Vicente Neto, o Neto dos Bonecos, de 41 anos, lamenta:
- Há seis, sete anos, com o sol do jeito que está hoje (ontem), isso aqui ficava cheio de turistas. Mas, agora, é só um vazio.
Cria do Pelô, como são chamados na intimidade os mais de 400 casarões e igrejas situados onde a capital baiana começou, o artista especializado no teatro de bonecos reflete o sentimento expresso na estreia de Caetano Veloso como colunista do GLOBO. Em artigo publicado domingo, o cantor e compositor desabafa sobre o abandono a que foi relegado um dos mais importantes cartões-postais da cidade.
As críticas feitas ao modo como o governo petista vem tratando o Pelourinho encontraram eco nos setores que gravitam em torno dele. Intelectuais, artistas, comerciantes, administradores públicos, além de turistas e moradores que já conhecem o lugar, deram a Caetano o tom da unanimidade, uma melodia que ele quase nunca alcança.
- Foi uma análise crítica que mostra claramente a situação que o Pelourinho se encontra. O papel do estado tem que ser de fomento. Quando se trata de um patrimônio como esse, é preciso esquecer a política partidária - diz o subprefeito do bairro, José Augusto de Azevêdo Leal.
Conhecedor do caleidoscópio sociocultural que caracteriza o Pelô, com 50 décadas de vivência no coração do Centro Histórico de Salvador, Leal se refere ao que a oposição ao PT no estado, encabeçada pelo DEM e PSDB, considera a origem do problema: a tentativa de destruir os símbolos da política carlista.
Pérola do terceiro governo do polêmico político baiano Antonio Carlos Magalhães (1990-1994), o Pelourinho passou por um grande processo de revitalização. A reforma do bairro, elogiada no artigo de Caetano, desafeto do senador morto em 2007, transformou o Pelô no ponto mais visitado de Salvador na década de 90, segundo dados da Bahiatursa, órgão estadual responsável pela indústria do turismo.
O governo do estado, através de sua assessoria, negou qualquer tentativa da administração Jaques Wagner de sepultar o cartão-postal.
- O processo de revitalização feito pelo governo ACM se mostrou errado do ponto de vista econômico e social. Tiraram o aspecto de habitabilidade do local, o que se revelou ineficiente ao longo dos anos. O governo do estado reconhece o direito à manifestação de Caetano Veloso, mas não admite que tenha abandonado o Pelourinho. Há uma série de melhorias em andamento.
O Secretário estadual de Cultura, o diretor de teatro Marcio Meirelles, citado no artigo, preferiu não comentar as críticas do cantor, de quem é amigo. No entanto, listou investimentos feitos por sua pasta para evitar o esvaziamento da área.
Em 2010, segundo a Secretaria Estadual de Cultura, foram injetados R$ 2,4 milhões para atrações artísticas no programa cultural Tô no Pelô, na tentativa de devolver público ao local. Contudo, dos 76 casarões previstos para serem restaurados no Programa Monumenta, através do governo federal, apenas seis foram recuperados.
O presidente da Associação dos Comerciantes do Centro Histórico, Lener Cunha, encomendou uma pesquisa na qual, segundo ele, 97% dos mais de cem lojistas do Pelourinho se dizem insatisfeitos com a postura do atual governo.
- Até os incentivos fiscais, como redução de ISS, não foram cumpridos - afirma.
Segundo o subprefeito Leal, os comerciantes se queixam do que consideram descaso do poder público com o setor.
- Eles, de fato, vêm muito aqui se queixar da falta de segurança, do baixo movimento, da falta de uma programação cultural que sustente o movimento, da quantidade de mendigos e garotos de rua que assediam turistas. E tudo não é uma questão de dinheiro. É de atitude, de atitude - repete.
Jairo Costa Júnior
O Globo

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