ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

21 maio, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 10-5-10

Iguape será tombada com festa em junho
SANTOS - O tombamento da cidade de Iguape como Patrimônio Cultural, Histórico e Paisagístico do Brasil acontecerá de 2 a 6 de junho durante o evento "Revelando São Paulo - Vale do Ribeira". A prefeitura trabalha para promover na mesma ocasião um encontro envolvendo todas as Casas de Patrimônio do Brasil, evento semelhante ao promovido em novembro do ano passado em Nova Olinda, no Ceará.
Iguape recebeu o tombamento federal no dia 3 de dezembro do ano passado, na cidade de São João Del Rei, Minas Gerais. A proposta de tombamento defendeu que a complexidade e a singularidade do patrimônio do Vale do Ribeira resultam da sua história, de seu povoamento, das estratégias e contingências econômicas, do território e das sociabilidades, que são sua paisagem cultural.
A área tombada compreende o Centro Histórico, o antigo sistema portuário fluvial e marítimo, incluindo o Canal do Valo Grande, e o Morro da Espia. A superintendente do Iphan no estado, Anna Beatriz Ayroza Galvão, ressalta que, de forma pioneira, antes mesmo que o tombamento de Iguape acontecesse, foi inaugurada a Casa do Patrimônio para criar vínculos com a população.
João Marcos Rainho
DCI

Las microondas secan libros
Una original tecnología checa, desarrollada por especialistas de la Academia de Ciencias Checa con sede en Praga, empieza a ser utilizada para secar libros, mapas y documentos procedentes de bibliotecas y archivos anegados durante las catastróficas inundaciones del pasado mes de agosto. Para el secado de libros mojados los científicos utilizan la radiación microondas Um Checa tecnologia original, desenvolvido por especialistas da Academia de Ciências da República Checa, em Praga, começou a ser usado para secar livros, mapas e documentos de bibliotecas e arquivos inundadas durante as cheias catastróficas agosto do ano passado. Para a secagem cientistas livros Wet uso da radiação de microondas
A Milan Hájek, jefe del Centro de tecnología microondas de la Academia de Ciencias Checas se le ocurrió inmediatamente después de las inundaciones del pasado mes de agosto que para el secado de libros mojados se prestarían perfectamente las microondas. A Hájek Milan, chefe do Centro de Tecnologia de Microondas da Academia das Ciências checa veio imediatamente após as enchentes em agosto passado que, para secagem livros molhados prestam-se perfeitamente microondas.

 
Se trata de ondas electromagnéticas de menos de 1 centímetro de longitud. Primero se utilizaron en los radares y en las correspondientes instalaciones militares los soldados se dieron cuenta que delante de un emisor radar de microondas se podían asar rápidamente las salchichas. onda eletromagnética é inferior a um centímetro de comprimento. Em primeiro lugar utilizado no radar e instalações militares em causa os soldados perceberam que na frente de um transmissor radar de microondas podem cozinhar rapidamente as salsichas. Los primeros microondas de cocina empezaron a fabricarse hace treinta años. A culinária de microondas produzido pela primeira vez começou há trinta anos.
Y precisamente con un microondas en su cocina empezó los experimentos con el secado de libros mojados Milan Hájek de la Academia de Ciencias Checa. Pero antes de iniciar su búsqueda, estableció contacto con el presidente de la Asociación Europea de Microondas, el profesor de la Universidad de Cambridge, Ricky Metaxas. E é com um microondas na cozinha começou a secar suas experiências livros molhados Milan Hájek da Academia Tcheca de Ciências. Mas antes de começar sua pesquisa, contatou o presidente da Associação Europeia de microondas, Professor da Universidade Cambridge, Metaxas Ricky.
Y cuál no fue la sorpresa del científico checo al enterarse por el prestigioso catedrático que nadie en el mundo había intentado todavía secar libros mojados con radiación microondas. E o que não foi nenhuma surpresa para aprender professor cientista checo na prestigiada do que ninguém no mundo ainda não tinha tentado seca livros molhados com radiação de microondas. Milan Hájek tomó entonces un montón de libros viejos, los mojó en la bañera de su apartamento, metiéndolos después uno tras otro en el microondas de su cocina para ver qué pasaba. Hájek Milan, em seguida, tomou um monte de livros velhos, o molhado na banheira de seu apartamento, em seguida, colocá-los um após o outro no microondas na cozinha para ver o que aconteceu.
El científico pudo observar que los libros se secaban rápidamente y que salía de ellos el vapor...hasta que en un momento dado empezaban a quemarse. O cientista percebeu que os livros são secas rapidamente eo vapor que sai deles ... até que em um ponto começou a queimar. Entonces Milan Hájek consideró prudente proseguir la investigación en el laboratorio de su centro científico. Então Milan Hájek considerado prudente para continuar a pesquisa no laboratório do centro de ciência.
Los inconvenientes del secado de un libro en un microondas corriente se deben al hecho de que en el interior de este electrodoméstico el campo electromagnético no es uniforme. As desvantagens da secagem de um livro em um microondas atual é devido ao fato de que este aparelho no interior do campo magnético não é uniforme. Existe el peligro de que algunas partes del libro se sequen demasiado, se chamusquen y empiecen a arder. Existe o perigo de que partes do livro está muito seca, começam a secar e queimar.
El peligro aumenta cuando el volumen se compone de distintos materiales, como las hebillas metálicas que pronto se vuelven candentes. O perigo aumenta quando o volume é composto de diferentes materiais, tais como fivelas de metal que, em breve tornar-se quente. Milan Hájek inició intensas investigaciones y experimentos para superar estos inconvenientes. Hájek Milan começou uma intensa pesquisa e experimentos para superar esses inconvenientes.
El científico checo verificó que en algunas fábricas de papel utilizan la tecnología microondas para secar un determinado tipo de papel. O cientista checo constatou que algumas fábricas de papel utilizando a tecnologia de microondas para secagem de um determinado tipo de papel. Sin embargo, con los libros no son así. No entanto, os livros não estão bem. Las hojas se confeccionan partiendo de un determinado tipo de material, la encuadernación de otro, ya una clase distinta de papel se imprimen las ilustraciones. As folhas são feitas a partir de um certo tipo de material, a ligação de outro, um tipo diferente de papel é impressa ilustrações.
Todo está pegado con cola u otro pegamento que se calienta por la radiación microondas de otra manera que el resto del libro. Tudo é colada com cola ou cola de outros, que é aquecida pela radiação de microondas de forma diferente do que o resto do livro. La tinta de imprenta contiene, por ejemplo, hollín que absorbe la energía de las microondas de manera que los caracteres pueden quemar la página en la que están impresos. A tinta de impressão contém, por exemplo, fuligem absorve energia das microondas de modo que os personagens podem queimar as páginas que são impressas. Lo mismo pasa con las letras doradas de las tapas. O mesmo vale para a letras douradas na capa.
Milan Hájek y sus colegas de la Academia de Ciencias Checa acabaron por resolver todo este cúmulo de problemas y construyeron un equipo microondas experimental que emite una radiación de tal intensidad que permite secar los libros sin dañarlos. Milan Hájek e colegas da Academia de Ciências da República Checa, eventualmente, resolver este conjunto de problemas e construiu uma máquina experimental que emite radiação de microondas de tal intensidade que permitiu secar sem danificar os livros. El libro secado queda, además, libre de bacterias. O livro de secagem também é livre de bactérias.
El equipo experimental es capaz de secar diariamente entre 30 y 50 libros. Se prevé que desde el mes de enero se pondrá en marcha una instalación de secado por microondas de gran envergadura cuya capacidad será de entre 500 y 1000 libros por día. O equipamento experimental é capaz de secar diariamente entre 30 e 50 livros. Prevê-se que a partir de Janeiro vai começar uma instalação do microondas uma grande capacidade de secagem será entre 500 e 1.000 livros por dia. Cuando se sequen todos los libros afectados, la instalación no permanecerá ociosa ya que podrá ser utilizada para secar materiales en la esfera industrial. Quando secar todos os livros envolvidos, a instalação não fica ocioso, porque eles podem ser usados para a secagem de materiais na área industrial.
Eva Manethová

O chamego do lobisomem
O choque de realidades da Virada Cultural de São Paulo
Foto: Agência Estado
Praça Julio Prestes durante a Virada Cultural

Parece uma guerra dos mundos a Virada Cultural da cidade de São Paulo. Durante parcas 24 horas, a lógica da destruição entra em confronto de morte com a estética da construção. Um ambiente que nos demais 364 dias do ano mais se assemelha a uma imensa praça de guerra faz, de repente, a virada para um cenário feérico de festa, diversão e harmonia. No choque entre duas realidades opostas, a cidade parece estar em guerra pela paz. E a festa guarda, ainda, um semblante assustador de holocausto nuclear ou de fim do mundo.
Num dos tradicionais cinemas pornôs do centro, o Cine Dom José, a programação extraordinária é totalmente devotada a filmes de lobisomem. O velho e imponente cinema está cheio, embora não lotado. O filme é Grito de Horror, de Joe Dante, sobre uma repórter de TV que luta contra lobisomens, mas acaba por se tornar um deles. Na primeira cena de grande tensão, um homem sofre de todas as dores imagináveis ao se converter em homem-lobo. Ao mesmo tempo, uma briga eclode dentro da sala de cinema: um homem reclama de três jovens de aspecto gótico que lhe atiraram água, dois grupos se formam e se agridem mutuamente, as luzes se acendem, espectadores assustados largam o filme de terror pelo meio por medo da realidade.
Lá fora, a sujeira habitual do centro degradado não só prevalece, como aumenta exponencialmente com o assédio de estimados 4 milhões de cidadãos ao evento promovido pela prefeitura. Conflitos à parte, São Paulo faz valer por algumas horas uma utopia de convivência democrática entre os mais variados grupos e camadas sociais. Na mesma frente de batalha, estão engalfinhados negros, pardos, brancos, gays, héteros, mulheres, homens, transexuais, jovens, idosos, crianças, religiosos, ateus, (muitos) pobres e (poucos) ricos. Hoje não estão em guerra uns contra os outros, mas curiosamente a impressão é de que estão – daí o nervosismo causado pelo filme farsesco de lobisomem, talvez?
Os shows que passam como filmes diante dos olhos e ouvidos durante a caminhada ajudam a compor um monumental teatro de contrastes. Vanusa e Tulipa Ruiz. Luiz Caldas e Booker T. Gringos que fingem ser bandas mortas há deécadas e o jazz-candomblé futurista da Orquestra Rumpilezz do baiano Lettieres Leite. Wilson Simonal na voz de seus filhos e Wilson Simonal em pessoa nas picapes dos DJs. A festa carioca Bailinho instalada, confortável e surpreendentemente, no cenário íngrime e inóspito da Ladeira da Memória. Um show de alguém que o cidadão detesta de repente se revela uma ótima e divertida atração. A cracolândia, por incrível que pareça, está cheia de vida nas poucas horas de carinho que alguém resolveu dedicar a elas. E os homens-zumbis que costumam zanzar por ali feito bailarinos de Michael Jackson em Thriller, onde será que se esconderam hoje?
O gigantismo dos palcos contrasta com uma programação marginal que não está registrada nos mapas da festa, mas por golpes de sorte se revela a mais sensacional da Virada. Um pequeno aglomerado toca e dança xaxado na praça da Biblioteca Municipal. Um grupo de negros quase sem instrumentos musicais comanda o samba na rua do Arouche. A cultura, como a guerra e a paz, se revela algo que se faz no chão de asfalto, mais que nas alturas dos palcos iluminados. Os bêbados e os sóbrios balançam as cabeças ao mesmo tempo, por motivos diferentes, ou pelos mesmos motivos.
Outra atração que não tem horário marcado na programação oficial é a arquitetura do centro da cidade, de tirar o fôlego de quem possa admirá-la sem as aflições de todo dia. O prédio decadente e malcuidado da av. São João é transformado por projeções e pulsa ao som da música eletrônica, ganhando durante uma madrugada a vida que dissimulará no resto do ano. O garoto de periferia que para e admira aquele inesperado transformer se esquece, por ora, da pichação que fez outro dia no banheiro do parque Ibirapuera: “Só venho ao centro porque preciso trabalhar. Se pudesse ficava sempre na periferia”.
Milagrosamente, está quase tudo em paz e harmonia – “apenas” um adolescente morreu durante a guerra de mundos de 24 horas. Um dos lugares mais bacanas para estar, durante essas horas esquisitas, é a praça Roosevelt, o mesmo cenário pós-apocalipse onde outro dia atiraram no dramaturgo. Ali acontece uma “convenção de nerds”, ou algo que o valha. É um formidável espetáculo de convivência pacífica em que se esbaldam juntos Darth Vaders, princesas, robôs com espadas de luz à la Guerra nas Estrelas, gente com figurinos vitorianos ou máscaras venezianas, polichinelos e outros personagens de desenho animado, todos em carne e osso.
Trata-se da mais perfeita metáfora para a Virada Cultural de uma cidade que no resto do tempo não se respeita (a propósito, os rios Tietê e Pinheiros foram convidados para a refestança?). A convivência cenográfica entre diferentes simulada pelos “nerds” da Roosevelt é a mesma que está acontecendo, no duro, ao vivo e em cores, nas ruas, largos, praças e fronts ao redor. O próximo desafio, para os gestores da Virada e para os que dela usufruem, poderia ser expandir a ficção científica de lobisomens fofinhos doidos por um chamego para os dias duros da “vida real” além-virada.
Pedro Alexandre Sanches, repórter especial iG

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