CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 16-7-10
Jardim da orla de Santos vira patrimônio histórico
Foto: Rosely Atanes/vc repórter
O jardim na orla de Santos foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat). A decisão foi tomada durante uma reunião realizada no dia 28 de junho. Os postos de salvamento, ciclovia, chuveirinhos e monumentos também serão protegidos. O tombamento vai do calçadão da areia ao passeio da avenida. Segundo o secretário municipal de Planejamento, Bechara Abdala, a decisão analisou as questões de manutenção e vai permitir que a prefeitura faça todos os reparos que são sempre necessários. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
O jardim tem 5.335 metros de extensão e 218 mil m² de área. Os 920 canteiros possuem mais de 70 espécies de plantas ornamentais, 853 árvores e 1.088 palmeiras. Após o verão de 2011, a prefeitura planeja uma reforma na orla. Ela já assinou convênio que garante mais de R$ 13 milhões de recursos do Departamento das Estâncias (Dade), do governo estadual. Para manter o jardim arrumado o custo médio por ano é de R$ 500 mil.
Redação Terra
VC Reporter : Rosely Atanes, de Santos (SP)
Vestígios de embarcação do século XIX deram à costa em Ovar, Portugal
Vestígios do que aparentam ser de um navio do século XIX foram encontrados na praia do Furadouro, em Ovar, e estão agora a ser estudados pelo IGESPAR, que atribui a importância da descoberta à raridade desse tipo de ocorrência.
"Este achado é importante porque não é frequente encontrarem-se vestígios bem conservados de navios do século XIX", afirma o arqueólogo Francisco Alves, chefe da Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR). "Há bastante iconografia relativa às embarcações desse período, mas este tipo de construção não está abundantemente documentado com peças reais".
Os vestígios encontrados no Furadouro em finais de Junho pertencem a diferentes componentes de uma embarcação de grande porte: uma quilha de madeira com cerca de sete metros de comprimento (que é a peça forte que vai da proa à popa do navio e à qual se fixa o cavername), uma sobrequilha com idêntica dimensão (a peça que, no interior do barco, cobre a quilha para apertar as cavernas) e vários fragmentos do cavername (que é o conjunto das armações transversais que dão forma ao casco do navio).
Francisco Alves declara que em causa está "um pequeno conjunto de enormes peças particularmente relevantes na estrutura de um navio" e propõe-se retirar do seu estudo "informação inédita sobre este tipo de embarcações ou dados novos que permitam complementar o conhecimento que já existe sobre esta matéria".
Inicialmente, a equipa de investigadores do IGESPAR considerou a possibilidade de enviar as referidas peças para Miami, onde essas seriam sujeitas a testes de radiocarbono para datação dos materiais, mas, entretanto, a ideia "já foi posta de parte".
"Descobrimos na quilha pregos que evidenciam revestimento folheado a cobre", explica o arqueólogo, "e essa é uma técnica que se tornou muito comum a partir do final do século XVIII, para proteger a madeira que está imersa na água".
Os testes de radiocarbono tornaram-se dispensáveis porque "o seu resultado indica uma faixa de probabilidade menos rigorosa do que a que está associada a este aspeto específico do revestimento de cobre".
O que continua a ser necessário é "sensibilizar a comunidade para a forma como deve tratar estes achados quando eles dão à costa", realça Vítor Ferreira, vice-presidente da Câmara Municipal de Ovar.
O autarca adianta que os vestígios que agora estão a ser analisados pela equipa do IGESPAR foram descobertos por um cidadão do concelho, o fotógrafo João Cunha, e considera que, se não fosse "pelo conhecimento que esse munícipe já tem em relação a temas náuticos", o valor do achado poderia ter passado despercebido.
"Ao olhar para aquelas peças, qualquer outra pessoa teria dito que elas davam é bom material para lenha", explica o autarca.
António França, responsável pela secção de Património Histórico e Museus da Câmara de Ovar, concorda que "é preciso ensinar às pessoas qual o comportamento a ter nestas situações", para melhor se lidar com descobertas como as dos últimos 30 anos, quando "deu à costa em Ovar uma âncora antiga em muito bom estado, por exemplo, e uma arma do século XVIII".
"Ao longo dos 900 quilómetros da costa portuguesa estão afundadas centenas ou milhares de embarcações de todos os tipos e tamanhos", assegura esse responsável. "Por influência de correntes e tempestades, de vez em quando os restos desses barcos aparecem na praia e as pessoas têm que ter noção de como devem tratar essas peças, e de quem devem chamar para as recolher".
Jornal de Notícias
Conservação de obras de arte em papel
Tratando da serigrafia com um caráter mais voltado as artes plásticas, um dos suportes ou substratos mais usados que podemos citar é o papel.
Há ainda uma certa resistência quanto a utilização do papel em obras de arte em função de sua fragilidade. Entretanto, alguns cuidados básicos são fundamentais para a preservação de uma obra em papel. Se pensarmos que existem gravuras impressas por xilo ou metal feitas no Renascimento que resistem até os dias atuais, veremos que o papel não é tão perecível assim.
A primeira providência a ser tomada em relação à conservação de obras em papel deve partir do próprio artista, ou de seu impressor/editor, no momento da escolha do papel que servirá como suporte para a obra.
Um papel de boa qualidade, que seja neutro ou alcalino, garante melhor conservação.
Além disso, é necessário que sejam adotados também alguns procedimentos para o acondicionamento, montagem e exposição dos trabalhos, como por exemplo:
1. Temperatura entre 12º C e 22º C.
2. Umidade relativa do ar entre 45 e 55%
3. Temperatura e umidade devem ser sempre constantes.
4. Luz: uso de filtros anti-UV (ultravioleta)
5. Higienização periódica do acervo
6. Proibição de alimentos próximos às áreas de serviço.
7. Não colocar nenhum material que contenha ferro, próximo de acervos de papel. Ex.: clips, grampos metálicos, caixas, instrumentos ou armários que estejam enferrujados.
8. Não colocar pesos sobre as obras.
9. Não utilizar fita adesiva em contato com a obra.
10. Manter afastado 15 cm do chão a última prateleira da estante, mapoteca ou armário.
11. Manter o acervo distante de áreas próximas a encanamentos.
12. Manter o ambiente arejado e limpo.
13. Vistoriar o acervo periodicamente.
14. Utilizar papéis ou cartões de boa qualidade nas montagens, nas exposições, nos transportes ou na guarda.
MONTAGEM IDEAL:
As obras de arte devem ser protegidas por passe-partout (cartão montado em forma de moldura ou “janela”, composto de fibras 100% algodão ou linho, ou com papéis com baixo teor de lignina - substância que se deposita nas paredes das células vegetais, conferindo rigidez. É o que dá consistência à madeira, a qual pode conter até 25% de lignina.).
Em toda montagem os papéis deverão ser de boa qualidade, ou seja, não ácidos, de preferência alcalinos. Os papéis para fixação (juntas e lombadas em livros) poderão ser tiras em papel japonês, pois são leves, fortes e flexíveis, sendo compostos por longas fibras de celulose pura. Os mais recomendados são os de fibra de kozo.
As colas mais indicadas são as de amido ou de metilcelulose.
A proteção transparente (vidro) deve proteger de radiações ultravioleta. Ex.: UF 3, Plexiglas (Rohm and Haas). O acrílico não é aconselhável para: pastéis, desenhos a carvão ou objetos com material friável, (que pode reduzir-se a fragmentos ou a pó) pois causam acúmulo de eletricidade estática. A obra não deve ser colocada diretamente em contato com o vidro, pois se devem evitar choques com as mudanças de temperatura do ambiente. Para isso, o passe-partout deve ter pelo menos uma altura mínima de 3 mm.
A moldura deve ser forrada com cartão de boa qualidade, fechada hermeticamente, com tiras de papel cola.
Os objetos de papel deverão ser expostos em áreas de iluminação moderada, seca e com pouca variação de temperatura e umidade.
MOBILIÁRIO PARA ACONDICIONAMENTO
Madeira: deverá ser selada com poliuretano hidrossolúvel, com prateleiras revestidas com laminado metálico inerte.
Aço: deverá ser pintado ou revestido com acabamento resistente.
Armários metálicos: deverão ter acabamento em verniz seco em estufa.
Obs.: Obras em grandes dimensões devem ser guardadas em mapotecas ou em caixas especiais, sempre em pastas ou invólucros apropriados. Obras em papel, em geral, não devem ser enrolados, nem acondicionados em sacos plásticos. É aconselhável uma proteção com interfolhagem em papel alcalino. Para evitar presença de umidade, podem ser utilizados sachês com sílica gel ou timol.
foto ALEXANDRA COUTO/LUSAO tombamento vai do calçadão da areia ao passeio da avenidaMarcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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