ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

05 agosto, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 5-8-10

Artista brasileiro radicado nos EUA faz esculturas em pontas de lápis

Foto: DivulgaçãoArtista brasileiro Dalton Ghetti esculpe o grafite de lápis. Detalhe da escultura "Alphabet"

O artista brasileiro Dalton Ghetti, baseado em Connecticut, nos Estados Unidos, esculpe pontas de lápis desde que era criança, na escola.
Apontando seus lápis com uma lâmina de barbear, ele descobriu a textura macia do grafite e começou a experimentar, primeiro esculpindo nomes na madeira dos lápis.
O escultor chegou a experimentar outros materiais como giz, sabão e casca de árvore, mas optou pelo grafite de lápis número 2 e de lápis de carpinteiro.
Suas obras hoje estão na exposição "Meticulous Masterpieces: Contemporary Art by Dalton Ghetti, Les Lourigan e Jennifer Maestre", no New Britain Museum of American Art, em New Britain, Connecticut.
Sem tecnologia
Carpinteiro por profissão, Ghetti pode levar meses e até anos para completar suas mini-esculturas.
Ele não usa lente de aumento ou nenhuma tecnologia, apenas lâminas de barbear e agulhas de costura. Ele procura sentar sob luz bem forte, de preferência do sol, e só trabalha nas esculturas durante uma hora e meia por dia, para poupar a vista.
Sua escultura mais famosa, "Alphabet", de 2005, em que esculpiu todas as letras do alfabeto em pontas de 26 lápis, foi completada em dois anos e meio.
Em outras ocasiões, ele esculpiu ferramentas de seu dia-a-dia, como serras e um martelo. Na série "Correntes", ele esculpiu o grafite do meio do lápis, unindo as duas pontas.
"Eu me interesso pelas coisas pequenas da vida - insetos, mariposas, aranhas. Passo um longo tempo observando-os. Tem todo um mundo microscópico por aí que as pessoas sequer notam", diz ele.
No passado, o público recebeu lentes de aumento ao visitar suas exposições, para poder ver os detalhes das esculturas.
"As pessoas veem minhas esculturas e olham de novo, de mais perto, e dizem: 'ah, tem algo aí'. Vivemos em uma sociedade de alta velocidade e não temos tempo para parar e refletir - é tudo vai, vai, vai. Eu espero que essas obras façam as pessoas parar e se dar conta de que há beleza em coisas pequenas."
Atualmente, Ghetti trabalha em um projeto em homenagem às vítimas dos atentados de 11 de setembro, em Nova York, em que vai esculpir uma lágrima em um lápis para cada morto na tragédia.
Ao todo, serão 3.000 mini-lágrimas que, juntas, formarão uma lágrima enorme. Ele estima que vai levar cerca de dez anos para completar o projeto.





Bienal do Livro de SP muda em busca de maior peso cultural
Evento, que chega a sua 21ª edição, quer tornar-se referência na discussão de assuntos importantes da cultura brasileira


 Jostein Gaarder, autor de O Mundo de Sofia, um dos convidados da Bienal do Livro

A Bienal do Livro de São Paulo, que este ano chega a sua 21ª edição, quer mudar. Prova disso é que palavras como renovação e novidade foram algumas das mais citadas na entrevista de apresentação do evento. O objetivo é ambicioso: deixar de ser apenas um acontecimento importante para o mercado editorial e tornar-se referência na discussão de assuntos importantes da cultura e da educação no Brasil. A ideia é que esses assuntos venham à tona no salão de ideias, que vai reunir intelectuais durante os dez dias de programação.
O modelo de palestras e debates com escritores remete, imediatamente, à Festa Literária de Paraty, evento que chega a sua sexta edição e este ano acontece apenas uma semana antes da Bienal. Augusto Massi, um dos curadores da Bienal, não tem medo de fazer comparações. "A Flip foi um acontecimento que forçou todo mundo a mudar", reconhece. "Mas a Bienal é bem diferente. Ela acontece na maior cidade do país. As pessoas não precisam ir até ela, ela vai até as pessoas. É um público muito mais amplo".
Se comparada com edições anteriores, a lista de autores presentes no salão de ideias deste ano melhorou bastante. Traz desde brasileiros que Massi classifica de "do nível da Flip", como Milton Hatoum e Marçal Aquino, até Jostein Gaarder, autor do sucesso O Mundo de Sofia. "A Bienal agora tem uma curadoria", explica Massi. "Na comparação com edições anteriores, a programação tem um filtro muito maior", completa, numa referência velada à fama de maior preocupação com o mercado editorial do que com a qualidade literária que o evento tinha em outros anos.
Além da mudança de foco, a Bienal também ficou mais ambiciosa. O investimento para essa edição foi de R$ 30 milhões, contra R$ 22 milhões da Bienal de 2008. A programação também ficou mais extensa: 1100 horas, contra 700 horas da edição anterior. Segundo Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, o evento terá quatro temas principais: os escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, a lusofonia (identidade cultural entre os países de língua portuguesa) e o livro eletrônico.
A programação oficial da Bienal inclusive começará com um fórum sobre livros digitais, dois dias antes do início da feira. Entre os presentes, estará o americano Mike Shatzkin, uma das maiores autoridades mundiais no assunto. Durante a Bienal, a Imprensa Oficial de São Paulo terá um espaço em que o público poderá experimentar diversos e-readers (aparelhos que permitem a leitura de obras eletrônicas), como o Ipad e o Kindle. "A maior parte do público nunca experimentou um aparelho desses", justifica Hubert Alqueres, presidente da Imprensa Oficial.
Outro tema que promete mobilizar debates durante a feira é a nova lei de direitos autorais. A proposta do Ministério da Cultura, ainda em fase de consulta pública, prevê algumas mudanças que vêm causando polêmica no mercado editorial. Por exemplo, a permissão de cópias de livros para fins educacionais ou de obras esgotadas. "A indústria do livro no Brasil é um modelo de excelência", acredita Rosely Boschini. "A nova lei tem que manter essa indústria forte, tem que respeitar a propriedade intelectual".
21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Pavilhão de Exposições do Anhembi
Avenida Olavo Fontoura, 1209, Santana
Abertura ao público em geral de 13 a 22 de agosto
Ingressos: R$ 10 (estudantes e professores pagam R$ 5)
Horário: das 10h às 22h
Augusto Gomes
Último Segundo



Festival irá mapear uso da viola no Brasil
Inscrições para o primeiro edital do gênero estão abertas até o próximo dia 16; no total, 24 artistas serão selecionados
Primeiro edital público lançado para mapear o atual momento da viola no País, o “Voa Viola” está com inscrições abertas até o próximo dia 16. No total, 24 trabalhos que representem o panorama do instrumento no Brasil serão selecionados. A curadoria do projeto está a cargo dos violeiros Roberto Corrêa e Paulo Freire.
Após a escolha dos artistas, a próxima etapa será decidida em voto popular por meio do portal do projeto. Deste total de 24, o público escolherá 12 artistas para dividir o palco com músicos consagrados em shows em Belo Horizonte, Brasília, Recife e São Paulo. A comissão de seleção premiará, ainda, cinco trabalhos com menções honrosas nas categorias tradição, inovação, dupla, instrumental e canção, contemplando e valorizando a diversidade das expressões com o instrumento.
Os trabalhos inscritos devem utilizar a viola em sua expressão, seja ela caipira, de cocho, nordestina, de fandango, machete, de buriti, nas suas várias afinações. Além dos shows, o projeto realizará um seminário em Belo Horizonte, intitulado “Vertentes da Viola no Brasil: tradição e inovação”.
De acordo com material de divulgação, a iniciativa pretende promover novos talentos e fomentar o mercado violeiro, valorizar a viola como instrumento brasileiro, estimular e difundir o uso deste instrumento em diversos gêneros musicais e expandir o seu público para além do caráter regional.
O edital tem abrangência nacional e está disponível no portal www.voaviola. com.br.
• Serviço
Inscrições para o “Voa Viola – Festival Nacional de Viola” abertas até o dia 16. Edital nacional disponível no site http://www.voaviola.com.br/
Jornal da Cidade de Bauru

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