CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 4-8-10
Fósseis de seres vivos nas rochas marcianas
Minerais detectados em Marte, com quatro mil milhões de anos, revelam fósseis da vida que existiu naquele planeta.
Uma equipa internacional de cientistas usou métodos indirectos para identificar aquilo que poderá ser vida fossilizada em rochas marcianas com quatro mil milhões de anos. A curiosidade dos cientistas foi provocada pela descoberta, em 2008, de carbonatos em rochas de Marte. Este mineral é produzido pelos restos fossilizados de seres vivos. Na Terra, surge associado a restos de ossos ou de conchas.
Nesta investigação, os cientistas usaram um dos instrumentos a bordo da sonda orbital da NASA Mars Reconnaissance Orbiter para estudar rochas da zona conhecida por Nili Fossae onde se sabia existir estes carbonatos. A técnica, que consistia em usar luz infravermelha, foi depois utilizada, da mesma forma, para analisar rochas muito antigas do planeta Terra, numa zona do Noroeste da Austrália conhecida por Pilbara.
O que o estudo apurou é que o conteúdo mineral das rochas de Nili Fossae e das de Pilbara era muito semelhante, sugerindo processos idênticos, envolvendo vida no segundo caso. Segundo os cientistas, nenhum processo geológico poderia ter produzido aquelas características.
Nili Fossae é agora um dos alvos primordiais para futuras explorações de Marte, estando a ser avaliado como potencial lugar de aterragem da próxima sonda da NASA, Mars Science Laboratory, cuja partida está prevista para 2011. Trata-se de um veículo não tripulado que precisará de planícies desafogadas, o que não é o caso de Nili Fossae, onde há muitas pedras de certa dimensão a impedir o progresso da máquina.
Diário de Notícias - Ciência
O Centro é uma Servidão de Passagem
A utilização do Centro de São Paulo para resolver problemas metropolitanos, sobretudo de natureza viária, constitui uma violência contra a cidade e os cidadãos, nunca percebida pelo Ministério Público.
Mas, além do Centro ser uma servidão de passagem viária, é uma servidão de passagem humana. Dois milhões de pessoas, que não moram no centro e nem mesmo trabalham lá, passam pelo Centro, circulando de um lado para o outro, norte-sul, leste oeste, por calçadões precários.
Como todas as linhas de ônibus vêm para o centro, em vez de tangenciá-lo, o carinha que desce no Parque D. Pedro atravessa a cidade para pegar ônibus na Praça da República e assim por diante.
Em baixo do Vale do Anhangabaú passam diversas pistas para veículos motorizados. Assim, o Vale , que deveria ser a porta de entrada e de saída de todos aqueles que vão do oeste para o norte, não dá acesso a ninguém.
A verdadeira rodovia de mais de oito pistas, chamada Avenida Tiradentes, cortou em dois um bairro importante, a LUZ, impedindo a convivência de moradores, comerciantes, estudantes e usuários.
O Parque D. Pedro II, antigo parque usufruído por milhões de moradores do Brás e da Mooca, parece hoje uma exposição de viadutos, que levam carros de um lado para o outro e às vezes para lugar nenhum.
A Praça Roosevelt é um mausoléu que abriga túneis viários, perdendo a graça e a utilidade de um grande espaço público.
O Minhocão, que liga o Brás à Lapa é a maior excrescência urbana da cidade. Essa ligação deveria ser feita por fora, ou como estão propondo hoje, por cima das linhas de trem, que seriam enterradas. Derrubado o Minhocão, surgiria uma cidade longitudinal de convivência, com uma avenida normal percorrendo em nível.
É necessário Interromper com urgência esse ciclo de servidão a que o centro foi submetido. Derrubar o minhocão é uma medida urgente, do ponto de vista moral, estético e urbanístico. Os outros locais citados estão sendo revistos ou pelo menos planejados. Agora, coragem para realizar o que parece impossível, mas é desejável.
Jorge da Cunha Lima
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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