ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

09 agosto, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 9-8-10

Arqueólogos encontram complexo subterrâneo no México
CIDADE DO MÉXICO (AFP) - Arqueólogos mexicanos localizaram um complexo subterrâneo sob a pirâmide de Quetzalcoatl, no sítio arqueológico de Teotihuacán, no centro do México, onde podem estar sepultados vários governantes da época pré-colombiana, informou nesta terça-feira o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
Um grupo de cerca de 30 arqueólogos encontrou "a entrada de um túnel que leva a uma série de galerias sob o Templo da Serpente Emplumada (Quezalcoatl), na zona arqueológica de Teotihuacán, onde podem estar sepultados os corpos de governantes", disse Sergio Gómez, diretor do projeto.
Já foram escavados cerca de 12 metros, mas a entrada do túnel está a 14 metros sob a terra e seu interior mede em torno de 100 metros de comprimento, com uma série de câmaras subterrâneas.
O túnel, fechado pela população de Teotihuacán há cerca de 1.800 anos, foi descoberto com uma sofisticada tecnologia de georadares e scanners a láser, que criaram um mapa tridimensional.
O complexo é anterior à construção do templo de Quetzalcoatl e as escavações já permitiram encontrar milhares de pequenos ornamentos fabricados com concha, jade importado da Guatemala, ardósia e obsidiana, que eram jogados no local como oferendas.
Yahoo Notícias

Jovens de Iperó são responsáveis pelo restauro de prédios históricos

Centro de Convivência da Terceira Idade

O trabalho de restauração de patrimônios históricos e culturais, restrito a poucos especialistas, está sendo disseminado nacionalmente através do projeto Oficina-Escola de Artes e Ofícios (Poeao), realizado em diversas cidades brasileiras. Aqui na região, em Iperó, jovens a partir de 16 anos de idade são responsáveis pelo restauro de prédios históricos como a Igreja de São Jorge, no bairro George Oeterer; o antigo prédio do Pernoite, onde os maquinistas descansavam para pegar outra composição; a fachada das casas da Vila Ferroviária; e, agora, e o armazém de triagem de cargas da ferrovia, que está prestes a ser concluído. O local deve abrigar o Centro de Convivência da Terceira Idade (Ceconti), que atende 180 associados. A restauração, que contou com apoio da Prefeitura, envolveu tanto a parte estética quanto a parte estrutural do prédio.
Edmir Domingues, coordenador do projeto em Iperó, afirma que a Oficina-Escola funciona na cidade há três anos. Atualmente, 22 jovens aprendem a arte do restauro. São ensinados trabalhos em diversas áreas, como a de pintor restaurador, a de restauração de madeira e ferragem, enfim, todas ligadas à recuperação de imóveis, tanto na parte interna quanto externa, afirma. Ao todo são 29 cursos voltados ao restauro.
Conforme Edmir, o projeto ganhará outro nome: Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico, já que passará a ser ligado ao Senai. A coordenação nacional continua sendo do professor Júlio Barros, fundador do Oficina-Escola. Com o apoio do Senai, o projeto se fortalece ainda mais.
Júlio Barros, que se especializou em Restauração de Bens Culturais Móveis na Alemanha, explica que os jovens se interessam muito pelo ofício, que oferece oportunidade principalmente aos de baixa renda. A gente tem uma estatística de 85,6% de empregabilidade, inclusive somos premiados pelo programa de empregabilidade juvenil da Unesco, afirma.
Os participantes do projeto recebem uma bolsa de incentivo, cujo valor varia de acordo com a região e que fica em torno de R$ 210,00. Existe um plano de carreira para esse jovem. Depois de seis meses ele passa de aluno a monitor, depois vai para oficial de instrução e assim por diante, até chegar a mestre e assumir uma cidade, conta.
Ainda de acordo com Júlio, a formação desses alunos é baseada nas Câmaras de Artes e Ofícios da Alemanha. É uma experiência interessante porque o resultado do aprendizado deles vira obra pronta. É raro ter profissionais especializados nessa área, então estamos construindo a estrutura necessária para deselitizar essa cultura do patrimônio histórico, que tem pouco acesso. Em Iperó, por exemplo, a cada final de curso inaugura-se um prédio útil para a comunidade. Essa é uma proposta muito sustentável e inteligente porque possui metodologia usada na reconstrução da Alemanha.
Sorocaba
Júlio Barros agora espera poder trabalhar com esse projeto em Sorocaba, já que toda a história do Senai começou aqui. Gostaria de recuperar a fachada do Palacete Scarpa. Seria um prêmio pra mim. Estamos elaborando um projeto para apresentar à comunidade de Sorocaba, com patrocínio e tudo. Temos parceiros querendo investir na região. Somente pelo Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas (PAC Cidades Históricas) vão ser investidos mais de R$ 200 milhões. Queremos apresentar o programa para Sorocaba. Nós somos autossustentáveis, já entramos com patrocínio, com recursos do Senai, do Governo do Estado e ainda da União, afirma.
De menino de rua a restaurador
O fundador e coordenador nacional do projeto Oficina-Escola de Artes e Ofícios (Poeao), o professor Júlio César Victória Barros, foi menino de rua. Ele conta que vivia em Minas Gerais e graças a um restaurador aprendeu o ofício. Se interessou pelo trabalho e se formou em Restauração e Conservação de Bens Móveis pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). Em seguida, foi para a Bahia, onde tornou-se restaurador do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado. Entre os mais diversos trabalhos, ajudou a recuperar o Pelourinho. Foi nesse momento de sua vida que Júlio conheceu Hans Dohle, responsável pelo Centro Europeu de Restauro de Essen. Hans gostou do trabalho de Júlio e o convidou para ir até a Alemanha, onde pôde especializar-se ainda mais. Ele é um dos mais importantes nomes da educação profissional da Alemanha. Foi Hans quem implantou a reforma na Alemanha após com a queda do muro de Berlim. Lá ganhei um prêmio e fui conhecer as escolas de ofício. Comecei a estudar o método deles e depois escrevi o meu próprio método, relata.
De volta ao Brasil, Júlio foi para São Paulo e conheceu Paulo Skaf, que o colocou no Ciesp para fazer esse trabalho pelo Senai, parceria que veio para fortalecer o projeto, que desde o ano passado conta com certificação e oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho. Empresas patrocinadoras também apoiam com recursos financeiros.
Gratidão
Emerson da Silva Santos tem hoje 25 anos de idade e coordena o projeto de restauração em Iguape. Ele iniciou na Oficina-Escola de Artes e Ofícios um pouco antes de completar 16 anos de idade, como aprendiz, em Santana do Parnaíba. Depois, foi uma sequência de mudanças: Pirapora do Bom Jesus, São Luiz do Paraitinga, São Paulo (onde restaurou o Conservatório Dramático de Música), Iperó e, em 2007, para a França, onde recebeu prêmio pelo projeto. A cada passo, as funções foram aprimorando, de aprendiz tornou-se monitor, instrutor, contramestre...
Finalmente Emerson foi parar em Iguape, onde hoje coordena o curso. O projeto tem estrutura. Oferece aos jovens moradia, alimentação, transporte para ver a família, enfim, tem todo esse auxílio. As oportunidades que me foram oferecidas eu soube aproveitar e até hoje estou me beneficiando delas para conquistar objetivos na vida. Hoje eu me considero um restaurador, afirma.
Atualmente Emerson orienta 64 alunos. A gente sempre espera ter uma chance, mas a forma com que ela aparece na sua vida e como você vai se sobressair é impressionante, fascinante, você descobre o seu valor e o que pode fazer em prol da sociedade. Meu maior presente é um aluno agradecer e dizer que aprendeu alguma coisa comigo. Outra coisa é que eles exigem que tenha curso superior, então eu estou fazendo Pedagogia. Muitas vezes eles mesmos nos encaminham para uma faculdade. O objetivo é você se desenvolver cada vez mais. Se não fosse a perseverança do professor Júlio, de acreditar nesse projeto, e de tudo o que ele faz para que realmente as coisas aconteçam, na verdade eu hoje não trabalharia na área de restauro, então minha trajetória é uma forma de agradecimento por tudo que ele fez pela gente.
Daniela Jacinto

Iphan diz que São Luiz do Paraitinga está pronta para voltar a receber turistas

Instituto do patrimônio nacional diz que concluiu trabalhos de limpeza nos imóveis
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) informou, nesta quarta-feira (28), que a cidade de São Luiz do Paraitinga, a 182 km de São Paulo, está pronta para voltar a receber turistas. O município foi destruído no início deste ano pelas fortes chuvas que atingiram o Estado.
Em nota, o Iphan disse que concluiu os trabalhos de contenção e limpeza dos imóveis arruinados na área, entre eles a igreja matriz. Segundo o instituto, "o mercado municipal voltou a funcionar e está sendo restaurado. Boa parte do casario colonial dos séculos 18 e 19 teve sua pintura renovada e dezenas de casas históricas estão em processo de restauro".
Mas a grande expectativa da população está na obra da igreja central. O local foi destruído pela enchente e ainda não começou a ser reerguido. Como a cidade é tombada pelos órgãos de preservação de patrimônio estadual e federal, ainda está sendo feito um estudo sobre quais técnicas serão usadas na reconstrução.
No início de julho, a reportagem do R7 esteve em São Luiz do Paraitinga e verificou como estava o andamento da "reconstrução" da cidade. Na época, o diretor de Turismo da cidade, Eduardo Coelho informou que uma das ideias dos especialistas é reconstruir a igreja parte em taipa de pilão (como na construção original) e parte com concreto e ferragens. Datada do século 19, a igreja era feita com paredes de no mínimo 50 cm de taipa de pilão, barro amassado colocado entre pedaços de madeira. Ao longo dos anos, as paredes ganharam reforços externos de tijolos.
Coelho contou também que a cidade perdeu o Carnaval, mas na Semana Santa os turistas começaram a voltar.
- Os visitantes assíduos continuam vindo.
 
O armazém de triagem de cargas da ferrovia deve abrigar o

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