ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

23 setembro, 2010

PODE CRER, É VERDADE! - 23-9-10

Observe a cor dos cabelos dela...

CIA ensinou truques de mágica a seus agentes secretos durante a Guerra Fria
Precisa colocar uma pílula secreta na bebida de um chefe de Estado sem ser percebido? O truque é agir com movimentos calmos, distraindo seu alvo com outra ação espontânea, em um cenário preparado com antecedência. Ou seja, da mesma maneira que um mágico enganaria sua plateia.
As lições do mágico da CIA

Mão esquerda abaixada para a ação, imediatamente após o fósforo ser riscado e distrair alvo



Esse é o espírito das lições que foram passadas aos agentes secretos norte-americanos pelo ilusionista profissional John Mulholland, em um “manual” ultrassecreto escrito a pedido do governo dos EUA no auge da Guerra Fria – e que agora, seis décadas depois, foi divulgado por pesquisadores norte-americanos.
"CIA - Manual Oficial de Truques e Espionagem" (Lua de Papel, R$ 34,90), publicado no Brasil este mês, é o resultado da pesquisa dos especialistas H. Keith Melton e Robert Wallace, responsáveis por encontrar a única cópia de que se tem notícia destes textos.
Fim do “jogo limpo”
O livro conta que durante a década de 1950, o acirramento da tensão entre os americanos e a União Soviética levou os EUA a revisarem os procedimentos de sua recém-criada agência de inteligência.
“Se os Estados Unidos quiserem sobreviver, os sagrados conceitos norte-americanos de ‘jogo limpo’ devem ser reconsiderados. Devemos aprender a subverter, sabotar e destruir nossos inimigos mediante métodos mais engenhosos, mais sofisticados e mais eficazes do que aqueles utilizados contra nós”, defendia um relatório militar entregue ao presidente Dwight D. Eisenhower em 1954.
Robert Wallace, coautor do livro, é um agente aposentado da CIA. Atualmente é pesquisador da história da inteligência dos EUA.
Robert Wallace


UOL Notícias: Esse era um documento secreto, certo? Foi necessário uma autorização da CIA para torná-lo público?
Robert Wallace: Os manuais foram descobertos durante uma pesquisa em materiais não secretos do governo dos Estados Unidos, há três anos. Desconhecido para os autores, esses manuais, que já foram classificados como ultrassecretos, foram recentemente abertos – mais de 50 anos depois de terem sido escritos.
UOL Notícias: Qual o significado deste documento para a história da espionagem?
Wallace: O documento representa, possivelmente, a única peça histórica remanescente do programa MKULTRA da CIA, que durou aproximadamente dez anos. Até hoje, nenhum outro apareceu. Virtualmente todos os arquivos do MKULTRA foram destruídos em 1973 na direção da Agência Central de Inteligência, um fato que foi confirmado por uma investigação do Congresso sobre a CIA em 1975-76. O manual de Mulholland representa um tesouro da história da inteligência americana, um documento primário dos mais perigosos anos da Guerra Fria.

CIA - Manual Oficial de Truques e Espionagem, Ed. Lua de Papel


Os EUA se sentiam ameaçados por uma potência soviética que não hesitava em matar lideranças políticas e perseguir civis quando era conveniente. Em resposta, aplicou uma postura ofensiva. “As ações clandestinas da CIA se expandiram da Europa para Oriente Médio, África, América Latina e Extremo Oriente”, contam os autores.
Essa expansão coincide com o desenvolvimento do MKULTRA, um dos programas mais delicados da Guerra Fria, que acabou englobando 149 subprojetos e se manteve como um dos segredos mais bem guardados da CIA por mais de 20 anos.
Pílulas, pós e ilusionismo
O objetivo dessas agências era pesquisar e desenvolver produtos químicos, biológicos e radioativos com efeitos no comportamento – inclusive almejando algum tipo de “controle da mente”. Manipulação e experiência psicofarmacêutica com humanos (nem sempre cientes de sua participação na “pesquisa”) era parte do trabalho, como a CIA reconheceria mais tarde.
Parte dessa pesquisa não levou a conclusões aplicáveis – caso da aplicação monitorada de LSD, por exemplo – e houve inclusive mortes relacionadas a tais experimentos. Mas ao mesmo tempo a CIA começava a ter pós, líquidos e pílulas tóxicas a seu alcance.
Independente de seu propósito final, escrevem os autores, as substâncias químicas da CIA “seriam operacionalmente inúteis se os oficiais de campo não conseguissem aplicá-las de modo velado”.
É nesse momento que o mágico John Mulholland faz sua estreia no mundo da espionagem: sua tarefa era ensinar truques de ilusionismo para os agentes secretos. “Mulholland aceitou US$ 3 mil para escrever o manual e a CIA aprovou a despesa como Subprojeto MKULTRA número quatro, em 4 de maio de 1953”.
“Aplicações operacionais da arte da fraude”
“O objetivo deste trabalho é ensinar o leitor a executar diversas ações de modo secreto e indetectável. Em resumo, aqui estão instruções a respeito de fraudes”, escreve Mulholland no início de seu primeiro manual.
“Qualquer tipo de movimento atrai atenção (...) e a trapaça depende de não chamar a atenção para o método da performance. Os mágicos não utilizam a velocidade em suas ações”, ensina o ilusionista.
Ainda no primeiro capítulo, o mágico busca convencer o leitor a descartar as ideias “falsas” sobre o ilusionismo. “O grande mito a respeito de todas as trapaças é que existe um único segredo que explicará como cada truque é executado”, escreve Mulholland. “O fato é que existem diversas maneiras de se executar essa mágica.”
O livro prossegue com capítulos como “manuseio de pílulas”, “manuseio de pós”, “retirada furtiva de objetos” e “como trabalhar em equipe”. Ao final do volume, os autores compilam também um segundo “manual secreto” do mágico, mais curto, no qual Mulholland se dedica a descrever sinais para reconhecimento entre agentes que trabalham juntos.
Hoje, com toda a parafernália tecnológica à disposição de civis e agentes secretos, as técnicas de Mulholland ainda têm importância? “A tecnologia muda e evolui, pode diferir de cultura para cultura, ainda assim os princípios da trapaça e da fraude são eternos”, afirmou Wallace ao UOL Notícias. "Mulholland teria se deliciado com os 'truques' sofisticados que agora são possíveis com o avanço nos materiais, miniaturas e eletrônicos."
Thiago Chaves-Scarelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo





Adolescente vai de cavalo para escola
Roby Burch tem 16 anos e vive em Haverford, na Pensilvânia
Todos os dias Roby Burch, de 16 anos, vai de cavalo para a escola, escreve o site brasileiro «Globo». O adolescente reside em Haverford, na Pensilvânia, nos Estados Unidos e faz sete quilómetros todos os dias.
Segundo o jornal «Philadelphia Inquirer» os moradores da cidade já se habituaram a ver o jovem a cavalgar rumo à escola. Aliás, o estabelecimento de ensino permitiu mesmo que o rapaz construísse um estábulo, para que aí pudesse deixar o animal enquanto está nas aulas.
Depois de umas férias numa fazenda, em Montana, também nos Estados Unidos, o adolescente decidiu trocar as quatro rodas, pelas quatro patas.
Portugal Diário

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