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s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

19 outubro, 2010

ATUALIDADES - 19-10-10

População brasileira deve encolher a partir de 2030
Pesquisa do Ipea alerta para impacto da redução da taxa de fecundidade na força de trabalho dentro de poucas décadas
"Para o futuro, podemos pensar numa redução da força de trabalho e também numa força de trabalho mais envelhecida"
As sucessivas quedas na taxa de fecundidade apontam para uma redução da população brasileira a partir de 2030. A constatação dos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) de 2009, é de que a taxa de crescimento se aproxime de zero nos próximos 20 anos e, em 2030, passe a ser negativa. O dado é, para os gestores públicos, um sinal de alerta para a necessidade de se repensar políticas educacionais, previdenciárias e de trabalho.
A diminuição da fecundidade é um fenômeno generalizado no país, atingindo todos os estados e praticamente todas as camadas sociais. Entre 1992 e 2009, o Nordeste foi a região que teve a maior queda no número médio de filhos por mulher (de 3,6 para 2,0), perdendo o primeiro lugar no ranking de fecundidade para o Norte. Já as regiões Sul e Sudeste, em 2009, esse número era de 1,7, um patamar considerado extremamente baixo, comparável a de países como Itália, Espanha e Japão.
“A taxa de crescimento da população, que era de cerca de 3% ao ano nos anos 50 e 60, não deve passar de 1% no Censo 2010”, afirma Ana Amélia Camarano, coordenadora de População e Cidadania do IPEA.
A expectativa, considerando os níveis de fecundidade e estimativa de vida, é de que a população não atinja patamares muito superiores aos atuais. “Quando fazíamos projeções com base nos dados de 1970, estimávamos que a população brasileira ultrapassaria a marca de 200 milhões de habitantes no ano 2000. Hoje, as nossas projeções são de que isso aconteça em 2020. Para 2010, estamos apostando em 190 milhões”, analisa Ana Amélia.
Esse cenário afastou o fantasma da explosão demográfica, uma preocupação que remonta ao chamado baby boom do período pós-Segunda Guerra Mundial. Em breve, o problema será justamente o oposto: manter a economia crescendo com uma quantidade menor de mão-de-obra disponível.
“Em termos de políticas públicas, o medo da explosão passou e agora temos que começar a pensar em garantir a reposição dessa população”, defende a pesquisadora. “A nossa projeção mostra que, entre 2030 e 2035, passamos a ter uma redução de crescimento populacional. O primeiro efeito é na oferta da força de trabalho, porque a população em idade ativa também começa a diminuir”, explica.
Além de mais escasso, o trabalhador brasileiro tende a ser cada vez mais velho – consequência da queda da fecundidade e da maior expectativa de vida. “O Censo 2010, com certeza, vai mostrar uma diminuição, em termos absolutos, da população menor de 20 anos. Para o futuro, podemos pensar numa redução da força de trabalho e também numa população economicamente ativa mais envelhecida”, atesta a pesquisadora do IPEA.
Rafael Lemos, do Rio de Janeiro

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