ENTRESSEIO

s.m. 1-vão, cavidade, depressão. 2-espaço ou intervalo entre duas elevações. HUMOR, CURIOSIDADES, UTILIDADES, INUTILIDADES, NOTÍCIAS SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS, AQUELA NOTÍCIA QUE INTERESSA A VOCÊ E NÃO ESTÁ NO JORNAL QUE VOCÊ COSTUMA LER, E NEM DÁ NA GLOBO. E PRINCIPALMENTE UM CHUTE NOS FUNDILHOS DE NOSSOS POLÍTICOS SAFADOS, SEMPRE QUE MERECEREM (E ESTÃO SEMPRE MERECENDO)

10 novembro, 2010

CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 10-11-10

Autores da literatura infantil e ABL manifestam repúdio a veto do CNE a livro de Monteiro Lobato
Seis escritores brasileiros dedicados à literatura infanto-juvenil manifestaram hoje (5), em nota, seu desagrado e desacordo ao veto do Conselho Nacional de Educação (CNE) ao livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. A nota é assinada pelos escritores Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Ziraldo, Lygia Bojunga, Pedro Bandeira e Bartolomeu Campos de Queirós.
Sob o título Lobato, Leitura e Censura, os autores lembram que as criações de Monteiro Lobato “têm formado, ao longo dos anos, gerações e gerações dos melhores escritores deste país que, a partir da leitura de suas obras, viram despertar sua vocação e sentiram-se destinados, cada um a seu modo, a repetir seu destino”.
Afirmam ainda que “a maravilhosa obra de Monteiro Lobato faz parte do patrimônio cultural de todos nós – crianças, adultos, alunos, professores – brasileiros de todos os credos e raças. Nenhum de nós, nem os mais vividos, têm conhecimento de que os livros de Lobato nos tenham tornado pessoas desagregadas, intolerantes ou racistas. Pelo contrário: com ele aprendemos a amar imensamente este país e a alimentar esperança em seu futuro”.
Também a Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual é membro uma das signatárias da nota, a escritora Ana Maria Machado, se posicionou contrária à tentativa de censura ao livro Caçadas de Pedrinho. Em reunião plenária na tarde de ontem (4), os acadêmicos manifestaram repúdio “contra qualquer forma de veto ou censura à criação artística” e apoiaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, que foi contrário à determinação do CNE.
De acordo com a decisão dos acadêmicos, em nota divulgada hoje pela assessoria de imprensa da ABL, “cabe aos professores orientar os alunos no desenvolvimento de uma leitura crítica. Um bom leitor sabe que Tia Anastácia encarna a divindade criadora dentro do Sítio do Picapau Amarelo. Se há quem se refira a ela como ex-escrava e negra, é porque essa era a cor dela e essa era a realidade dos afrodescendentes no Brasil dessa época. Não é um insulto, é a triste constatação de uma vergonhosa realidade histórica”.
Na nota, a ABL sugere que, em vez de proibirem as crianças de conhecer a obra, os responsáveis pela educação fariam melhor se estimulassem os alunos a uma leitura mais aprofundada. Para os acadêmicos, é necessário aos professores e formuladores de política educacional ler a obra infantil de Lobato e se familiarizar com ela. “Então saberiam que esses livros são motivo de orgulho para uma cultura, e que muitos poucos personagens de livros infantis pelo mundo afora são dotados da irreverência de Emília e de sua independência de pensamento”.
A nota conclui com a afirmação de que “a obra de Monteiro Lobato, em sua integridade, faz parte do patrimônio cultural brasileiro” e com um apelo ao ministro da Educação no sentido de “que se respeite o direito de todo o cidadão a esse legado e que vete a entrada em vigor dessa recomendação”.
Da Agência Brasil
Diário de Pernambuco

Arqueólogos estudam a construção dos Arcos da Lapa

RIO - É fácil perceber que a reforma nos Arcos da Lapa caminha a passos largos, deixando para trás o branco acinzentado que o monumento, construído em 1723, ostentou nos últimos anos. Mas, longe dos olhos de todos, uma equipe de arqueólogos trabalha pacientemente, escondida por tapumes de madeira. Há cerca de duas semanas, um dos pilares está sendo alvo de uma minuciosa pesquisa. A intenção é, pela primeira vez, chegar até as fundações do antigo aqueduto carioca.
- O objetivo é analisar essas fundações. É um momento único para desnudar o monumento, saber quais técnicas de construção foram utilizadas. Ainda não temos ideia do que vamos encontrar. Vamos trabalhar numa janela de dois metros de largura - diz a arqueóloga Rosana Najjar, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Até segunda-feira, as escavações tinham cerca de um metro de profundidade e avançado até uma camada datada, aproximadamente, da década de 60. A pista foi dada pelo asfalto e por uma faixa amarela. Submersa pelo aterro, também foi encontrada uma calçada de pedra gnaisse envolvendo o pilar que está sendo alvo da pesquisa. Pedaços de pneu, fragmentos de cerâmica, fundos de garrafa e tênis da marca Conga estão entre os objetos encontrados em meio à terra.
A reforma dos Arcos, promovida pelo Iphan, começou em maio. O superintendente da instituição no Rio,
Carlos Fernando Andrade, explica que a restauração está bem adiantada e que deve terminar dentro do prazo inicialmente estipulado, em dezembro.
Jacqueline Costa
O Globo

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