CULTURA, PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO - 3-2-11
Estudo: homem moderno emigrou da África há menos de 100 mil anos
Estudo que será publicado na revista Science, realizado por cientistas de diversas Universidades e instituições em conjunto, indica que o Homo sapiens emigrou da África há menos de 100 mil anos, isto é, muito antes do que se pensava até agora, revelam ferramentas descobertas na península arábica.
A presença do homem moderno na península arábica pode remontar há 125 mil anos, segundo a equipeinternacional de pesquisas chefiada por Hans-Peter Uerpmann, da Universidade Eberhard Karls, na Alemanha.
O período no qual o homem moderno começou a emigrar do continente africano e a cronologia de sua dispersão pelo Mediterrâneo e ao longo da costa da península arábica têm sido tema de debate há tempos. No entanto, a maioria dos vestígios e rastros descobertos até o momento leva a crer que esta migração ocorreu há 60 mil anos.
A equipe de cientistas descobriu um conjunto de ferramentas no sítio arqueológico de Jebel Faya, em particular sílexes talhados em ambos os lados para cortar ou cavar, machados sem empunhadura e raspadeiras.
Os cientistas começaram a escavar em 2003 e inicialmente encontraram artefatos da Idade do Ferro, do Bronze e do Neolítico, mas depois descobriram estas ferramentas que remontam ao Paleolítico médio, período que se estende de 300 mil até 30 mil anos atrás.
Os arqueólogos recorreram a uma técnica chamada luminiscência por estímulo óptico, que permite medir há quanto tempo um objeto não está exposto à luz. Assim determinaram que estas ferramentas de pedra remontam a um período que vai de 100 mil a 125 mil anos.
AFP
Tesouros egípcios ameaçados por protestos contra governo
Museus e pirâmides estão em riscos de saques e roubos. População tenta evitar perda do patrimônio histórico do país.
Soldados do exército egípcio dentro do Museu do Cairo, inspecionando a tentativa de saque de artefatos do tempo dos faraós
Os protestos contra o governo do Egito podem ter um efeito colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sítios arqueológicos da antiga civilização egípcia.
De acordo com as agências de notícias, desde domingo foram presos 50 homens acusados de tentar saquear mais uma vez o Museu do Cairo após o saque do fim de semana, que danificou duas múmias e dezenas de pequenos artefatos. Segundo o diretor do museu, Tarek El Awady, os saqueadores pareciam estar procurando apenas por ouro.
O diretor do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, postou um relato em seu site sobre a atual situação do Museu do Cairo, saqueado durante o fim de semana pelos manifestantes, e sobre os sítios arqueológicos como Luxor, Saqqara e Alexandria.
De acordo com o texto, enviado à Europa via fax e postado de Londres, na sexta-feira o museu foi saqueado por um grupo de cerca de mil pessoas, que entraram pela lateral leste do edifício. O estrago, neste caso, foi pequeno: o grupo roubou apenas o que estava na loja do museu. Veja mais no vídeo abaixo (em inglês):
Ao mesmo tempo, um grupo de jovens e guardas, do lado de fora, impedia mais saqueadores de entrar. Mas dez deles conseguiram invadir o prédio principal pelo teto, que é coberto apenas por vidro, e quebraram pouco mais de uma dezena de estátuas e decapitaram duas múmias, atribuídas a Yuya and Tjuya, que foram recentemente identificados como avós do faraó Tutankamon.
Hawass disse à AP estar receoso quanto ao futuro do prédio, que fica do lado do quartel-geral do partido do governo egípcio, que foi incendiado no fim de semana. “O que me assusta é que, se o edifício desabar, ele atingirá o museu,” afirmou. O Museu do Cairo recebe milhões de turistas por ano e aloja milhares de artefatos, que compreendem toda a história da civilização egípcia, incluindo a exibição da múmia e da máscara funerária de Tutankamon.
Também segundo o relato de Hawass, a situação em outros locais ainda é incerta. De Saqqara, onde fica uma das maiores necrópoles do Egito, e onde a primeira pirâmide egípcia foi construída, o arqueólogo ainda não tinha notícias. Os armazéns de Abusir, ao norte de Saqqara, estavam abertos e sem proteção – seis caixas contendo antiguidades foram levadas.
Um grupo, dotado de armas e caminhões, saqueou um armazém que continha parte do acervo do museu de Porto Said, onde ficam artefatos do início da civilização egípcia. Outros locais que foram atacados, mas sem danos, foram o Museu Cóptico e Museu de El Manial, nos arredores do Cairo, o Museu Nacional de Alexandria e Museu das Joias Reais, ambos em Alexandria. No caso deste, seus funcionários conseguiram esconder todo o acervo no porão do edifício e o trancaram antes de sair dali.
As pirâmides de Gizé foram fechadas à visitação pelo Exército e estão sendo guardadas por grupos militares fortemente armados.
Em Luxor, no sul do país, onde fica o Vale dos Reis e templos importantes, moradores locais lutaram contra um grupo de assaltantes que tentaram invadir e roubar o armazém do Templo de Karnak, que fica na margem leste do Nilo. O bando teria chegado em dois carros às 3 horas de segunda-feira, armados de revólveres e facas, mas foram vencidos pelos moradores, que entregaram cinco dos saqueadores às autoridades.
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Com informações da AP
Foto: APCom informações da AP
Marcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico
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